Warning: Creating default object from empty value in /var/www/html/mrn.com.br/components/com_content/views/category/tmpl/default_noticias.php on line 18
Last News
Projeto de agricultura familiar estimula empreendedorismo em comunidade de Oriximiná
Conquista em concurso de farinha de mandioca está entre os resultados da iniciativa
É na comunidade Ascenção, zona rural do município de Oriximiná, oeste do Pará, que capacitações implementadas por meio de cursos, oficinas e visitas técnicas, com foco nas culturas tradicionais, têm fortalecido a geração de renda de 18 famílias, e estimulado o empreendedorismo local. É o Projeto de Agricultura Familiar desenvolvido pela Mineração Rio do Norte (MRN). A conquista da comunidade do primeiro lugar de um concurso de farinha de mandioca está entre os resultados da iniciativa.
“O objetivo desse projeto é fomentar o desenvolvimento sustentável da comunidade, visando fortalecer e melhorar as práticas de manejos adotados nos cultivos existentes. As atividades, além de impactarem de maneira positiva na geração de renda, buscam melhorar a interação entre o homem e o meio ambiente, que é de suma importância para a sustentabilidade dos processos produtivos”, explica a consultora Danúbia Barros, do Grupo Florestas Engenharia, que dá o suporte técnico ao projeto.
As capacitações recebidas pelo projeto são somadas aos saberes locais. Uma parceria que já colhe frutos. No final do mês de junho, a comunidade Ascensão foi a campeã do I Concurso da Melhor Farinha, durante o 1° Festival da Mandioca, realizado pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Oriximiná. O evento teve o intuito de potencializar a produção agrícola familiar das comunidades rurais do município.
Conquista
Para o primeiro lugar dentre os participantes, um kit mecanizado para casa de farinha (forno elétrico, peneira e entre outros), estava à espera. “Quando o edital do concurso foi lançado, nós fomos atrás, trouxemos para a comunidade e nos reunimos para estudar e saber se teríamos a possibilidade de levar também o nosso produto. A motivação da comunidade era o prêmio do primeiro lugar e se tornou um objetivo a ser alcançado”, conta o líder Dázio Araújo.
A expectativa agora é organizar um novo espaço para recebimento do maquinário. “Já conversamos com os responsáveis do evento e eles já afirmaram que assim que tivermos o espaço pronto, receberemos as máquinas”.
Valor ao produto
Genilda Cunha, analista de relações comunitárias da MRN e coordenadora do projeto, destaca que a conquista do concurso reforça, junto aos comunitários, a viabilidade e a qualidade do que é produzido pela comunidade, agregando valor. “Para o mercado local agrega competitividade, pois com essa premiação garantiu-se a aceitabilidade do público em relação ao produto, mostrando para a população de Oriximiná uma opção de farinha sustentável, de qualidade e com preço justo”, pontua.
A cultura e o beneficiamento da mandioca compõem a maior parte da renda de quase todos os comunitários de Ascenção. O Projeto de Agricultura Familiar busca qualificar esse segmento ao mesmo tempo em que se trabalha a diversificação de cultivos e a criação de animais. Além da produção de farinha, derivados, como biscoitos, também são produzidos.
As atividades do projeto se estendem durante todo o ano, e dentre elas está o estímulo à participação em feiras e eventos para divulgação dos produtos. “Essas melhorias são construídas a partir das trocas entre os saberes tradicionais e técnicos, aliados a um planejamento estratégico. Nossa meta agora é que, no próximo semestre, possamos consolidar uma assessoria técnica que vai permiti-los comercializar para escolas por exemplo”, ressalta Genilda.
Estudantes de cursos técnicos de Terra Santa visitam operações da MRN
Para os visitantes, o destaque da programação foram as etapas do processo de reflorestamento da empresa
“Aprendi que a empresa tem um respeito muito grande pela natureza e pelos animais”, afirmou o estudante Gabriel Pereira, do município de Terra Santa, oeste do Pará. Ele estava entre os 20 alunos dos cursos de Técnico em Mineração e em Segurança do Trabalho que visitaram as áreas operacionais da Mineração Rio do Norte (MRN), sediadas no distrito de Porto Trombetas, município de Oriximiná (PA). O objetivo da programação foi apresentar o fluxo sustentável da operação de bauxita e proporcionar aos visitantes uma imersão nas práticas internas da empresa, relacionando-as com a formação profissional deles.
“Foi uma trilha ecológica, na qual os alunos conheceram o platô Saracá, uma das primeiras áreas a serem reflorestadas na década de 80, após o fim do processo de mineração. Foi uma oportunidade de verem o nosso compromisso com a recuperação das áreas mineradas e o retorno que isso nos traz”, explicou a técnica em Meio Ambiente da MRN, Poliane Gonçalves.
Áreas como as de operação de mina, supressão, decapeamento (processo de retirada das camadas de solo até o minério) e transporte também estiveram no itinerário da visita. O gerente técnico de Operações da MRN, Marcos Rocha, acompanhou os alunos. Ele destacou que as visitas institucionais consolidam a transparência da empresa, pois permitem que a sociedade conheça de perto cada etapa do processo de extração e quais benefícios são gerados para a região. “Isso também fortalece nossos laços com a comunidade. A MRN atende todas as exigências de preservação e cuidado com o meio ambiente. Por isso, temos orgulho de ter nossas portas abertas para que instituições, empresas e comunidades conheçam nossas práticas sustentáveis”, ressaltou.
Aprendizados
“Uma experiência excelente”, disse a estudante do curso de Técnico em Mineração, Adrielma Silva. Embora já tivesse visitado Porto Trombetas, foi a primeira vez que conheceu cada etapa do processo de mineração da bauxita desenvolvido pela empresa. “Não é apenas ver o projeto de perto, mas entender do início ao fim os procedimentos de extração e como é feita a recuperação da floresta”. E foi desse entendimento que a estudante contou ter absorvido um aprendizado singular. “O respeito com o meio ambiente. Um respeito que nos proporcionou não apenas aprender, mas levarmos esse cuidado para a vida, para nosso dia a dia profissional”, relatou.
Aluno do curso de Segurança no Trabalho, também foi a primeira vez que o estudante Luan Ribeiro visitou as operações da empresa. O que ele mais gostou foi a atenção dada à fauna, por meio de estudos e métodos científicos inovadores. “No geral, sempre ouvimos: ‘a mineração desmata tanto’, mas aqui vimos que o reflorestamento acontece. Outra coisa foram os projetos que compram sementes com as comunidades locais. É possível ver que, mesmo a supressão sendo necessária, a mineração reconstitui as áreas, deixando quase tudo perfeito no seu devido lugar”, comentou.
Novos olhares
Formada em Pedagogia, Rosemary Neto voltou à sala de aula para cursar Técnico em Segurança no Trabalho. Moradora de Porto Trombetas em meados da década de 90, ela conta que a visita a permitiu regressar ao espaço a partir de novas perspectivas e a perceber os avanços na relação da empresa com o meio ambiente. “Conhecer os processos em meio ao lema ‘se não for seguro, torne seguro’ foi fundamental, mas o cuidado com o reflorestamento no que diz respeito ao inventário florestal é algo que me encantou e, na minha opinião, precisa ser do conhecimento de todos. Afinal, é a partir dele que a mineradora reintroduz diversas espécies nativas na natureza”, observou.
“Essas visitas são sempre positivas. São uma oportunidade de discutirmos com os alunos os desafios atuais e do futuro de suas profissões, como o papel e a postura do técnico de Segurança do Trabalho, por exemplo. Durante a formação, isso é de grande valia porque desperta no aluno o sentimento de que são necessários estudos e dedicação para atender às exigências do mercado”, explicou Flávio Trioschi, gerente geral de Segurança no Trabalho da MRN.
Mulheres na mineração: força feminina do setor cresce no oeste paraense
Programas de diversidade se mostram necessários para inclusão de mulheres
Entre os maquinários da oficina de caminhões de pequeno porte da Mina Aviso, no distrito de Porto Trombetas, em Oriximiná, oeste do Pará, dezenas de homens estão a postos para garantir que as manutenções, caso necessárias, ocorram de maneira rápida e eficaz. Na liderança da equipe, quem tem garantido essa fluidez é Juciléia Costa, técnica de Planejamento de Manutenção de Máquinas Móveis da Mineração Rio do Norte (MRN). “Sempre tive o desejo de trabalhar em uma grande empresa, multinacional e reconhecida”, pontua a técnica ao lembrar os motivos que a têm feito conquistar espaço em um setor majoritariamente masculino. Entrou na empresa como assistente administrativa e quase 10 anos depois já lidera uma equipe de profissionais.
Há poucos quilômetros dali, na área de Beneficiamento da Mina Saracá, a jovem eletricista Ádina Santos, da comunidade Moura, também tem escrito sua história de conquista de espaço. Em fevereiro de 2021, entrou na empresa como Jovem Aprendiz e, em novembro de 2022 viu seu nome compor o quadro de empregados efetivos. “Quando eu cheguei aqui, fiquei surpresa porque eu olhava e não via muitas mulheres, me senti uma formiguinha ao lado de um elefante. Foi em meio à pressão para execução de algumas tarefas, que pude perceber a mudança de olhar deles ao verem que também conseguiria executá-las”, conta.
Relatório desenvolvido pela Women in Mining Brasil (WIM Brasil), em parceria com a EY People Advisory Services, revelou que as mulheres representam 17% da força de trabalho do setor mineral do país. Para refletir e estimular perspectivas de mudanças nesse quadro, não muito diferente em outros países, a International Women in Mining (IWiM) criou, em 2022, o Dia Internacional das Mulheres na Mineração, celebrado anualmente no dia 15 de junho. “Mesmo que os nossos números não pareçam tão expressivos, eles já representam uma mudança no setor mineral e, passa a ser preocupação recorrente tendo em vista a pauta da inclusão de gênero, mostrando que a mulher pode estar onde ela quiser”, destaca a diretora da WIM Brasil e gerente geral de Comunicação da MRN, Karen Gatti.
Presente e futuro
Ainda de acordo com o relatório da WIN Brasil, 97% das empresas participantes da pesquisa disseram possuir um programa de Diversidade, Equidade e Inclusão estruturado. Para acompanhar essas mudanças, a MRN tem investido na ampliação de espaço para as mulheres por meio da implementação de práticas como a reformulação de programas de Trainee e Jovem Aprendiz, e ampliação do programa de Diversidade & Inclusão, o MRN pra Todos. Os resultados são vistos no dia a dia. Em 2021, a força feminina da MRN saltou aumentou de 6,6% para 9,2%. Já em 2022, o quantitativo aumentou novamente para 11,8%.
“Quando eu cheguei, eu pensei ‘nossa, como é que vou trabalhar com caminhões, no meio de um universo de homens?’ Mas, sempre fui muito bem tratada, muito bem recebida e tive colegas que sempre me apoiaram e isso fez uma diferença imensa dentro de minha trajetória na MRN”, relembra Juciléia Costa.
Karen Gatti destaca que os números deste cenário da empresa refletem, especialmente, o direcionamento desenvolvido pelos pilares de diversidade da MRN. De acordo com a executiva, o objetivo é ampliar cada vez mais a representatividade e inclusão nos diferentes setores. “Além dos pilares de Gênero, temos o pilar de Etarismo, Raça e Etnia, LGBTQIA+, que são trabalhados de maneira integrada e conjunta, mas sempre respeitando a individualidade de cada um”, explica.
Orgulho e Perspectivas
Mãe de três filhos, Ádina conta que sua maior conquista é, sem dúvida, saber que dará a eles o que ela não pôde alcançar quando criança e que eles, ao chegarem a fase adulta terão uma certeza. “A primeira e única mulher eletricista da comunidade a conquistar um espaço tão grande assim”, afirma. A profissional acredita ainda que a presença de mulheres em ambientes de trabalho dominados por homens pode estimular o interesse de outras mulheres a ousarem em suas escolhas profissionais. “Daqui para a frente sei que não verei mais esse cenário, uma multidão de homens com uma ou duas mulheres, será mais igual”, aponta.
A técnica de planejamento Juciléia Costa conta que em nenhum momento se viu em meio à indiferença por parte dos colegas, mas que, segundo ela, ainda há um receio de mulheres em aceitar desafios nesses espaços. “Acreditem em você. Busquem seus sonhos, busquem seus objetivos. Não parem. Se alguém olhar torto, não deem importância. Foque no seu processo porque você sabe que é capaz”, garante.
“As mulheres têm um papel fundamental dentro da mineração. Elas são pioneiras e trazem uma perspectiva diferenciada com novas abordagens. É sabido que uma empresa diversa consegue, inclusive, ter melhores resultados financeiros do que uma empresa que não trabalha essas pautas. Então focar na inclusão das mulheres na mineração não é apenas uma questão estratégica, mas de futuro”, pontua Karen Gatti.
Ações movimentam Semana do Meio Ambiente na MRN
Visitas, workshops e palestras, levaram os participantes a discutir sobre práticas sustentáveis
Fauna, flora, gestão de resíduos e monitoramento hídrico foram os temas tratados durante as ações promovidas pela Mineração Rio do Norte (MRN), em celebração a Semana do Meio Ambiente. Entre workshops e palestras, empregados e visitantes trocaram saberes e experiências sobre sustentabilidade e preservação ambiental.
À frente do workshop sobre resíduos industriais, a engenheira ambiental Dayane Moreira destacou que a MRN tem investido em diferentes áreas quando se trata de gerenciamento de resíduos. Por isso, possui facilitadores dentro de cada uma dessas áreas: “São empregados responsáveis por levar informações e esclarecimentos acerca do descarte adequado, identificação e segregação dos resíduos. Quando nos reunimos queremos possibilitar que mais pessoas tenham acesso a informações sobre a destinação adequada para os resíduos”, comentou.
A gestão de resíduos também foi assunto na área florestal do Meliponário, do Programa de Resgate e Monitoramento de Abelhas sem Ferrão, apresentado pelo analista ambiental, Leonardo Lino. Ele destacou ainda que a reutilização não passa despercebida pelo programa, fazendo com que ao menos 80% dos materiais utilizados são reaproveitamento de resíduos: “Os pedaços de telhas que não seriam mais úteis às obras, pedaços de madeira sem valor comercial que seriam descartados no processo de supressão, são utilizados na construção do meliponário. Ou seja, além de preservarmos uma quantidade grande de polinizadores, fundamentais ao desenvolvimento de áreas revegetadas, desenvolvemos uma pegada sustentável com o reuso de materiais”, explicou.
Educar para preservar
Que educação e preservação ambiental andam juntas, a criançada dos Jardins II e Fundamental I do Colégio Equipe, no distrito de Porto Trombetas, município de Oriximiná, sabe bem. Com exemplares da fauna silvestre, os estudantes receberam orientações sobre os cuidados necessários para evitar acidentes com animais peçonhentos e transmissão de doenças. Atento a cada pergunta, o responsável pelos conhecimentos repassados aos pequenos foi o analista ambiental Pedro D´Ávila. Para ele, o despertar do interesse pela sustentabilidade ainda na fase infantil é fundamental.
“Por conta da falta de conhecimento, as pessoas matam os animais. Então é explicar o papel deles dentro da natureza e como sua falta pode impactar o meio ambiente como um todo. Levar essa mensagem às crianças é possibilitar a preservação de muitas espécies”, explica D´Ávila.
Mas não foram só as crianças que levaram novos conhecimentos para casa. Nos restaurantes do distrito, empregadores e moradores eram abordados quanto ao descarte adequado do lixo orgânico e como ele pode ser útil por meio da compostagem. “Quando há o desperdício de alimentos e/ou esse tipo de resíduo é segregado de forma inadequada, pode haver problemas que afetarão diretamente a destinação sustentável desses resíduos, assim como pode colocar em risco a integridade física dos colaboradores tanto da Limpeza Urbana quanto da Central de Tratamento de Resíduos (CTR). Na MRN, quase 90% dos resíduos orgânicos produzidos é direcionado à compostagem, contribuindo significativamente na redução de emissão do metano que poderia ser lançado na atmosfera, assim como também contribui para o aumento da vida útil do aterro sanitário. O resultado disso é a geração de um composto orgânico que pode ser utilizado em jardins ou hortas, tendo em vista que ele é distribuído gratuitamente”, destacou o analista ambiental Nivaldo Silva.
Quem deixou a ação satisfeita foi a biomédica Juliana Teixeira. Ela contou que os familiares sempre foram apaixonados por plantas e ao descobrir que o distrito dispõe de adubo orgânico, dará atenção redobrada à destinação do lixo doméstico. “Esse tipo de ação é fundamental porque, ao ouvir o que pode acontecer com a natureza a partir dos resíduos, nos tornamos mais conscientes com o descarte”, afirmou.
Sustentabilidade
Simultâneo aos minicursos e workshops, visitas ao Viveiro Florestal e Epifitário, foram realizadas visitas nos processos de reflorestamento e monitoramento hídrico para apresentar todas as etapas e importância destas atividades. O gerente geral de Licenciamento e Controles Ambientais, Marco Antonio Fernandez, lembrou que a Semana do Meio Ambiente é um momento oportuno para refletir sobre respeito e compartilhamento. “É sobre o cuidado com os animais, com as plantas, da floresta como um todo. Cuidados que refletem, sem dúvida alguma, no bem-estar de todos”, ressaltou.
Abertas as inscrições para o Concurso Cultural da MRN
Iniciativa revela talentos e estimula olhares a partir da sustentabilidade
Expressar emoções de olhares conectados à sustentabilidade. Esse é um dos objetivos da 4ª edição do Concurso Cultural “Orgulho de crescer com a natureza à nossa volta”, promovido pela Mineração Rio do Norte (MRN). As inscrições iniciam nesta quinta-feira (1) e seguem até o dia 27. Nas modalidades Desenho e Fotografia, podem participar crianças, jovens e adultos dos municípios de Oriximiná, Faro e Terra Santa, no oeste do Pará.
A temática do concurso cultural propõe aos participantes materializar a essência de suas perspectivas de interação com o meio ambiente, no pertencimento do enxergar e do viver na natureza. Os trabalhos apresentados serão avaliados por uma comissão julgadora a partir de critérios como capacidade técnica, criatividade, originalidade e relevância ao tema.
No ano passado, 170 trabalhos inscritos foram avaliados. Na categoria Fotografia, as lentes da consultora ambiental Jessiane Nogueira, focadas em mostrar que "A beleza da natureza está nos detalhes", a levaram a conquistar o 1º lugar. Na categoria Desenho I, a liderança do pódio foi para a pequena Alice Fonseca, de 6 anos de idade, que de seu imaginário revelou uma aquarela de um boto-cor-de-rosa. Já o 1º lugar da categoria Desenho II foi conquistado pela adolescente Natália Sampaio, de 14 anos, que morou na comunidade Ajudante e resgatou a infância ao retratar a exuberância de uma castanheira que ela sempre admirava ao longo do trajeto para o distrito de Porto Trombetas.
A meta deste ano é alcançar um público ainda maior. “O concurso tem sido um sucesso durante esses anos e, na quarta edição, estamos muito otimistas de que teremos um número maior de trabalhos inscritos em parceira com as escolas, com mais crianças, adolescentes e adultos, representando, por meio de desenhos ou fotografias, toda a história sustentável que estamos escrevendo na região”, destaca a analista de comunicação Loyana Demétrio.
O Concurso Cultural também consolida, de forma humanizada e estratégica, a valorização das ações socioambientais desenvolvidas pela MRN. Karen Gatti, gerente geral de comunicação da empresa, lembra com carinho a trajetória da iniciativa, quando no auge da pandemia, em 2020, recebeu a sugestão de fazer um concurso para a Semana do Meio Ambiente.
“Faltava uma semana para o dia 6 de junho e repactuamos para o aniversário da empresa. O concurso deu super certo. E a partir de 2021, conseguimos puxar para o mês correto. Virou o xodó das equipes de Comunicação, Meio Ambiente e Relações Comunitárias. Um concurso que nasceu virtual e agora aquece Porto Trombetas, comunidades vizinhas, municípios e é uma excelente oportunidade de revelar talentos que se conectam ao sentimento de proteção à natureza”.
Após o concurso, os desenhos e fotografias apresentadas estamparão conteúdos desenvolvidos dentro da MRN. “Ter o olhar das pessoas sobre como elas enxergam a região onde nós estamos, retratado por meio da arte, é muito rico. Tanto que temos um cuidado de valorizar esses trabalhos por meio de nossas ações, seja nos calendários, cadernos ou Relatório de Sustentabilidade”, ressalta a executiva.
Fique atento(a) ao regulamento e saiba como participar:
Desenho
Estudantes que residam em Porto Trombetas, Oriximiná, Faro, Terra Santa e comunidades quilombolas e ribeirinhas que têm interface com o empreendimento.
Categoria 1:
- Crianças de 3 a 7 anos de idade, matriculadas no Ensino Infantil.
Categoria 2:
- Alunos (as) de 8 a 17 anos de idade, matriculados nos Ensinos Fundamental e Médio.
Fotografia
Categoria única:
1) Universitários(as) beneficiados (as) por bolsas estudantis cedidas pela MRN;
2) Empregados (as) próprios ou de contratadas da MRN;
3) Pessoas com mais de 18 anos que residam em Porto Trombetas, Oriximiná, Faro, Terra Santa e comunidades quilombolas e ribeirinhas que têm interface com o empreendimento.
O resultado será divulgado no dia 24 de julho.
Projeto reforça prevenção à malária em comunidades às margens do rio Trombetas
Só nos primeiros 10 anos de atividades, a iniciativa já contribuiu para a redução de 97% dos casos da doença na região
Quando os meses de maio e junho batem à porta, Márcio Nascimento, da comunidade Boa Vista, do município de Oriximiná, no oeste do Pará, já sabe que a equipe de sanitização do Projeto de Combate à Malária também está chegando. “Sempre tenho aberto as portas, porque sei que ajuda muito a nos proteger de uma doença que pode matar”, afirma o almoxarife. A iniciativa é desenvolvida pela Mineração Rio do Norte (MRN) e conta com o apoio da Secretaria de Saúde do município.
“Durante o mês de maio fazemos a primeira etapa da campanha e retornamos durante o mês de outubro. Com o período chuvoso, os mosquitos passam a procurar locais para se abrigar. Por isso, conversamos com os comunitários sobre a necessidade tanto da borrifação quanto do fumacê”, explica Luanne Gato, técnica em saneamento do projeto. Vivendo no Boa Vista desde 2006, Márcio conta que, durante esse período, já deixa a família ciente da necessidade de receber a equipe. “Quando posso, também tenho conversado com os vizinhos próximos sobre essa importância”, relata.
Dividido em duas etapas, o projeto, desenvolvido em 21 comunidades quilombolas e ribeirinhas e em duas aldeias indígenas, faz parte do Programa de Educação Socioambiental (PES) da MRN, promovendo ações preventivas por meio da borrifação de inseticida no interior das residências, inspeção embaixo dos assoalhos e pulverização de fumacê à noite.
Prevenção em foco
Transmitida por meio da picada de mosquitos infectados por protozoários do gênero Plasmodium, a malária é uma doença infecciosa que pode causar quadros de febre alta, calafrios, dores de cabeça e até a morte. Os mosquitos vetores da doença costumam aparecer durante o nascer e o pôr do sol, mas agem, principalmente, à noite. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), a região amazônica concentra 99% dos casos no país. Ainda não há vacina disponível contra a doença no Brasil. Por isso, a principal forma de prevenção são as medidas sanitárias.
A dona de casa Maria de Fátima sabe bem dessa necessidade. Há 21 anos vivendo na comunidade Moura, lembra quando ela e um dos quatros filhos tiveram a doença. “Eu sentia muito frio, dores de cabeça e no corpo. Quando fizeram a lâmina, disseram que era malária. Fiquei bastante abalada porque demorei quatro dias para procurar o médico”, relata a comunitária, que também não mede esforços para abrir as portas à equipe de saúde. “Eu sempre digo ‘eles não vêm trazer só borrifação, mas prevenção`, porque a gente sabe que todo ano a malária aparece”.
Cidadania
O Projeto de Combate à Malária nasceu em 1999, em um período de grande incidência da doença, quando foram registrados 1.126 casos na região. Em menos de dez anos de projeto, o registro caiu para 27 casos, representando uma redução de 97,6% nas incidências. A depender de fatores sazonais, o número de novos casos pode variar. Por conta disso, a MRN tem desenvolvido ações que visam controlar o mosquito transmissor da malária, bem como ações educativas para conscientizar os moradores quanto à maneira correta de se prevenir, com orientações como não deixar água parada, manter limpos os arredores da casa, permitir que a equipe faça a borrifação no seu imóvel e, em caso de sintomas da doença, como febre alta, tremores, sudorese e dor de cabeça, procurar um posto ou um agente de saúde.
“Essa campanha e as ações educativas são realizadas pela MRN. Já os exames e tratamentos são feitos pelo município e pelo Hospital de Porto Trombetas (HPTR). Nesse caso, eles nos enviam as notificações, nós identificamos as comunidades afetadas e nos dirigimos até elas”, explica o coordenador do projeto, Edmundo Barbosa, que também lembra o papel dos moradores na mobilização. “São eles que vão garantir que o mosquito não se procrie. Se os moradores tomarem as medidas preventivas, a doença estará sempre em controle em nossa região”, explica.
“Eu acho muito importante esse projeto porque o carapanã da malária precisa ser borrifado. Ele existe, mas como são vários tipos, não sabemos qual é. Por isso que todo o tempo que a equipe vem eu faço questão que eles venham borrifar aqui também”, ressalta a dona de casa Maria de Fátima.