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Dia da Árvore: manejo de copaíba gera emprego e renda e mantém a floresta em pé no Oeste do Pará
Com 13 anos de atividades, a iniciativa apoiada pela MRN beneficia mais de 40 famílias de comunidade quilombola em Oriximiná
A Amazônia é famosa pela exuberância de suas florestas, pela diversidade de espécies da fauna e da flora e pela manutenção do equilíbrio da vida no planeta. Nessa imensidão verde, o envolvimento das comunidades quilombolas desempenha um papel fundamental na gestão sustentável dos recursos naturais, contribuindo para a criação de oportunidades de emprego, geração de renda e a preservação das florestas.
O Dia da Árvore, celebrado nesta quinta-feira (21), destaca a importância deste recurso natural para a manutenção da vida no planeta. Exemplo de respeito pelo meio ambiente é o Projeto Manejo de Copaíba, realizado por comunitários em parceria com a Mineração Rio do Norte (MRN), no Território Quilombola Alto Trombetas II, localizado em Oriximiná, na região Oeste do Pará. A copaíba (Copaifera spp.) é reconhecida como uma das árvores mais exuberantes da Amazônia, podendo atingir até 30 metros de altura e um metro de diâmetro na idade adulta. O óleo do vegetal é considerado um bálsamo devido às suas propriedades anti-inflamatórias, antissépticas e antimicrobianas.
Com o manejo da copaíba, a comunidade conseguiu produzir o óleo para além da floresta, e a MRN apoia a modernização do processo de extração do produto. O objetivo é gerar um fluxo de renda permanente e promover a melhoria das condições econômicas e de vida dos comunitários.
Ao longo do ano, a empresa realiza campanhas para promover boas práticas e a educação ambiental, utilizando técnicas e procedimentos que visam melhorar a produção e a regeneração natural das copaibeiras, assegurando o uso racional e sustentável da espécie. Além disso, são oferecidas capacitações para desenvolver técnicas e ações voltadas para a venda, empreendedorismo e cooperativismo, permitindo que os comunitários adquiram expertise e conquistem o mercado.
O projeto existe há 13 anos e já alcançou autonomia. As comunidades vendem o óleo de forma organizada, possuindo marca e reconhecimento. Os comunitários também estabeleceram parcerias com outras instituições para o fornecimento do produto. Para os próximos meses, a intenção da MRN é qualificar ainda mais esses conhecimentos, possibilitando que a comunidade expanda os negócios.
"Nossas equipes técnicas acompanham e orientam o desenvolvimento e o plantio de todo o processo de manejo da copaíba. Além disso, realizamos o acompanhamento do viveiro das mudas desses comunitários e de um plantio experimental na comunidade. Com isso, incentivamos o reflorestamento nas áreas próximas às comunidades, promovendo uma troca de conhecimentos que criará uma atividade duradoura, indo além da mineração", explica Genilda Cunha, coordenadora do Programa de Educação Socioambiental (PES) da MRN, do qual o Projeto Manejo de Copaíba faz parte.
Protagonismo da comunidade no uso sustentável da floresta
As equipes técnicas do Projeto Manejo de Copaíba contam com a participação 26 integrantes sendo 05 técnicos entre engenheiros, técnicos florestais e de segurança e, a cada campanha 21 famílias do Alto Trombetas II, em Oriximiná. Lá, são realizadas capacitações e orientações para a utilização sustentável da copaíba. O treinamento é aberto para toda a comunidade.
Os resultados da iniciativa são satisfatórios. Adriano de Jesus dos Santos, da comunidade Jamari e membro do projeto há 10 anos, compartilha os benefícios do manejo sustentável. "Estamos realizando a extração de óleo de copaíba sem derrubar as árvores, utilizando uma ferramenta chamada trado para fazer o furo e extrair o produto. Também aprendemos a ser mais cuidadosos com a natureza, evitando derrubadas e queimadas. Estamos aprimorando nossas técnicas para preservar a floresta, como o plantio adequado e a compreensão dos ambientes ideais para cada espécie prosperar. Isso é fundamental para manter a floresta em pé e nos ajuda a progredir", afirmou.
"É crucial destacar que, ao incentivar a comunidade no uso racional da floresta, na geração de renda e no desenvolvimento de técnicas, competências e modernização do processo de extração de óleo, estamos fortalecendo a conscientização ambiental. Isso demonstra que, com um manejo adequado, podemos gerar emprego, renda e preservar a floresta, um bioma vital para todos nós", conclui Genilda Cunha.
MRN promove mapeamento inédito de fornecedores da região Oeste do Pará
Os levantamentos estão sendo realizados nos municípios de Faro, Terra Santa, Oriximiná e Santarém
Um mapeamento inédito de fornecedores de materiais e serviços em municípios da região Oeste do Pará está sendo realizado pelo Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (REDES), um projeto realizado pela Federação das Indústrias do Pará (FIEPA), a pedido da Mineração Rio do Norte (MRN). O objetivo é conhecer o perfil dos fornecedores instalados na região que se encaixam nas categorias das quais a MRN habitualmente contrata. O trabalho de campo em 04 municípios foi iniciado em agosto e se estenderá até meados de outubro.
“A expectativa da MRN é de que o conhecimento mais detalhado dos fornecedores possa ser um meio para aumentar o volume de contratação de serviços e materiais, de fornecedores instalados nos municípios que fazem parte da área de influência da empresa, e fomentar o comércio local. Entender o panorama atual da cadeia de fornecimento da região nos ajuda a estabelecer estratégias e diretrizes para incentivar o crescimento das compras de fornecedores locais”, explica Máyra Gomes, coordenadora do Programa de Fornecedores Locais da empresa.
O mapeamento será realizado em três etapas. A primeira é o recenseamento e o mapeamento de fornecedores e seus respectivos produtos, serviços, suas forças e oportunidades de melhoria. A segunda etapa será a emissão do Book de Fornecedores Regionais. E a terceira e última etapa será a elaboração de ações para a capacitação dos fornecedores, objetivando que eles consigam encontrar soluções para atendimento à MRN e expandir seus negócios na região. “O book de fornecedores será uma das referências para as contratações da MRN, bem como será disponibilizado para que outros parceiros também o utilizarem em suas contratações”, detalha Máyra Gomes.
Outro objetivo do mapeamento é estruturar ações que sirvam para alavancar o crescimento e a sustentabilidade desses fornecedores locais. As ações a serem desenvolvidas dependem dos pontos observados durante o mapeamento, mas devem contemplar diversas áreas, como a capacitação na preparação de propostas técnicas e comerciais, orientações para obtenção de crédito e melhoria de fluxo de caixa.
“Estamos com nossas equipes em campo para ter esse mapeamento completo. Vamos bater de porta em porta para identificar gargalos que dificultam o trabalho de fornecedores locais. Com base no perfil desses empresários, vamos poder direcionar estratégias”, garante Eurípedes Amorim, gerente de Projetos do REDES-FIEPA.
Oportunidade de aperfeiçoamento
Para os fornecedores que buscam ampliar seus negócios na região, o mapeamento vai ajudar a reduzir gargalos e ter maior assertividade na hora de oferecer produtos e serviços para as empresas instaladas no Oeste do Pará.
Ao ser informado sobre o projeto, o empresário Brunoro Giordano não perdeu tempo e logo se dispôs a participar. Ele é proprietário de uma empresa que fornece materiais de construção, em Oriximiná, e preside a Associação Comercial do município. Segundo o empreendedor, o mapeamento deve colaborar para melhorar o padrão de qualidade entre os fornecedores regionais e expandir os negócios instalados no Oeste do Pará.
“O conhecimento e a capacitação são fundamentais para alcançar nossos negócios e atingirmos novas metas. Você não chega a lugar nenhum se você não tiver capacitação, se você não se qualificar e se aperfeiçoar para as novas oportunidades que estão surgindo no mercado. Então, o conhecimento é necessário para você subir de nível, para abrir leques de possibilidades, para que você possa vender e fornecer para uma mineradora e ampliar os seus negócios”, afirma o empresário.
“O desenvolvimento deste projeto evidencia o interesse da MRN em estreitar as relações entre a empresa e os empreendedores que formam a cadeia de fornecimento regional, fortalecendo parcerias estratégicas, criando valor para as empresas e, sobretudo, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico da região”, destaca Ricardo Alves, Diretor Comercial da MRN.
MRN abre inscrições para o Programa de Trainee “Talentos Plurais da Amazônia”
O objetivo é atrair jovens talentos conectados ao desenvolvimento sustentável da mineração na região
Para quem sonha em mergulhar no universo da mineração, a hora é agora. Entre os dias 11 e 24 de setembro, a Mineração Rio do Norte (MRN) está com inscrições abertas para o Programa de Trainee “Talentos Plurais da Amazônia”. A iniciativa tem o objetivo de fortalecer a estratégia de diversidade e inclusão da empresa, além de incentivar o desenvolvimento de competências técnicas e comportamentais por meio da aprendizagem e treinamentos em diferentes áreas.
O programa, que este ano foi batizado de “Talentos Plurais da Amazônia”, é uma forma de valorizar a pluralidade, atrair os talentos regionais e despertar o interesse dos jovens nortistas para o setor mineral. “Com essa alteração, pretendemos atrair talentos que busquem uma carreira conectada ao desenvolvimento sustentável da mineração na Amazônia. É uma maneira de oxigenar ideias e ampliar ainda mais o nosso time diverso”, explica Magda Damasceno, gerente de Desenvolvimento de Pessoas da MRN.
Ao todo, serão 10 vagas voltadas para os cursos de Administração e Marketing, Economia, Direito, Comércio Exterior, Engenharia Ambiental, Engenharia Civil, Engenharia de Materiais, Engenharia de Minas, Engenharia Florestal, Engenharia de Produção, Geologia, Engenharia Hídrica, Engenharia Mecânica, entre outras. Não há limitação de idade para se inscrever, mas os candidatos e candidatas deverão ser maiores de idade e ter no máximo 3 anos de formados no Ensino Superior.
As inscrições são realizadas pela internet e o processo de seleção será dividido em etapas. Haverá teste de perfil, dinâmica de grupos, painel com gestores e, por último, serão realizadas as entrevistas. Serão priorizados os talentos do Norte do Brasil para que sejam valorizados os profissionais e as vozes regionais. Porém, a empresa está aberta a todos os talentos.
A expectativa da MRN é divulgar a lista dos aprovados e aprovadas que irão integrar a primeira turma do “Talentos Plurais da Amazônia”, em outubro. “É uma chance de ouro para ingressar em uma empresa com sólida atuação no mercado, que está alinhada a práticas sustentáveis e que oferece muitas chances de crescimento aos empregados”, destaca Magda Damasceno.
Oportunidade que transforma vidas
A entrada no Programa de Trainee da empresa é uma chance de ouro para uma jornada profissional repleta de crescimento e aprendizado. Exemplo disso é a engenheira civil Isabelle Vasconcelos. Ela ingressou como trainee da MRN em abril de 2021, ainda durante a pandemia da Covid-19. O primeiro posto de trabalho foi o setor de Planejamento e Controle Físico de Projetos de CapEx. Após demonstrar comprometimento e dedicação, ela foi efetivada em agosto de 2022.
Hoje, um ano após a sua contratação, Isabelle dá dicas importantes para quem sonha em conquistar uma vaga no mercado de trabalho. “É importante ter autoconhecimento, porque quando você conhece quais são as suas habilidades, quais são os seus pontos fortes, quais são os seus pontos para desenvolver, você consegue ter uma melhor percepção e consegue potencializar sua capacidade para contribuir e agregar nas equipes. Então, quando você tem essa percepção de si mesmo, você consegue demonstrar muito melhor qual será a sua contribuição dentro do negócio, dentro da empresa”, orienta a engenheira de Planejamento.
Serviço:
As inscrições para o Programa de Trainee “Talentos Plurais da Amazônia” estão abertas até o dia 24 de setembro, aqui no site da MRN: www.mrn.com.br. Para se candidatar, é necessário apresentar CPF, RG e certificado de conclusão do Ensino Superior.
A diversidade econômica de comunidades da Amazônia é tema de painel
No debate, foram apresentadas iniciativas que mostram ser possível movimentar a economia e gerar renda conservando a floresta
As formas de diversificar a economia em áreas de floresta na Amazônia brasileira foi um dos eixos principais do painel “Áreas Protegidas, Novas Economias e Grandes Empreendimentos”, realizado na tarde desta quinta-feira, 31, na Conferência Nacional da Amazônia e Novas Economias, evento que acontece no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém-PA, até esta sexta, 01.
Participaram do painel a coordenadora-executiva na Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos de Oriximiná (ARQMO), Claudinete Colé de Souza; o diretor-presidente da Mineração Rio do Norte (MRN), Guido Germani; o diretor-presidente do Instituto Cultural Vale e diretor de Clima, Natureza e Investimentos Cultural da Vale, Hugo Barreto; o chefe da Resex Tapajós-Arapiuns, Jackeline Spínola; o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Pires; e o gerente para a Amazônia da Fundo Mundial da Natureza (WWF, na tradução para o inglês), Ricardo Mello.
O moderador do painel, Garo Batmanian, diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), iniciou os debates ponderando que “não se trata de nova economia. Pelo contrário, são economias que já existem”, referindo-se às atividades desenvolvidas pelas populações tradicionais que vivem dentro da floresta amazônica. “Floresta não é intocável, pode gerar economia e renda para a população”, afirma.
Um exemplo do bom convívio entre comunidades e a natureza vem do município de Oriximiná, no Oeste do Pará. Claudinete Colé mora na comunidade Boa Vista, uma das comunidades localizadas no alto Trombetas, e falou um pouco sobre a atuação da ARQMO, que desenvolve diversos projetos em quase 40 comunidades quilombolas de Oriximiná. Por meio desses projetos, as comunidades desenvolvem atividades econômicas e ajudam a manter a floresta em pé. “Quando a reserva biológica foi criada, já havia família quilombola morando lá e, pela lei, não deveria ter ninguém morando”, relembra ela. A solução encontrada pelas populações foi desenvolver projetos voltados à bioeconomia, aproveitando as matérias-primas da região.
Além disso, é a própria comunidade que ajuda no monitoramento da floresta. “A gente, numa parceria com a Google, conseguiu fazer um mapeamento territorial, por meio do qual a gente consegue ver onde tem desmatamento, onde tem garimpo... Quando identifica, a gente faz contato com as autoridades para ajudar a expulsar”, explica Claudinete. “A gente consegue fazer a gestão territorial para que a floresta seja preservada. Em Oriximiná, os territórios dos quilombos são os mais preservados”, conclui.
A comunidade é apoiada pela MRN, que opera bauxita no distrito de Porto Trombetas, também em Oriximiná. Um dos pontos destacados pelo diretor-presidente da empresa é o reflorestamento, que é feito em 100% da área onde houve a supressão vegetal para a retirada do minério. “Temos áreas reflorestadas há mais de 30 anos que já são habitadas por grandes mamíferos e têm castanheiras de 30 metros dando fruto. Também existem sistemas agroflorestais em comunidades ribeirinhas e quilombolas, que apoiamos fornecendo sementes, mudas e ferramentas”, exemplifica Germani.
Segundo o executivo, a empresa já trabalha planejando o futuro, incluindo o fim das operações. “Nosso objetivo é reflorestar além do que é obrigatório pela legislação e deixar a floresta mais rica do que encontramos quando chegamos para as comunidades, com porto, energia, agroindústria e, no futuro, ver nas gôndolas produtos feitos na Floresta Nacional de Saracá-Taquera”, projeta.
Mineradoras apresentam evolução no diálogo com as comunidades
Durante a Exposibram, MRN compartilhou suas experiências e sobre o legado que a atividade mineral pode deixar para as comunidades da região de atuação
Nesta quarta-feira (30), a Mineração Rio do Norte (MRN) participou do último dia de conferências da Expo & Congresso Brasileiro de Mineração 2023 (Exposibram 2023), realizada no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém (PA). No encerramento dos debates, a empresa compôs painéis que discutiram sobre o diálogo social com comunidades e o legado que a atividade mineral pode deixar para as regiões de atuação. Além do Congresso, o evento é composto por uma Exposição, que estará aberta à visitação até as 21 horas desta quinta (31). A entrada é gratuita.
No começo da manhã, os representantes da MRN, que opera bauxita no distrito industrial de Porto Trombetas, município de Oriximiná, Oeste do Pará, participaram de dois painéis realizados simultaneamente.
O diretor-presidente da MRN, Guido Germani, foi um dos painelistas do debate “Inovação para sustentabilidade social – Mining Hub”, ao lado de representantes das empresas Alcoa, Vale e Accenture, além do diretor executivo do Mining Hub, Leandro Rossi, que participou como moderador. Na oportunidade, foram abordadas questões como economia circular e outras práticas sustentáveis e inovadoras que auxiliam na conquista da chamada “licença social para operar”. A MRN foi apresentada e reconhecida por outros participantes como uma detentora de expertise na construção desse diálogo com as comunidades, consolidada ao longo de 44 anos de operação.
“Essa licença social para operar deve ser conquistada a cada dia com a atuação da empresa, não apenas no licenciamento”, revela Guido Germani. O CEO enumerou algumas inovações implementadas pela mineradora, como a nova forma de disposição de rejeito a seco, que retorna para a mesma cava aberta para a retirada do minério, e sobre o legado para os municípios onde opera após o fim das atividades da empresa. “Nossa preocupação é em como vamos fazer essa transição da mineração para a bioeconomia. Por exemplo, por estarmos em uma Flona (Floresta Nacional), utilizamos espécies nativas e com potencial econômico em nosso reflorestamento, como castanha-do-pará e cupuaçu. Também estamos em busca da implantação de uma linha de transmissão para atender a empresa e também os moradores da região. Então, nosso objetivo principal é deixar uma floresta melhor e mais rica, com o objetivo de gerar renda para as comunidades”, explica Germani.
Ao final do painel, o moderador, Leandro Rossi, conduziu o debate para o tema descarbonização, questionando os participantes sobre suas ações e projetos a fim de reduzir a pegada de carbono. Guido destacou que a MRN está atuando junto com o Mining Hub em busca de soluções para o setor mineral, além de destacar as iniciativas individuais da empresa.
O outro painel foi a “Agenda ESG para a mineração”, com a participação da gerente-geral de Relacionamento e Responsabilidade Social Corporativa da MRN, Jéssica Naime. A agenda contou com moderação da diretora de Relações Governamentais e Responsabilidade Social da Kinross, Ana Cunha, além da participação de palestrantes de outras seis mineradoras.
“Percebo que hoje não só a MRN, mas também as outras empresas ampliaram muito aquilo que chamamos de responsabilidade social. Não estão restringindo sua atuação às ações vinculadas obrigatórias do licenciamento socioambiental, mas sim ampliando para ações de responsabilidade que vão muito além da ação dessas obrigações”, destaca Jéssica Naime.
De acordo com a gerente da MRN, a empresa vem construindo um diálogo com as comunidades localizadas em sua área de influência. Ela relata que a empresa desenvolve projetos de responsabilidade social e ações ambientais voltados, entre outros, à educação, geração de renda, meio ambiente e saúde. São mais de 60 iniciativas, divididas entre leis de incentivo, cumprimento de condicionantes e ações voluntárias, beneficiando milhares de pessoas da região, incluindo comunidades quilombolas e ribeirinhas
Já ao final da manhã foi a vez do diretor de Sustentabilidade e Jurídico da MRN, Vladimir Senra Moreira, participar do painel “Mecanismos de consulta e discussão OIT 169 – Como estruturar um processo legítimo para o Brasil”, que trata da consulta livre, prévia e informada para o desenvolvimento de empreendimentos que afetem os povos tradicionais. Também participaram do debate Shirlei Arara, coordenadora de Projetos e Articuladora da Grife IS Karo e Espaço TE Xaragá; a diretora Social do Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM, na sigla em inglês), Danielle Martin; e a diretora de Sustentabilidade Corporativa da Vale, Camilla Lott; além da moderadora Adriana Ramos, assessora do Instituto Socioambiental (ISA). No painel foi destacada a necessidade de se consultar os povos tradicionais, com respeito à sua cultura e ao meio ambiente.
“A busca por um consentimento e, consequentemente, por um acordo é garantia de perpetuidade para o negócio. É a garantia de aceitação do empreendimento no local da sua atuação. Aliás a aceitação de um empreendimento pela comunidade ou pela sociedade civil, hoje, é vista inclusive como um dos fatores de sobrevivência de longo prazo de qualquer empresa e inclusive para geração de valor”, conclui Vladimir
Moreira.
MRN investirá R$ 900 milhões para continuidade operacional da empresa no Pará
Empresa apresentou o Projeto Novas Minas (PNM) na Exposibram 2023, em Belém (PA), nesta terça-feira (29)
A Mineração Rio do Norte (MRN) deu início ao licenciamento do Projeto Novas Minas (PNM), na região Oeste do Pará, por meio do qual pretende prolongar a produção sustentável de bauxita em mais 15 anos, de 2027 a 2042. O empreendimento, que prevê um investimento de R$ 900 milhões, foi apresentado nesta terça-feira (29), pelo diretor-presidente da empresa, Guido Germani, durante o painel “Novos projetos de mineração”, na Expo & Congresso Brasileiro de Mineração 2023 (Exposibram 2023), que segue até 31 de agosto, no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém-PA.
Nesse painel, as empresas debateram sobre os desafios de se implantar projetos na região amazônica e como a atividade mineral pode transformar o local, deixando um legado positivo. Além da MRN, a programação reuniu representantes do Ministério de Minas e Energia (MME) e de outras quatro empresas. A conversa foi moderada pelo diretor de Metais Básicos e Novos Negócios da BEMISA, Marcos André Gomes Veiga Gonçalves. O objetivo do debate foi mostrar como os grandes projetos de mineração no Brasil movimentam as comunidades e as economias locais, além de levarem desenvolvimento para a região onde são implantados.
De acordo com Germani, o projeto está em fase de licenciamento ambiental e o primeiro passo foi dado em maio deste ano, quando o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou as audiências públicas nas comunidades que terão interface com o PNM. “Nessas reuniões, os representantes da MRN apresentaram para a comunidade as formas de atuação da empresa, o ciclo sustentável de produção de bauxita e o que mudará com o projeto de continuidade operacional”, enumera o CEO da empresa. Além disso, segundo ele, também foram apresentados os projetos socioambientais já desenvolvidos pela MRN, bem como esclarecidas dúvidas sobre os possíveis impactos ambientais provenientes da operação e os planos de mitigação. Esses esclarecimentos foram feitos por representantes ligados às áreas técnicas, ambiental e de relacionamento com as comunidades da empresa.
O Projeto Novas Minas prevê a mineração de cinco novos platôs: Rebolado, Escalante, Jamari, Barone e Cruz Alta Leste, localizados nos municípios de Oriximiná, Terra Santa e Fato, todos na região Oeste do Pará. Os platôs são superfícies elevadas com topos relativamente planos, com altura entre 150 e 230 metros, onde geralmente se localiza a bauxita. A bauxita, por sua vez, é uma rocha vermelha encontrada no subsolo desses platôs.
O minério atualmente lavrado pela MRN chega ao fim em 2027. Segundo Germani, a continuidade operacional da empresa vai contribuir para a manutenção e a criação de novos postos de trabalho na região, além da geração de divisas e tributos para os municípios de Oriximiná, Terra Santa e Faro – com a chegada do empreendimento, o município também será beneficiado com a arrecadação de tributos referentes à lavra de bauxita. Ainda de acordo com o executivo, a continuidade da operação também garantirá a manutenção de projetos socioeconômicos e ações ambientais na região onde atua. Milhares de pessoas são beneficiadas pelas mais de 60 iniciativas socioambientais realizadas pela empresa, divididas entre leis de incentivo, cumprimento de condicionantes e ações de responsabilidade social corporativa.
Na operação dessa área, explica o presidente da MRN, haverá como diferencial sustentável o uso do Método de Disposição de Rejeito Seco em Cava. O rejeito é o resíduo que sobra após a lavagem do minério, em um processo que utiliza apenas água, sem produtos químicos. Após esse processo, o rejeito passa por secagem e, em seguida, retorna para a cava de onde o solo foi retirado. Depois de preenchidos, esses reservatórios são desativados e reflorestados com vegetação nativa. A utilização dessa tecnologia resulta em diversos benefícios, tais como a aceleração do processo de recuperação florestal das áreas já mineradas, diminuição da necessidade de retirada de vegetação e reutilização de reservatórios para a secagem do rejeito.