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MRN lança edição 2022 do Relatório de Sustentabilidade
Publicação reúne as iniciativas e os resultados alcançados pela empresa nas áreas de governança corporativa, ambiental e social
Num convite à reflexão do que é preciso para seguir crescendo juntos, a Mineração Rio do Norte (MRN), sediada no distrito industrial de Porto Trombetas, município de Oriximiná, oeste do Estado do Pará, lança o Relatório Sustentabilidade MRN 2022. Já disponível aqui no site, o documento reúne as iniciativas do ano alinhadas à mineração sustentável, que envolve a atuação da empresa em diferentes frentes e com diversas abordagens, ampliando ainda mais suas ações nas áreas de direitos humanos, relações de trabalho, cadeia de suprimentos, educação e saúde e governança corporativa.
“Promover desenvolvimento sustentável é o nosso principal compromisso. Esse desenvolvimento só acontece de maneira efetiva se o respeito, diálogo e transparência estiverem presentes no relacionamento da empresa com todas as partes interessadas. O mundo muda a cada dia e, somado a isso, são diferentes desafios. Acreditamos na construção de parcerias como forma legítima de compartilhamento de responsabilidades externas à empresa e de geração de valor compartilhado. O Relatório de Sustentabilidade desse ano aponta todos os esforços da MRN nas áreas social, ambiental e de governança. Estamos no caminho certo e definitivo para a adoção e aprofundamento dos valores e cultura ESG”, destaca Vladimir Moreira, diretor de Sustentabilidade e Jurídico da MRN.
Com a produção anual de 12,5 milhões de toneladas de bauxita, que são exportadas para regiões do Brasil e mais três continentes, a empresa atua com a visão focada na excelência operacional e práticas sustentáveis, sendo permeada por valores como segurança, respeito, integridade, sustentabilidade e melhoria contínua.
No decorrer do ano, a MRN executou diferentes ações por meio dos programas de conservação da fauna e flora. Dentre os destaques de 2022, está o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), que realizou o plantio de mais de 490 mil mudas, de 101 espécies nativas em áreas mineradas, todas produzidas no Viveiro Florestal da empresa. Para reforçar esse cuidado, o Banco de Germoplasma de Castanheira seguiu firme com o replantio de 114 espécimes de castanha-do-pará (Bertholletia excelsa).
Natural do município de Terra Santa, a analista ambiental Talita Godinho se diz motivada ao acompanhar todas as etapas das ações. Como uma das responsáveis pelo PRAD, a profissional espera que suas gerações possam usufruir dos resultados do trabalho da empresa. “Chegar aqui e ver isso crescendo é me sentir fazendo parte do processo, para que meus filhos, netos e bisnetos possam usufruir do que hoje eu usufruo. Então, viver aqui e ver essas mudanças, do menor ao maior detalhe, é maravilhoso”, declara emocionada.
Para garantir o atendimento das necessidades das gerações futuras, a MRN tem a meta de reduzir em 23% as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). O processo de reflorestamento de áreas mineradas está intimamente conectado a esse compromisso, uma vez que contribui para a remoção do dióxido de carbono (CO2) da atmosfera.
Mineração inclusiva
Na MRN, o respeito às pessoas tem papel fundamental na sustentabilidade. Pela segunda vez consecutiva, a empresa foi eleita uma das 50 melhores Empresas para Trabalhar no Brasil, segundo o ranking Great Place To Work (GPTW), na categoria Indústria. Na etapa regional, o 2º lugar já havia sido conquistado. Além disso, no decorrer do ano, o programa de Diversidade e Inclusão MRN pra Todos ampliou o diálogo para a construção de um ambiente de trabalho no qual o respeito seja a chave para um ambiente organizacional mais plural, diverso e harmônico.
Membro do pilar LGBTQIAPN+ do MRN pra Todos, a engenheira Jéssica Gallio destaca que a iniciativa impacta de forma positiva na rotina dela. “Entrei no pilar logo que cheguei à empresa. Um dos analistas do RH viu minha certidão de casamento com minha esposa e comentou sobre o programa. Fazer parte dele tem sido muito importante, porque eu me sinto aceita e incluída, e isso agrega em tudo na minha vida. Isso me motiva a trabalhar, porque estou em um ambiente que me respeita. Posso, por exemplo, falar da minha família, sem medo”, relata a engenheira.
Diálogo e parceria de mãos dadas gerando valor compartilhado
Mais de R$ 23 milhões foram investidos em projetos e programas fruto de condicionantes socioambientais, de responsabilidade social e incentivados por leis federais. Essas ações reforçam o compromisso da MRN com os valores e cultura ESG em todos os seus eixos, contribuindo com o desenvolvimento socioeconômico da região.
Na comunidade Bom Jesus, do Lago Batata, há mais de 30 anos a produtora Maria do Socorro tem aproveitado as oportunidades junto com a família. “Nós criamos nossos filhos aqui, que é um lugar muito farto de peixes e frutas. A MRN tem trazido capacitação e esse trabalho com as comunidades gera conhecimento para o outro. Temos aprendido e dado certo. Fazemos nossas hortaliças, fazemos nosso enxerto e eu tenho certeza de que, fazendo isso, nós vendemos. Cada mês que passa nós aprendemos uma forma de trabalho. É uma vida saudável, digna”, afirma Dona Socorro, como é conhecida na comunidade.
Para a MRN, a educação é um dos maiores legados que se pode deixar para as futuras gerações. Por isso, a empresa tem investido cada vez mais em ações dedicadas à promoção do conhecimento e suporte a uma educação integral e de qualidade. O Programa de Apoio ao Ensino Básico (PAEB) beneficiou, em 2022, um total de 125 crianças e jovens quilombolas, com investimentos de R$ 2,5 milhões em bolsa de estudo, materiais didático e escolar, uniforme, alimentação, transporte e reforço no contraturno.
Outras iniciativas que também têm ampliado horizontes são o Programa de Apoio ao Ensino Superior (PAES), focado no apoio à permanência de jovens quilombolas ingressantes em cursos de graduação presencial ou à distância. E, também, o Projeto Educação pelo Trombetas, que oferece ações de elevação escolar e qualificação profissional para os comunitários.
Em paralelo aos investimentos educacionais, a empresa mantém o compromisso com a valorização cultural e desenvolvimento de práticas esportivas, por meio de leis de Incentivo à Cultura e ao Esporte, além de contribuir para a defesa da criança e do adolescente. A presidente do Conselho Municipal da Criança e da Adolescência (CMDCA) de Faro, Lorena Leal, destaca que os projetos apoiados pela empresa têm transformado a vida de mais de 250 crianças. “Tenho certeza de que isso vai acrescentar muito na vida dessas crianças, assim como na vida de jovens e mulheres que também são atendidos pelos projetos. É um público participativo e isso, para nós, tem um grande significado”.
Certificações
Em 2022, a MRN manteve a certificação no Padrão de Performance da ASI (Aluminium Stewardship Initiative), única iniciativa global de sustentabilidade voluntária abrangente para a cadeia de valor do alumínio, da qual a bauxita faz parte. No mesmo ano, a empresa consolidou todo o processo de adesão aos princípios da ASI no padrão de Cadeia de Custódia (CoC).
O esforço e a dedicação de todos os times culminaram, no início deste ano, com a conquista desse importante selo, que tem foco na rastreabilidade dos processos, da extração de bauxita até o embarque. Com a ASI CoC, a MRN atesta o compromisso de práticas responsáveis de mineração de bauxita, passando a emitir o Bauxite Certificate (Certificado da Bauxita).
Guido Germani, diretor-presidente da MRN, destaca que os resultados de 2022 refletem o olhar da empresa para o futuro, com foco na construção de um presente sustentável. “Mais que números, esses quantitativos representam um legado na Amazônia, que está muito além da mineração. O diálogo e a responsabilidade formam uma força motriz que impulsiona os compromissos que firmamos com a região”.
MRN e Oeste do Pará: 44 anos de histórias que se conectam
No aniversário do primeiro embarque de bauxita, empresa celebra conquistas focadas no futuro
Respeito ao meio ambiente, transparência e valorização das tradições locais. A partir desses pilares que, há 44 anos, a Mineração Rio do Norte (MRN) se conecta às pessoas e contribui para o desenvolvimento sustentável da região. Conexão que começa ainda na década de 1960, junto às primeiras pesquisas sobre bauxita no solo amazônico e que ganha força no dia 13 de agosto de 1979, com o primeiro embarque do minério, no distrito de Porto Trombetas, município de Oriximiná, oeste paraense. De lá para cá, o entendimento sobre o cuidado com o meio ambiente se renova a cada dia, em um aprendizado constante construído por meio do diálogo.
“’Eu quero vestir essa farda, eu quero estar na mineração’. Então, com esse sonho se realizando, não seria só para mim, mas para minha família”, relata a Operadora de Equipamento Industrial, Gliciane Auzier, ao lembrar de sua jornada antes de entrar na empresa. Da comunidade Boa Vista, a jovem de 25 anos está hoje entre os responsáveis pelo embarque da bauxita que segue para outras partes do Brasil e do mundo. Para a quilombola, a entrada na MRN foi o primeiro passo para alcançar sonhos ainda maiores. “Eu entrei como operadora, mas hoje curso Gestão Financeira. Eu quero crescer e o meu foco é ser uma líder de departamento”.
A trajetória de Gliciane muito se assemelha aos caminhos trilhados pelo também quilombola da comunidade Boa Vista, Zivaldo Viana. Gerente técnico de 52 anos, dos quais 33, dedicados à empresa. “Eu tinha 14 anos quando entrei por meio de um projeto que, na época, se chamava ‘Bom Menino’. Foi, então, que abriram a primeira turma do Senai na mineração. Depois de quatro meses como estagiário, fui contratado como ajudante de eletricista e daí fui me desenvolvendo”, recorda o gerente.
Para Guido Germani, Diretor-Presidente da MRN, relatos como os de Gliciane e Zivaldo traduzem o orgulho da empresa em atuar com responsabilidade social e sustentabilidade na Amazônia. “Nos orgulhamos da nossa história e vemos o quanto os
times estão dedicados para que nossa operação esteja alinhada, cada vez mais, às práticas sustentáveis e a uma agenda comprometida com a boa governança corporativa, ambiental e social. Junto com nossos empregados, poder público, comunidades, acionistas e parceiros, estamos construindo um legado para a região, especialmente a partir de importantes investimentos na educação e na formação das pessoas”.
Conexão com as comunidades
Ao longo de mais de quatro décadas, a MRN tem consolidado o relacionamento com as comunidades. Pautada no respeito à cultura local, a empresa estimula a bioeconomia com iniciativas focadas no aprimoramento de técnicas, impulsionamento de produção e que agregam valor de mercado, sempre alinhadas à responsabilidade ambiental. Por isso, em 2010, a empresa estruturou o Programa de Educação Socioambiental (PES), em cumprimento às condicionantes ambientais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Composto por 11 iniciativas, o programa está baseado em geração de renda, promoção à saúde, educação, cultura e meio ambiente. Um dos destaques da iniciativa é o Projeto Quilombo, que leva saúde de base comunitária e familiar a comunidades compostas por remanescentes de quilombos às margens do alto rio Trombetas.
Como instrumento de transformação, a educação recebe atenção especial com o investimento em inciativas que têm potencializado a formação de centenas de famílias quilombolas. Por meio do Programa de Apoio ao Ensino Básico (PAEB), o estudante que ingressa no nível fundamental e médio, para seguir com os estudos, tem suporte, de forma gratuita: com materiais didáticos escolares, transporte e alimentação. Já o estudante de nível superior conta com o Programa de Apoio do Ensino Superior (PAES), que garante bolsa de auxílio financeiro mensal, além de passagem de férias para visitar a família.
Em se tratando de qualificação profissional, o Projeto Educação pelo Trombetas, que atua nos eixos da educação, capacitação e qualificação profissional, auxilia no ingresso ao mercado de trabalho e na conclusão de estudos, formando bombeiros civis, vulcanizadores, operadores de equipamentos de mineração e estimulando comunitários a empreenderem em áreas, como panificação e corte e costura. São iniciativas assim que têm impactado de maneira positiva a realidade das mais de 150 famílias que vivem na comunidade Lago do Ajudante. “Esses incentivos são muito importantes para nós”, afirma Antônio Figueira. Líder da comunidade, ele conta que a juventude é a principal beneficiada e que boa parte dos jovens que passaram no processo seletivo do Programa de Jovens Aprendizes foi efetivada pela empresa. “Educação é o que nosso país precisa e a MRN reconhece o valor e potencial de jovens que moram na região. Aquele que aproveita a oportunidade que a empresa oferece só tem a crescer”, garante.
Cuidado com o meio ambiente
“Quando eu entrei na MRN, me chamou atenção o fato de que não há a preocupação apenas em extrair o minério, mas o cuidado com o meio ambiente. E isso tem sido exemplo não só para o Brasil, mas para o mundo inteiro. É muito satisfatório e eu fico muito feliz com isso”, afirma o auxiliar operacional Lorimar Xavier. Aos 61 anos, ele está entre os profissionais responsáveis pelo processo de reflorestamento da MRN. Na maior parte do dia, a tarefa dele é a produção de mudas. Há 39 anos vivendo em Porto Trombetas, o auxiliar conta que, durante essa jornada, observou o cuidado da empresa com o meio ambiente e com as pessoas. Para Xavier, saber o seu papel nessa força sustentável é o principal combustível para trabalhar com alegria todos os dias. “Aprendi muitas coisas que eu não sabia e sei a importância que o meu trabalho tem para o meio ambiente”, diz.
Na empresa, desenvolvimento e sustentabilidade caminham lado a lado. Prova disso é que o seu processo de recuperação de áreas mineradas é referência no setor mineral, pois é todo feito com espécies nativas. Em 2022, foram replantados mais de 360 hectares. Um trabalho feito em conjunto com as comunidades locais, que fornecem parte das sementes para o Viveiro Florestal da empresa, que tem capacidade para produzir um milhão de mudas. Concomitante ao reflorestamento, a MRN mantém o compromisso com ações que garantem a produção sustentável da bauxita, como gestão de resíduo sólidos industriais e urbanos e o monitoramento de ar, água e ruídos, além do monitoramento de fauna, que em 2022 resgatou 16.056 dos mais diferentes espécimes em áreas de supressão. Como uma empresa em constante evolução, a MRN conquistou pelo segundo ano consecutivo o selo da Aluminium Stewardship Initiative (ASI) no padrão Performance Standard, além do reconhecimento inédito de receber o selo ASI no padrão de Cadeia de Custódia (CoC), atestando o compromisso de práticas responsáveis de mineração de bauxita.
Respeito às pessoas
A valorização e o desenvolvimento da mão de obra regional, que representa 83% do efetivo, são premissas da empresa, que investe na qualificação e aprimoramento dos seus profissionais. Para isso, vem ampliando seus investimentos em treinamentos corporativos, operacionais e técnicos, baseados em preceitos como saúde, segurança, meio ambiente, qualidade e desempenho. Os resultados positivos e a percepção dos empregados em relação à MRN levaram a empresa, em 2021, para a posição de 4ª Melhor Empresa para se Trabalhar na Região Norte do Brasil, conforme a metodologia Great Place to Work (GPTW). Além disso, pela primeira vez a empresa entrou para o ranking das melhores companhias para se trabalhar no país. Em 2022, com um time de empregados ainda mais engajado, a MRN figurou como 2ª Melhor Empresa para se Trabalhar na Região Norte do Brasil, subindo duas posições em relação ao levantamento anterior.
Atualmente, cerca de 6 mil empregados, entre diretos e indiretos, fazem parte da empresa. Juntos, esses profissionais têm transformado a história da mineração no oeste paraense. Quem conhece essas mudanças em detalhes é o operador de equipamentos de mineração Edmilson de Azevedo. “Para nós, a segurança é um valor”, afirma o empregado de 64 anos de idade. Ele conta que chegou em Porto Trombetas ainda no início da década de 1980, quando tinha apenas 22 anos. De lá para cá, já se foram 43 anos dedicados ao trabalho. “O que mais destaco dessa jornada foi aprender a operar equipamento, incluindo carregadeira e trator, e depois dividir isso com meus colegas”, diz. O empregado, que já caminha para a aposentadoria, se diz grato ao ver que amigos e familiares seguirão passos similares. “É uma empresa muito boa para se trabalhar. Indico para meus amigos e familiares e muitos já estão aqui. É realmente uma empresa muito boa”, ressalta.
Diversidade & Inclusão
Esses valores também se entrelaçam à pluralidade de ideias e talentos. O Programa de Diversidade & Inclusão, o “MRN pra Todos”, completou três anos com conquistas significativas para a cultura organizacional da empresa. Entre 2021 e 2022, a força feminina da empresa saltou de 6,6% para 11,8%. Um desses talentos diversos é Bianca Morais, de 23 anos, que atua como operadora de equipamentos de mineração. “Não se trata só de trabalhar na empresa ou vestir farda e carregar a MRN no peito. Trata-se de todo um carinho e esforço de se fazer presente dentro da empresa. Fazer parte desses 44 anos é fazer parte de um novo ciclo”, afirma.
Tornando essas mudanças ainda mais significativas, o “MRN pra Todos” levou a empresa a conquistar o primeiro lugar na categoria Diversidade & Inclusão, na 48ª edição do Prêmio promovido pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), para reconhecer estratégias inovadoras na área da comunicação organizacional de todo o país.
Diálogo e futuro
Em maio, mais de 1.600 pessoas acompanharam de perto as discussões sobre o Projeto Novas Minas (PNM), empreendimento de continuidade operacional da empresa em fase de licenciamento ambiental, conduzido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Durante as audiências públicas realizadas nos municípios de Faro, Terra Santa e Oriximiná, os participantes conheceram detalhes do projeto, tiraram dúvidas e fizeram contribuições. Uma oportunidade de reforçar o diálogo aberto da mineradora, construído a cada dia.
“Esses 44 anos têm para nós um significado muito singular. A MRN sempre se pautou no diálogo e na atenção às práticas sustentáveis. Antes das audiências, por exemplo, conversamos com mais de 60 representações da sociedade. Todas focadas em um único objetivo, o desenvolvimento mútuo. Queremos ampliar esse diálogo cada vez mais, entendendo a singularidade de cada anseio. Prova disso, são nossas reuniões, fóruns de diálogo e canais de relacionamento junto às comunidades, que permitem uma escuta ativa deste público para garantir a licença social permanente do empreendimento. Inclusive o licenciamento ambiental do Projeto Novas Minas é essencial para que a empresa assegure suas operações por mais 15 anos e continue contribuindo para a construção de um legado na região”, destaca Vladimir Moreira, Diretor de Sustentabilidade e Jurídico da MRN.
Tons da natureza: cores, criatividade e conexão marcam a 4ª Edição do Concurso Cultural da MRN
Com mais de 350 inscritos, empresa divulga o resultado dos trabalhos
Lápis, lentes e muita imaginação coloriram a 4ª edição do Concurso Cultural “Orgulho de crescer com a natureza à nossa volta”, promovido pela Mineração Rio do Norte (MRN). Nas modalidades Desenho e Fotografia, participaram crianças, jovens e adultos dos municípios de Oriximiná, Faro e Terra Santa, oeste do Pará. Este ano, foram inscritos 355 trabalhos.
A temática do concurso cultural propõe aos participantes materializar a essência de suas perspectivas de interação com o meio ambiente, no pertencimento do enxergar e do viver na natureza. Os trabalhos apresentados são avaliados por uma Comissão Julgadora a partir de critérios como capacidade técnica, criatividade, originalidade e relevância ao tema.
“Essa é uma iniciativa que vem ocorrendo desde a pandemia e, cada vez mais, nos surpreende de maneira positiva”, destacou a analista de Comunicação e coordenadora do concurso, Loyana Demétrio. Ela celebrou o quantitativo que superou os 170 trabalhos inscritos no ano passado. “É muito gratificante perceber o nosso legado de mineração sustentável na região. Em cada desenho, em cada fotografia, a beleza de tudo o que nos cerca e essa conexão gigante que temos construído”, ressaltou Demétrio.
Os trabalhos foram avaliados de maneira minuciosa por um júri técnico e qualificado da região. A Comissão Julgadora foi composta Ana Cecília Guerreiro, coordenadora do Departamento de Ensino do Município de Faro; Claudinete Colé, diretora de Integração e Articulação Municipal de Oriximiná; Edmilson Garcia, diretor da Escola Novo Israel, do Lago Ajudante; Joaci Castro, diretor do Colégio Equipe Trombetas; Rosalba Sena, coordenadora educacional da Escola Municipal da Comunidade Boa Vista; Marcelino Conti, professor da Universidade Federal Fluminense de Oriximiná; e Reginaldo Gentil, secretário de Educação de Terra Santa. “Cada trabalho é belo e só de olharmos o coração se enche de orgulho. Estou muito feliz e agradecida pela participação”, declarou Claudinete Colé.
Conquista
E foi essa beleza natural que levou a pequena Sarah Miranda, de 7 anos, à conquista do 1º lugar na Categoria para crianças de 3 a 7 anos. “O meu desenho foi inspirado no ipê amarelo que está perto da nossa casa”, contou a estudante. É a primeira vez que Sarah participa do concurso. Incentivo que partiu da mãe, que sempre acompanha as redes sociais da empresa. “Eu acho muito bom esse incentivo para que as crianças tenham esse comprometimento e respeito por crescerem nesse ambiente tranquilo”, afirmou Thais Miranda. Os demais premiados na categoria foram os pequenos Pedro Oliveira Borges, de 6 anos, e Lara dos Santos, de 5 anos.
Já na categoria Desenho, destinada a estudantes de 8 a 17 anos, o 1º lugar foi conquistado por Ana Cecília de Carvalho, de 11 anos. No trabalho apresentado, uma exuberante Arara-azul rodeada de uma comunidade, rio e árvores. “Eu sempre fui apaixonada por pássaros e, quando estava numa viagem de barco, vi uma comunidade e me senti inspirada. Me sinto muito privilegiada”, contou a estudante. Alegria para a mãe, Ariane de Carvalho, que vê a filha participando do concurso pela segunda vez. “A inscrição partiu da Ana Cecília. Ela sempre gostou de desenhar. É uma satisfação muito grande, porque entendemos que é um trabalho que estimula nossas crianças”, afirmou Ariane. Nessa categoria, os demais premiados foram os estudantes Maria Eduarda Ribeiro Brito, de 11 anos, e Ryan Carlos Brito, de 16 anos.
Já na categoria Fotografia, o registro “Cultura que resiste o tempo passar: canoas do sustento” garantiu o 1º lugar para o estudante Paulo Cezar, de 19 anos, do município de Terra Santa. A imagem, segundo ele, tem o objetivo de mostrar de onde vem o sustento de boa parte dos terra-santenses. “As canoas mostram que é da pesca que sai o sustento de muita gente. Preservar a natureza é fundamental, porque também é por meio dela que tiramos esse sustento”, ressaltou. Os demais vencedores da categoria foram, respectivamente: Diego Damasceno, com o registro “Florescer da Vida”, e Vanessa Almada, com o registro “Conhecendo os pequenos detalhes da imensidão da natureza”, ambos do distrito de Porto Trombetas.
Menção Honrosa
A organização do concurso deu menção honrosa para quem não mediu esforços para que mais pessoas participassem da iniciativa. O coordenador da Escola Menino Jesus e professor da Escola Lameira Bittencourt, de Oriximiná, Pedro Simões, que conseguiu reunir mais 70 trabalhos inscritos; o diretor Edmilson Garcia e professora Elielma Castro, da Escola Novo Israel, da comunidade Lago do Ajudante, que conseguiram reunir mais de 60 trabalhos inscritos; e a coordenadora da Escola Municipal de Ensino Fundamental da comunidade Boa Vista, Rosalba Sena, que conseguiu reunir mais de 50 trabalhos. “É gratificante porque o concurso desperta nos estudantes o olhar para a sustentabilidade”, afirmou Elielma Castro.
RESULTADO CONCURSO CULTURAL
Conheça os vencedores:
CATEGORIA DESENHO I (3 a 7 anos)
1º Lugar
Sarah Nogueira Miranda, 7 anos
Colégio Equipe – Porto Trombetas
2º Lugar
Pedro Miguel de Oliveira Borges, 6 anos
Colégio Equipe – Porto Trombetas
3º Lugar
Lara Antonella Souza dos Santos, 5 anos
Escola Municipal de Ensino Fundamental Boa Vista – Oriximiná
CATEGORIA DESENHO II (8 a 17 anos)
1º Lugar
Ana Cecília de Carvalho, 11 anos
Colégio Equipe – Porto Trombetas
2º Lugar
Maria Eduarda Ribeiro Brito, 11 anos
Colégio Equipe – Porto Trombetas
3º Lugar
Ryan Carlos Moreira Brito, 16 anos
EEEM Antônio Candido Machado – Terra Santa
CATEGORIA FOTOGRAFIA
1º Lugar – “Cultura que resiste o tempo passar: canoas do sustento”
Paulo César, 19 anos
Terra Santa
2º Lugar – “Florescer da vida”
Diego Damasceno, 34 anos
Porto Trombetas
3º Lugar – “Conhecendo os pequenos detalhes da imensidão da natureza”
Vanessa Almada
Porto Trombetas
Cuidados preventivos garantem a segurança das operações da MRN
Ações diárias contribuem para fortalecer os indicadores da empresa
“Se for não seguro, torne seguro” é o lema que conduz a cultura de segurança da Mineração Rio do Norte (MRN), localizada no distrito de Porto Trombetas, município de Oriximiná, oeste do Pará. Para celebrar o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho, neste 27 de julho, a empresa envolveu seus times na ação chamada “Inspeção Integrada”. A iniciativa envolve lideranças, empregados próprios e terceirizados, além da equipe que integra a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes na Mineração (CIPAMIN).
“O objetivo das equipes é percorrer as instalações da empresa levando o reforço positivo em segurança, destacando a necessidade de ações sobre cuidado e prevenção e realizando inspeções preventivas. O principal foco dessa semana são as práticas de equipamentos de içamento e movimentação de cargas”, explica Flávio Trioschi, gerente-geral de Segurança no Trabalho da MRN.
Divididas em etapas, as ações de cuidado e segurança com os empregados integram a rotina das operações da empresa. É o Diálogo Diário de Segurança (DDS) que abre os turnos de trabalho, para identificar quais os riscos do dia e do local de trabalho. Em seguida, entram em cena as Inspeções de pré-uso de equipamentos e ferramentas e a Verificação de Controles Críticos. Por fim, o cuidado ativo, que é fundamental na promoção do respeito entre os empregados.
De acordo com Trioschi, essas ferramentas reforçam os indicadores positivos e o compromisso da empresa com a segurança e a manutenção das taxas de ocorrências em patamares abaixo de 1 (uma ocorrência a cada 1.000.000 horas trabalhadas). “Nosso indicador em 2023 está em 0,16. Os times próprios e equipes contratadas percebem que ambientes e atividades seguras são mais produtivas. Por isso, buscam manter as boas ações de trabalho e procuram sempre oportunidades de melhoria em segurança”, aponta o executivo.
Segurança como valor
Manter esses indicadores de forma positiva está entre as metas anuais do operador de equipamentos de mineração, Adriano Ribeiro. Em meio à rotina de inspeções em maquinários de grande porte, ele recorda o lema de segurança “Se não for seguro, não faça”, há 20 anos. “É muito gratificante lembrar que faço parte de um processo que, desde aquela época, já mostrava tamanha preocupação em trazer não só qualidade nos resultados, mas ter uma diretriz para execuções seguras”.
Adriano destaca que a atenção redobrada da empresa tem impactado de maneira positiva na percepção dos empregados sobre o assunto. Para ele, o conjunto de ações unifica a visão de um cuidado genuíno. “Isso tem trazido o melhor das pessoas para dentro de nossa rotina e mostra que podemos, sim, ser uma empresa referência não só em qualidade dos resultados, mas que respeita tanto o homem quanto a natureza”, afirma.
Longe dos grandes maquinários, esses mesmos valores elencam-se na rotina entre papéis e computadores da assistente administrativa Leonara Cordeiro. Como técnica de Segurança no Trabalho, ela vivencia a rotina de prevenção dentro e fora da empresa. “Chega a se tornar algo tão automático que em qualquer lugar passamos a olhar situações de maneira muito cuidadosa. Eu acredito que isso é positivo. Ao incentivar isso de maneira frequente, estendemos esse cuidado aos nossos familiares e amigos”, garante.
Segundo Cordeiro, ter o cuidado como valor essencial contribui para que o empregado perceba que está em um lugar seguro e se sinta responsável pela engrenagem que garante a segurança das operações da empresa. “É uma responsabilidade compartilhada. A partir do momento que eu encontro uma não conformidade, logo me questiono sobre quais soluções adotar”.
Cuidado como cultura
Outra ação realizada durante a “Inspeção Integrada” é encontro dos times de segurança que atuam na MRN. O objetivo é compartilhar boas práticas e fortalecer os vínculos, reconhecendo os profissionais mais atuantes e refletir sobre o dia 27 de julho. Neste dia, há 51 anos, foi instituído o serviço de Segurança e Medicina do Trabalho nas empresas. De lá para cá, a data tem sido utilizada para lembrar e alertar os empregados, empregadores, governos e sociedade civil sobre a importância das atitudes e práticas que eliminam ou mitigam os perigos, diminuem os riscos e a possibilidade de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, além de promover ambientes de trabalho adequados, saudáveis e seguros.
“O time de gestores não fica atrás, pois fortalece a cultura de segurança com seu exemplo pessoal, participação ativa em suas áreas de atuação e reconhecimento positivo aos empregados. E, para celebrar esta data, nada melhor do que envolver todas as áreas em mais uma atividade de prevenção que aponta oportunidades de melhorias, contribuindo para um ambiente de trabalho mais seguro”, pontua Marcelo Mollica, presidente da CIPAMIN.
Integrar mineração ao meio ambiente é compromisso da MRN
Em 2022, a empresa, por meio do seu Programa de Recuperação das Áreas Mineradas, reflorestou 362 hectares, o equivalente a cerca de 360 campos de futebol
Essenciais para manutenção do equilíbrio ambiental, as florestas englobam os mais diversos ecossistemas e correspondem a 1/3 da superfície terrestre, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Só no Brasil, de acordo com o Sistema Nacional de Informações Florestais (Snif), a área florestal equivale a mais da metade do território nacional. Nessa vasta extensão verde, está a Floresta Nacional (Flona) de Saracá-Taquera, situada no oeste do Pará, entre os municípios de Terra Santa, Oriximiná e Faro, criada em dezembro de 1989.
Na Semana de Proteção às Florestas, a Mineração Rio do Norte (MRN) reforça o compromisso de cuidado com o meio ambiente, realizando um intenso trabalho de recuperação de áreas mineradas. No ano passado, a empresa reflorestou 362 hectares, o equivalente a aproximadamente 360 campos de futebol.
Há mais de 10 anos atuando como auxiliar operacional no Viveiro Florestal da MRN, Américo Tavares está entre os responsáveis pela consolidação deste compromisso. O dia a dia entre as pequenas mudas - que em pouco tempo se tornarão árvores robustas - tem para ele um significado especial. “Cuidar desse viveiro é um privilégio. Para mim, trabalhar aqui é um orgulho por cuidar delas e prepará-las para, na época do reflorestamento, já estarem selecionadas”, garante.
Tavares recorda que, durante as primeiras experiências na MRN, também teve a oportunidade de atuar diretamente no reflorestamento dos platôs. Hoje, ao visitar os locais que já passaram pelo processo de replantio, se diz satisfeito ao ver os frutos sendo, literalmente, colhidos. “Quando voltei e vi a área reflorestada, fiquei muito emocionado ao lembrar que aquelas árvores, que começaram tão pequenas, já estão enormes e dando frutos”, relata o auxiliar.
Cuidado em todas as fases
Com capacidade de produção de até 1 milhão de mudas, é no Viveiro Florestal que germina o processo de reflorestamento da MRN. Dividido entre beneficiamento e triagem de sementes, preparo do substrato, entre as sementeiras e berçários, o trabalho exige atenção em cada detalhe. “Até que as mudas estejam maduras o suficiente para serem alocadas na área de reflorestamento, elas passam por todo um cuidado. Da germinação, elas passam para a etapa de repicagem, quando colocamos a plântula, o primeiro estágio da planta depois que brota da semente, da sementeira num saquinho. Aí inicia a etapa de aclimatação, quando transportamos as mudas de um espaço para outro. Em seguida, passamos para a seleção e, por último, a rustificação, quando elas são deixadas a pleno sol para se adaptarem à realidade que elas terão nas áreas de mina”, explica a engenheira florestal da MRN, Fabrícia Reges.
“É um grande desafio, mas poder acompanhar o crescimento delas é uma extrema felicidade. Quando visito as áreas que já passaram pelo processo de reflorestamento, sinto como se as árvores nunca tivessem saído dali. É maravilhoso ver a presença da fauna e até colher frutos maduros, com a castanha-do-pará”, complementa a engenheira.
Raízes do futuro
A MRN possui mais de 15 iniciativas na força-tarefa dos cuidados com o meio ambiente, incluindo o Epifitário, que faz parte do Programa de Resgate, Salvamento, Multiplicação e Reintrodução de Flora. Ao lado do Viveiro Florestal, o espaço abriga diferentes espécies de epífitas que são aquelas plantas que vivem sobre outras sem causar qualquer tipo de prejuízo, como orquídeas e bromélias, por exemplo. É nele que os espécimes resgatados nas áreas de supressão da vegetação para a mineração são acondicionados para desenvolvimento e só então são reintroduzidos em áreas reflorestadas mais antigas.
Talita Godinho, Analista Ambiental responsável pelo Epifitário, explica que o espaço “Funciona como um Banco de Germoplasma, com espécies de epífitas provenientes de diferentes tipologias florestais que, acabam virando fonte de reprodução, contribuindo para a conservação delas no meio ambiente. Ao mesmo tempo, é um espaço onde também promovemos ações de educação ambiental, onde recebemos os comunitários, os moradores da vila de Porto Trombetas e temos a oportunidade de explicar qual o papel delas para a conservação da biodiversidade”.
Investimento
A MRN investe no reflorestamento de áreas mineradas de bauxita alinhadas a pesquisas de apoio ao desenvolvimento econômico da região. O Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) busca promover a recomposição vegetal para restaurar as áreas mineradas, deixando o ambiente o mais próximo possível de sua estrutura e funcionalidade originais. Em 2022, o trabalho resultou no plantio de 492 mil mudas de 101 espécies nativas em áreas mineradas, todas produzidas no viveiro Florestal da empresa e envolvendo 70 trabalhadores das comunidades vizinhas, além da aquisição de 5,4 toneladas de sementes destas.
“Além do legado técnico no desenvolvimento da ação de reflorestamento, a empresa tem atuado com estudos para o enriquecimento econômico da floresta replantada, sem romper com os equilíbrios naturais. Os estudos são para que essas espécies sejam plantadas de maneira diferenciada, com o objetivo de oferecermos para as comunidades, alternativa econômica planejada”, pontua Marco Antonio Fernandez, gerente geral de Licenciamento e Controles Ambientais da MRN.
Bibliotecas comunitárias envolvem crianças e adultos com o incentivo à leitura em Oriximiná
Projeto Vaga Lume é apoiado pela MRN por meio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura
Empoderar crianças de comunidades da Amazônia a partir do fomento da leitura. Esse é o propósito do Projeto Vaga Lume, que considera as bibliotecas comunitárias como espaços para o compartilhamento de saberes. Com bibliotecas espalhadas pelas comunidades de Boa Vista, Serrinha, Moura, Flexal e Lago do Ajudante, no município de Oriximiná, oeste do Pará, em 2022 a iniciativa passou a receber o apoio da Mineração Rio do Norte (MRN), com a implantação de uma nova biblioteca na comunidade Jarauacá, por meio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura (Lei 8.313). Para ampliar a atuação do projeto, este ano, 30 comunitários passaram a receber formação continuada em Mediação de Leitura e em Gestão de Bibliotecas Comunitárias.
“Eu aprendi muito com esses livros”, diz a pequena Nathiene Lopes. Com a chegada da biblioteca do Jarauacá, as viagens da estudante ao universo da literatura têm sido cada vez mais frequentes. “Minha amiga e eu sempre vamos juntas para ficar lá. Os colegas das escolas também vão, emprestam os livros e ficamos lendo. Eu acho importante”, garante.
Quem observa as palavras da menina com vislumbre é a voluntária do projeto, Lene Vieira. Ela está entre os comunitários que participam da formação continuada, e se revezam para manter o hábito da leitura sempre vivo na região. Quando foi convidada a participar da iniciativa, a voluntária lembra que a defasagem dos estudantes era uma realidade no pós-pandemia que, aos poucos, segundo ela, foi transformada pelos livros.
“Foi muito satisfatório. Quando os livros chegaram, foi uma surpresa imensa. Tanto para as crianças quanto para os idosos. E a cada dia eles têm se interessado mais e mais. Nossa biblioteca está sempre aberta. Hoje, vemos que nossas crianças tiveram um bom desenvolvimento com o Vaga Lume. Esperamos que o projeto esteja sempre apoiando nossa escola”, destaca a voluntária.
Páginas e saberes
Nascida e criada na comunidade Jarauacá, Valdenice de Oliveira, também voluntária do projeto, vê a chegada da biblioteca como um grande avanço na comunidade. A jovem conta que as diferentes opções de livros têm impactado positivamente na maneira como os moradores contam a sua própria história. “São informações que podem nos ajudar, daqui a um tempo, a montar um livro sobre nós. Nosso desejo é que isso cresça para que nossa biblioteca sempre fique fortalecida”.
E são essas histórias que têm estimulado a agente educacional Francilene Lemos, da comunidade Santana, que é uma entusiasta da biblioteca. “Estamos colhendo dados para que façamos um livro que conte sobre nossas comunidades. Isso é ter uma biblioteca. É abranger novos horizontes, conhecer novos países, novas aventuras e novas culturas. Aqui, por exemplo, é conhecida como a comunidade mãe, que gerou descendentes rio acima e rio abaixo, porque foi daqui que os filhos dos comunitários foram fundando outras comunidades ao redor. Eu particularmente sou apaixonada por aqui”, destaca.
Klíssia Lopes atua como representante local da iniciativa há 16 anos. Ela conta que, desde a chegada do Vaga Lume nas comunidades, a transformação de realidades tem sido efetiva, com muitos resultados significativos. “Nós ficamos extremamente satisfeitos com o trabalho de multiplicação. E essa parceria recente com a Mineração Rio do Norte com certeza vai render bons frutos, afirma.
Incentivo e formação
Casa para 24 milhões de brasileiros, as comunidades rurais da Amazônia são o foco do trabalho da Organização não Governamental (ONG) Vaga Lume. Baseada em princípios como Humanismo, Escuta e Diversidade Local e Cultural, a entidade planeja triplicar o número de bibliotecas comunitárias em espaços como comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas. Para Fernanda Prado, gerente de Relações Institucionais da entidade, compartilhar histórias permite reduzir distâncias. No entanto, segundo ela, não basta apenas doar livros, é necessário formar mediadores.
“Doar um livro não faz com que as pessoas sejam leitoras, é preciso que tenhamos o envolvimento de pais, tios, professores e comunitários, que estimulem as crianças a lerem por prazer e não por obrigação. É isso que faz a mudança de chave, na qual as crianças passam a ter a leitura como algo divertido. Nesse retorno à comunidade Jarauacá, um ano depois, eu vejo o quanto as pessoas estão engajadas e felizes com o projeto. Tenho certeza de que eles cuidarão muito bem dessa biblioteca e de todas as iniciativas que virão”, pontua.
Prado lembra que esse propósito só é possível com o apoio efetivo das iniciativas públicas e privadas. “A ONG Vaga Lume só existe graças aos nossos parceiros, como a MRN, e nós gostaríamos que ela apoiasse por muito tempo e que muitas outras ‘MRNs’ apoiem esse projeto que é lindo e que precisa continuar. Quero agradecer e parabenizar a empresa não só pela parceria, mas por saber que educação é a chave para transformar a vida das crianças, que são os verdadeiros guardiões da floresta”.
Legado
Criada em 1991, a Lei nº 8.313 de Incentivo à Cultura, popularmente conhecida como ‘Lei Rouanet’, tornou-se o principal combustível para o desenvolvimento de ações culturais no Brasil. Anualmente, a MRN abre edital de projetos culturais que beneficiam crianças, jovens e adultos dos municípios de Faro, Oriximiná e Terra Santa. O Vaga Lume foi um dos projetos aprovados no edital de 2021. Só para 2023, a empresa estima investimento de, aproximadamente, R$ 1 milhão nas iniciativas.
“Nós entendemos que a leitura une comunidades e pessoas. O projeto, além de fomentar a leitura, incentiva a gestão comunitária por conta da biblioteca. Os voluntários vão às casas das pessoas e fazem a leitura, resultando em integração nas comunidades e incentivo à cultura. Cultura é educação, e esse é o legado que a MRN está firmando aqui na região, porque acreditamos que, por meio da educação, nós desenvolvemos indivíduos e são eles que desenvolvem a comunidade na qual estão inseridos”, destaca Bianca Bentes, analista de Relações Comunitárias da MRN.