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MRN está com inscrições abertas para o programa Jovem Aprendiz
Iniciativa disponibiliza 60 vagas em cursos nas áreas de Automação Industrial e Eletromecânica
A Mineração Rio do Norte (MRN), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), está selecionando talentos com perfis diversos para o programa Jovem Aprendiz 2023. Os interessados podem se inscrever até o próximo dia 07/10, por meio da plataforma de recrutamento da empresa: mrn.gupy.io. Os cursos iniciam em janeiro do próximo ano. O programa tem o objetivo de viabilizar a primeira experiência profissional, para pessoas com mais de 17 anos de idade.
A oportunidade proporciona uma formação técnica de qualidade aos jovens agregando conhecimento sobre o mercado de trabalho, em específico, no setor mineral. No total, 60 vagas foram disponibilizadas para atuação em Porto Trombetas, no município de Oriximiná, oeste do Pará. Os interessados podem escolher entre os seguintes cursos: Mantenedor de Sistemas de Automação Industrial (30 vagas) e Operação de Manutenção Eletromecânica (30 vagas).
“O programa capacita jovens e auxilia na sua preparação para iniciar uma carreira profissional, com aulas teóricas e práticas. Tem a duração mínima de um ano, com início a partir de novembro de 2022, seguindo o cronograma do curso estabelecido pela instituição. Aulas de formação teórica serão ministradas pelo Senai e atividades práticas serão nas áreas operacionais e administrativas da MRN, ambas com a carga de 4 horas diárias, de segunda a sexta-feira”, detalha Ílaise de Souza, analista de Recursos Humanos.
Moradora da comunidade Boa Vista, Adrielle Costa, de 24 anos, participou do processo seletivo em 2019 e, atualmente, foi efetivada ao cargo de Mecânica I na Seção de Manutenção de Equipamentos de Carga e Infraestrutura da empresa. Interessada desde a adolescência na área, a jovem compartilha sua experiência, quando fez o curso de Mecânica de Manutenção de Máquinas Industriais pelo Jovem Aprendiz.
“No início, quando cheguei na área, foi tudo muito novo. Vi uma escavadeira no pátio da oficina da MRN, com pessoas fazendo manutenção nela e senti curiosidade de ver o que eles estavam fazendo. Foi aí que eu também comecei a me envolver na mecânica de equipamentos móveis de mineração. Daí para frente foi só adaptação. A minha paixão pela mecânica, verdadeiramente, surgiu por meio da escavadeira, depois tomei gosto na área de equipamentos móveis e não parei”, lembra Adrielle.
“Eu me sinto feliz em estar exercendo esse cargo, que para mim é um sonho realizado. Representar as mulheres nessa área, é uma felicidade. Mais alegre ainda, por estar representando a minha comunidade Boa Vista. Para nós, oportunidades como essas são muito importantes. Minha recomendação é que os jovens aproveitem e, antes dos processos, pesquisem sobre a empresa e sobre as áreas que gostam”, complementa.
Requisitos e benefícios
Para se inscrever no programa Jovem Aprendiz é necessário ter entre 18 e 22 anos, ter concluído o ensino médio ou ainda cursar este período. As vagas afirmativas são direcionadas, preferencialmente, aos moradores das comunidades quilombolas e ribeirinhas da região. Filhos e/ou dependentes de empregados (MRN e terceiros), que residem em Porto Trombetas, também podem participar. Entre os benefícios, os jovens recebem bolsa auxílio, plano de saúde, transporte fluvial das comunidades Boa Vista e Moura até Porto Trombetas (durante prática na empresa) e seguro de vida.
Quilombolas relatam oportunidade e mudança de vida pela educação
Por meio de programas educacionais, os territórios do Boa Vista e Alto Trombetas II recebem bolsas de estudos, além de material escolar, alimentação e transporte gratuitos
Ao se deparar com as profundas águas do rio Trombetas, um filme passa pela cabeça da engenheira florestal Sara Quaresma. A primeira coisa que ela visualiza é a menina forte e determinada que saía, todos os dias rio abaixo e rio acima, da vila Patauá até o quilombo Boa Vista, de onde seguia para estudar no distrito de Porto Trombetas, localizado no município de Oriximiná, no oeste do Pará. Hoje, com 30 anos, Sara olha para o passado e se orgulha de ter acreditado no poder transformador da educação. Um combustível que a moveu para trilhar uma trajetória de desafios e conquistas.
“Eu sempre tive paixão pela escola e não queria ficar para trás, então debaixo de chuva ou sol eu estava lá. Minha mãe precisava cuidar dos meus irmãos, o que dificultava que ela me levasse à escola. Depois que eu cresci, aprendi a ir sozinha, busquei minha independência. Desde pequena, acreditei que a educação poderia me proporcionar um futuro melhor e lutei por isso”, lembra.
Outro quilombola orgulhoso de sua história é o empreendedor Jeferson dos Santos, de 36 anos. Nascido e criado na comunidade Boa Vista, desde criança aprendeu com a mãe a importância da busca pela garantia dos direitos das comunidades tradicionais, como o movimento “Raízes Negra” e a titularidade de terra, e a educação como ferramenta para uma mudança de vida. “A educação é um agente transformador. É por meio dela que você consegue galgar patamares que, sem ela, não seria possível”, assegura.
O que Sara e Jeferson têm em comum? Além de serem conterrâneos do mesmo território quilombola, eles abraçaram oportunidades. Por meio dos Programas de Apoio ao Ensino Básico (PAEB) e ao Ensino Superior (PAES), tiveram acesso a bolsas de estudos para ingressar em uma escola de qualidade e realizar o sonho de entrar na universidade. Sara formou-se em Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e Jeferson tornou-se bacharel em Química pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM).
Realização de sonhos
Antes das 5h da manhã, na comunidade quilombola de Boa Vista, o despertador toca: fazer café da manhã, preparar os filhos e começar o dia para atender os horários da escola dos filhos e do seu trabalho. Essa é parte da rotina da técnica de segurança, Andréa Ferreira dos Santos, de 39 anos, mãe de três: Raphael (21), Chrystian (18) e Sthefany (11). “É uma luta diária, mas eu quero que eles sejam profissionais qualificados e preparados para o futuro”, afirma.
Ela celebra a chance que os filhos Christian e Raphael estão tendo pelos programas PAEB e PAES, respectivamente. “É gratificante ver que eles têm oportunidades únicas de criar caminhos, com o apoio desses programas sociais da MRN”, comenta. “A base que eu tive aqui na escola de Porto Trombetas, por ser uma escola excelente e de muita qualidade, com certeza me ajuda na universidade, principalmente, na questão do conteúdo. Eu me sinto privilegiado e abençoado por poder realizar as coisas que meus avós e pais não realizaram e isso para mim é motivo de muito orgulho”, comemora Raphael, filho primogênito de Andréa, que está cursando Biotecnologia na Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).
Cledinaldo Durão, operador de máquinas operatrizes da MRN, também não esconde a alegria de ver o filho Clemerson avançar nos estudos. “Hoje o meu propósito é oferecer sempre o melhor, visando o futuro do meu filho. Eu quero que ele estude e se forme. Os professores só falam bem dele, nunca reprovou, sempre tem notas boas, toca violino e faz esportes”, relata orgulhosamente Cledinaldo.
O estudante Clemerson de Oliveira, de 15 anos, recebe o benefício do PAEB e sonha em ser médico. “Eu me esforço para fazer todas as tarefas, aproveito ao máximo esse auxílio para conseguir concluir o ensino médio e fazer a faculdade de Medicina, pois sonho ajudar as pessoas da minha comunidade”, revela.
O Colégio Equipe, unidade de Porto Trombetas, dá o suporte para que os alunos quilombolas tenham todo o acompanhamento e sejam inclusos em todas as atividades educacionais. “Para nós educadores, é muito rica essa heterogeneidade da turma, então é necessário desenvolver ações para integrar. Esse é o papel do professor, como facilitador do conhecimento. Para nós, a presença e vivência junto a comunidades tradicionais é um aprendizado fantástico. Procuramos sempre a equidade e desenvolver atividades, como o torneio da amizade, para que os alunos possam interagir. Nossa preocupação é sempre transmitir a eles o sentimento de equipe e igualdade, sempre valorizando a cultura deles”, ressalta o professor Joaci Lima, diretor do Colégio Equipe de Porto Trombetas.
Conhecimento como legado
Os programas educacionais são mantidos pela MRN, mineradora de bauxita localizada no distrito de Porto Trombetas (Oriximiná/PA). A empresa investe cerca de R$ 3 milhões ao ano, garantindo aos bolsistas do PAEB materiais escolar e didático, transporte e alimentação totalmente gratuitos. Já os beneficiados do PAES recebem bolsa mensal para cursos presenciais e à distância, além de passagem aérea/fluvial anual de férias para visitar a família, pois geralmente os cursos são realizados em outras cidades, como Santarém, Belém e Manaus.
Para Guido Germani, CEO da MRN, essas iniciativas educacionais refletem o compromisso de responsabilidade social corporativa da companhia e reforçam que o pilar da educação é fundamental para gerar conhecimento e uma base sólida para o futuro. “Um dos principais legados que a empresa pode deixar para a população é realmente o conhecimento porque isso será um alicerce para o resto da vida deles”, afirma.
O executivo destaca ainda todo o esforço feito pela empresa durante o período da pandemia para que os programas tivessem continuidade. Foram disponibilizados computadores e aulas gravadas em pen drive para que os alunos conseguissem estudar no formato on-line. “Para nós, é fundamental apoiar nesse processo de transformação social das pessoas da região. Temos orgulho de ter em nosso quadro de empregados o talento da Sara Quaresma, que atua no time de Relações Comunitárias. O Jeferson Santos também passou por aqui, onde trabalhou por 12 anos, chegando a ser gerente de Comunidades. Nossa torcida é por mais ‘Saras’ e ‘Jefersons’ abraçando oportunidades e despontando com todo o potencial que têm”, declara.
Raio X dos programas
Desde 1997, o Programa de Apoio ao Ensino Básico (PAEB) garante bolsas integrais de estudo no Colégio Equipe de Porto Trombetas. Inicialmente, foram beneficiados alunos residentes na comunidade Boa Vista (ensino fundamental II e médio). A partir de 2020, o atendimento foi estendido a estudantes do território Alto Trombetas II.
Desde 2000, a MRN executa o Programa de Apoio ao Ensino Superior (PAES) como uma extensão do apoio ofertado na Educação Básica, dando suporte aos estudantes da comunidade Boa Vista que ingressavam na graduação. Desde 2020, os moradores das comunidades do Alto Trombetas II têm sido contemplados com bolsas para cursos superiores, em ensino presencial ou à distância.
Fotos: Lamparina Filmes/Diego Formiga
MRN realiza seminários orientativos e simulados de emergência de barragens para levar informação nas comunidades
Para que uma mineração sustentável seja feita de forma segura, a Mineração Rio do Norte (MRN) investe continuamente na segurança das suas operações e em iniciativas de prevenção e proteção dos empregados e comunidades vizinhas ao empreendimento de mineração de bauxita, localizado no distrito de Porto Trombetas (Oriximiná/PA). E para reforçar essa cultura de segurança, foram realizados, nos primeiros 15 dias de setembro, seminários orientativos e um simulado de emergência na comunidade quilombola Boa Vista, levando informações e recomendações sobre como agir em situações de emergência em barragens e reservatórios de mineração.
As atividades fazem parte do Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM) da companhia, em cumprimento à legislação nacional de segurança de barragens e as boas práticas de relacionamento com comunidades. “O PAEBM é um guia geral para determinados níveis de emergências para barragens de mineração, um documento que dá suporte à gestão de emergências na empresa. Durante os seminários e simulados, apresentamos os protocolos de segurança do PAEBM, pontos de encontro, rotas de fuga, além de esclarecer como funcionam as barragens e reservatórios e o que deve ser feito no caso de algum incidente”, explicou Alexandre Schuler, gerente de Geotecnia da MRN.
Elessandra Correa, analista de Relações Comunitárias, destacou a importância das ações de socialização do PAEBM para a comunidade. “É um momento de diálogo em que se tem a oportunidade de levar informações sobre as nossas barragens de mineração, mostrando para eles todos os equipamentos de segurança utilizados pela empresa para monitorar e garantir a segurança desses reservatórios. E isso, sem dúvida, traz uma tranquilidade para os comunitários que vivem no entorno da empresa. Também é uma ação fundamental para o relacionamento e a construção de confiança com a comunidade”, ressaltou.
Nos seminários orientativos junto às comunidades também foram abordados o fluxo de produção da empresa e do ciclo do alumínio (metal que tem como matéria-prima a bauxita), assim como foi apresentado o funcionamento do sistema de gestão de rejeito, a diferença entre reservatórios e barragens, as formas de monitoramento, os instrumentos e as ferramentas voltadas à segurança dessas estruturas.
“Sempre apresentamos o sistema de segurança de barragens da MRN, como, por exemplo, os mais de 1000 sensores de monitoramento que estão nas barragens e reservatórios, as frequentes inspeções de campo, gestão de anomalias, Sala de Monitoramento, espaço dedicado exclusivamente à segurança dos nossos reservatórios e barragens, pesquisas e consultorias nacionais e internacionais. Tudo é apresentado de forma bem simplificada e objetiva para a comunidade”, complementou Alexandre.
Já no simulado, foram apresentadas ações de emergência na prática, ou seja, como identificar potenciais situações de risco em barragens e as medidas a serem executadas nesses casos. “Os simulados foram organizados por equipes multidisciplinares da MRN e da Defesa Civil de Oriximiná, com o objetivo de explicar os protocolos de emergência. Assim, apresentamos um tutorial de ferramentas utilizadas, como códigos, mapas e os tipos de sinais sonoros emitidos para essas situações”, ressaltou Adriano Borilli, gerente técnico que atua na área de remoção de rejeito.
Para José Paixão, coordenador da Defesa Civil de Oriximiná, os seminários e simulados são fundamentais para levar conhecimento para as comunidades e órgãos envolvidos. “É no simulado que vamos testar as ações no caso de uma emergência, além de passar informações. Os simulados trazem uma visão mais real em caso de deslizamentos, por exemplo, e com isso já estaremos preparados”, afirmou. “Para as comunidades ribeirinhas é ainda mais esclarecedor saberem que não teriam risco e não precisariam sair de suas casas, pois os possíveis riscos seriam para quem trafega no local, longe das casas. Para a Defesa Civil, essa didática e transparência é fundamental para levar segurança para a família, como também, entender o cuidado com o meio ambiente”, ressaltou.
Voluntários levam aulas de inglês para crianças quilombolas de Oriximiná
A proposta é preparar este público para iniciar o ensino fundamental Il familiarizado com a língua estrangeira
Falar um novo idioma deixou de ser apenas um diferencial no currículo das pessoas. O pré-requisito tem sido constantemente cobrado em processos seletivos, passando a ser um item básico na contratação de profissionais, especialmente dos que querem atuar em grandes corporações. De acordo com a última pesquisa do British Council e do Instituto de Pesquisa Data Popular, de 2021, apenas 5% da população do país falam a língua, sendo 1% deles fluente. E quanto mais cedo se tem o contato com o idioma, mais rápido é possível chegar à fluência.
Pensando neste cenário e na forma de levar o aprendizado do inglês para crianças da região do oeste do Pará, o grupo de voluntariado da Mineração Rio do Norte (MRN) iniciou o projeto piloto “Semeando o Saber” na comunidade quilombola Boa Vista, localizada no município de Oriximiná. A ideia é familiarizar as crianças no idioma inglês, inserindo a língua na rotina de estudos. A ação conta com um time de 19 voluntários, entre professores e auxiliares, e contemplará cerca de 100 alunos, entre 05 e 11 anos, divididos em oito turmas com aulas em sábados intercalados, na escola da comunidade.
Nesse primeiro semestre, os alunos estão aprendendo as letras do alfabeto e aumentando o vocabulário por meio de aulas lúdicas e dinâmicas, com muita brincadeira. Eles também recebem material escolar e alimentação. “Verdadeiramente acredito no poder da educação para as mudanças queremos e precisamos na nossa sociedade. Não tenho dúvidas que ter o conhecimento da língua inglesa pode impactar de forma significativa a vida dessas crianças, explica a voluntária Jaiane Queiroz, que atua como analista de Comunicação na MRN.
Entre os materiais escolares, estão lápis de cor, canetas, cadernos, colas, e massinhas para trabalhar de forma interativa com as crianças, explorando os sentidos do corpo humano e a sua imaginação a partir de estímulos à criatividade. “Em todas as aulas, os professores trabalharão com as quatro habilidades de comunicação em inglês: escuta, fala, leitura e escrita, com um plano de ensino voltado ao enriquecimento do vocabulário e com um rodízio de professores e auxiliares. Acreditamos que essa abordagem diversificada é muito positiva para que os alunos tenham contato com diferentes pronúncias e didáticas”, acrescenta a voluntária.
“Estou feliz porque a gente aprende e pode levar isso para nossa vida”, disse Jenifer Michele, de 11 anos, que vive na vila Patauá, da comunidade Boa Vista. “Gostei do primeiro dia, foi bom para aprender algumas palavras junto com meus amigos. Quando eu for para outra escola, vou aprender tudo e estar preparado”, acrescentou Ruan Patrick Santos, de 09 anos. “Eu posso aprender a falar inglês e ensinar a minha avó. Também posso usar a língua quando eu viajar por aí”, comemora Stephane dos Santos, de 11 anos.
A empolgação nas palavras dos alunos, junto aos seus sorrisos nos rostos, foi compartilhada entre uma aula e outra com os voluntários, colegas de turma e professores. Para Joene Sena, coordenadora na Escola Municipal da Comunidade Boa Vista, a ação é uma oportunidade muito importante na preparação dos alunos às séries seguintes. “É muito relevante para nós que eles tenham esse contato com a língua inglesa. Apenas a partir do 6º ano, eles começam a estudar o idioma, quando saem das comunidades e vão para a escola da vila de Porto Trombetas. Então, para eles, é tudo muito novo. Portanto, chegar na série seguinte sem ter o básico, pode dificultar o aprendizado. Estamos com as melhores expectativas em relação aos resultados do projeto”, acrescenta.
Sentimento também relatado por Antônio Ribeiro, 26 anos, morador de Porto Trombetas e voluntário. “Tenho uma grande expectativa com o projeto e quero devolver tudo que recebi da MRN. Fui criado aqui e me sinto privilegiado por todos os estímulos que recebi da empresa, que impactaram de forma positiva a minha vida. Eu sou voluntário e, há mais de seis anos, atuo em outras ações. Para mim, isso é a continuidade do que eu adoro fazer, que é ter contato com as lideranças, crianças e jovens das comunidades, propagando à educação”, destaca.
Feira de artesanato e gastronomia movimenta a economia em Oriximiná
O evento expôs peças de cerâmica, biojoias, objetos de decoração, artesanato indígena, produtos reciclados, danças populares e comidas regionais
A primeira Feira de Artesanato, organizada pelo Programa de Voluntariado da Mineração Rio do Norte (MRN) reuniu, no último final de semana, comunidades quilombolas, moradores locais e profissionais da empresa, em um evento especial com trabalhos manuais, gastronomia, apresentações culturais e muita música, no Centro Comunitário do distrito de Porto Trombetas, em Oriximiná.
A ação teve também a participação dos artesãos do Projeto de Educação Ambiental e Patrimonial (PEAP), que levaram peças de cerâmica e biojoias para expor e vender na feira, e representantes da etnia indígena Wai Wai, que apresentaram a arte por meio de brincos de penas coloridas e colares feitos de sementes e estilizados com os símbolos da tribo. Dessa forma, o evento contribuiu para movimentar a economia da região e promover a cultura local.
“Ainda não tínhamos tido essa oportunidade, então é a primeira vez que podemos vender em uma feira e ter um lucro maior. Estou feliz de estar aqui, e é importante para gente, então fiz todos os esforços para participar. O projeto também é muito importante e nos ajuda muito a aprender com a natureza”, comentou Ana Cristina Passos, produtora de biojoias e artesã no PEAP, residente da comunidade Nova Esperança.
Ray Silva e o pai Raimundo Silva, moradores de Oriximiná, produtores de doces e bolos, receberam treinamentos e capacitações, antes do evento. O grupo de voluntariado disponibilizou quatro cursos: manipulação de alimentos, descarte de resíduos, empreendedorismo e finanças pessoais, para auxiliar os artesãos no aprimoramento das suas vendas.
“No treinamento, o que mais me chamou a atenção foi o livro de Terapia Financeira porque trouxe melhoria para o meu lado empreendedor. O curso me ensinou como vender o produto e como torná-lo mais apresentável. Também aprendi sobre controle de gastos e como me planejar para ter um bom lucro”, disse Ray. “Com a feira, nossa expectativa é vender ainda mais os nossos produtos de castanha e coco, expandindo nosso negócio", complementou.
Incentivo à economia regional
Segundo Gabriela Nascimento, analista de Relações Comunitárias da MRN, a ideia surgiu a partir da iniciativa do grupo de voluntariado da empresa para conciliar o interesse mútuo entre os artesãos que participam do PEAP, empreendedores locais e das comunidades circunvizinhas para aprimorarem suas rendas e propagarem a cultura local. No total, o evento reuniu 36 expositores de sete comunidades quilombolas e da Vila de Porto Trombetas.
“A ideia é que tivéssemos um bom fluxo de pessoas, por isso optamos por fazer o evento no Centro Comunitário da vila, com 40 estandes. Tivemos biojoias, cerâmicas, objetos de decoração, artesanato indígena, reciclagens, crochês, artes em tecidos, comidas regionais e muitos outros produtos. Já havia um interesse das comunidades e de empreendedores locais em expor suas mercadorias, então unimos esses públicos e fizemos toda uma mobilização nas comunidades e na vila para que todos participassem. Tivemos um leque de opções em artesanato e gastronomia e as expectativas foram superadas. Estamos muito felizes com a ação”, ressaltou a profissional que faz parte do Programa de Voluntariado MRN.
Fazer o bem é contagiante
Paulo Azevedo, líder de Projetos da MRN e coordenador da Feira de Artesanato, destaca a importância da ação dos voluntários. “O grupo de voluntariado surgiu semeando ações do bem e trabalhando a inclusão social. Na Feira, as pessoas conseguem conhecer os pequenos produtores de cada comunidade e o nível de qualidade dessas produções. Os retornos que recebemos dos produtores são os melhores e conseguimos perceber a diferença que uma ação voluntária faz na vida das pessoas. O nosso maior reconhecimento é ver que essas pessoas estão felizes com suas produções, conseguindo uma melhoria das suas rendas e acreditando ainda mais nas suas capacidades de realizar e crescer. É só o começo de muitas outras ações, porque fazer o bem é contagiante”, afirmou.
MRN lança Relatório de Sustentabilidade
Na publicação anual, a empresa traz um balanço dos investimentos em reflorestamento, ações de responsabilidade social corporativa, programas socioambientais e educacionais, inovação, segurança das operações e o cuidado com as pessoas
Respeito, cuidado, inclusão, inovação. É na conexão desses valores que uma ação sustenta a outra dentro de uma cadeia de valor. Tudo com o propósito de gerar oportunidades de desenvolvimento sustentável, preservar o meio ambiente e construir de forma conjunta um legado para gerações futuras. Todas essas ações, incluindo a forma como elas tem refletido na qualidade de vida dos moradores da região, estão destacadas no “Relatório Sustentabilidade MRN 2021 – O orgulho do presente em cada passo para o futuro”, disponível no site da empresa.
Com foco na transparência e na qualidade das informações, a publicação traz dados sobre investimentos em reflorestamento, ações responsabilidade social corporativa, inovação, segurança das operações e a conquista de importantes certificações, como o Padrão de Performance ASI (Aluminium Stewardship Initiative), única iniciativa global de sustentabilidade voluntária para a cadeia de valor do alumínio, com 59 princípios que vão de biodiversidade e liderança à transparência. O selo atesta ao mercado e à sociedade o compromisso da companhia com uma mineração sustentável de bauxita.
“Acreditamos que é possível operar de forma responsável e consciente. Somos prova disso, uma mineração com iniciativas que impulsionam o desenvolvimento e o protagonismo das pessoas. Tudo isso pensando em um futuro que vá além da mineração e que seja construído, em parceria, com as pessoas da região”, destaca Guido Germani, CEO da MRN.
Na parte ambiental, a empresa desenvolve programas robustos, como os de monitoramento de fauna, flora, recursos hídricos, ar, solo, gestão de resíduos urbanos e industriais, além de conduzir o reflorestamento com espécies nativas, que é um referencial na mineração de bauxita. Em 2021, foi feita a restauração florestal de 523,8 hectares, totalizando uma área recuperada de 7,5 mil hectares em 42 anos, o equivalente a 10.504 campos de futebol.
“Ressaltamos que nosso empreendimento ocupa apenas 4,2% da Floresta Nacional (Flona) Sacará-Taquera, sendo que um quarto está em avançado processo de regeneração florestal. O compromisso com a preservação ambiental conta com a participação fundamental dos comunitários, que têm a oportunidade de obter renda ao fornecer as sementes e mudas para nosso Viveiro Florestal, cuja capacidade de produção é de um milhão de mudas ao ano. Além disso, investimos em tecnologia e inovação em nossas operações, adotando sempre as melhores práticas globais do mercado”, complementa Vladimir Moreira, diretor de Sustentabilidade e Jurídico da MRN.
Parceria, aprendizados e avanços
Outro importante destaque são as projetos socioambientais de responsabilidade social corporativa, apoios e patrocínios junto às comunidades. No ano passado, foram investidos mais de R$ 23 milhões em iniciativas que atenderam importantes eixos, como geração de renda, educação, cultura, saúde, preservação ambiental e patrimonial.
Ações que beneficiam pessoas como a piscicultora Maria Mota, a dona Zuma, que reside na comunidade Bacabal, na região do médio Trombetas. Ela participa do Projeto Apoio à Piscicultura, que no ano passado reduziu custos na construção de tanques ao substituir as bombonas – equipamentos que auxiliam na estabilidade da estrutura – pelas garrafas PET (polietileno tereftalato) de dois litros, material de fácil acesso e baixo custo, que são recolhidas durante a coleta de resíduos sólidos, no distrito de Porto Trombetas, e doadas aos comunitários.
Para garantir o bom funcionamento dos reservatórios, foi criado um equipamento a partir de câmaras de ar de pneus de bicicleta e bomba de ar. Assim, é possível encher as garrafas dando a elas maior resistência à pressão e capacidade de flutuação dos tanques na água. “Antes, tínhamos que sempre trocar as bombonas dos tanques entre três e cinco anos, ou até menos. Além disso, os reservatórios afundavam e tínhamos que ir atrás de material para construir novos. Agora, a mineradora traz as garrafas e colocamos no tanque, fica mais firme para trabalhar e dura mais tempo flutuando na água, além de ser mais seguro”, festeja dona Zuma.
A conscientização ambiental realizada por meio dos projetos socioambientais da também é comemorada entre os comunitários. “Aprendi muito sobre os cuidados com animais e as leis de defesa que protegem eles, assim como entendi que é crime maltratar e caçar de qualquer forma. É importante saber que a natureza tem um fluxo, e que devemos preservar os animais para não ter extinção, pois havendo extinção a natureza entra em desequilíbrio, e os animais são fundamentais para o meio ambiente”, comenta Edinara de Souza Régis, da comunidade Último Quilombo, participante do Projeto de Educação Ambiental (PEA).
Educação que transforma
Os Programas de Apoio ao Ensino Básico (PAEB) e de Apoio ao Ensino Superior (PAES) também ganham destaque no Relatório de Sustentabilidade. As iniciativas têm contribuído para mudar a vida de comunidades quilombolas da região, ao dar oportunidade para que crianças e jovens possam concluir o ensino fundamental e conquistem a tão sonhada vaga na universidade.
Pelo PAEB é disponibilizado material escolar (como mochila, caneta, lápis) e didático (livros e apostila), transporte e alimentação, sem custo para os alunos ou suas famílias. Já o PAES oferece bolsas de estudo, com pagamento de auxílio financeiro mensal, para apoiar os discentes na sua trajetória acadêmica, além de passagem anual para retorno dos alunos às suas respectivas localidades no período de férias. Com o investimento de cerca R$ 3 milhões ao ano, os programas educacionais beneficiam comunitários dos territórios quilombolas do Boa Vista e Alto Trombetas II.
“Desde pequena, acreditei que a educação poderia me proporcionar um futuro melhor. Com o ensino médio, surgiu a oportunidade de fazer o curso superior de Engenharia Florestal, com auxílio financeiro. Valeu a pena acreditar na escola, nos programas de bolsas e na educação porque hoje eu sou formada e realizada”, declara Sara Quaresma, natural da comunidade Boa Vista, beneficiada pelos programas do PAEB e PAES.
Segurança das operações
A MRN investe constantemente em novas tecnologias, sistemas de gestão de monitoramento e inspeção com o intuito de minimizar os riscos de seus reservatórios/barragens. No ano passado, foram aportados R$ 163,7 milhões em projetos e obras associadas à segurança de barragens.
A empresa também realizou os primeiros testes industriais de remoção mecanizada de rejeito seco visando, principalmente, a disposição em cavas mineradas e a utilização nos processos de descaracterização de antigos reservatórios, aumentando a vida útil do sistema existente para uma operação mais sustentável.
Investimentos robustos em tecnologia possibilitaram a criação da Sala de Monitoramento de Barragens, 100% dedicada à segurança dos 24 reservatórios de rejeito e das duas barragens de sedimento, A1 e Água Fria, que servem para acumular e clarificar águas das chuvas que incidem sobre o pátio de embarque.
A Sala de Monitoramento é a primeira linha de defesa de segurança dos reservatórios e barragens da empresa. No local, são compilados os dados dos sensores, sendo a maior parte automatizada, onde pode ser detectada qualquer anormalidade das estruturas de disposição de rejeito e barragens de sedimento, possibilitando iniciar de imediato os protocolos de ações emergenciais, caso haja necessidade.
PAEBM - Em paralelo, foram feitas atividades do Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM), documento técnico que apresenta as iniciativas a serem tomadas em potenciais situações de emergência. Além dos simulados com empregados, foram realizadas ações periódicas de treinamento do PAEBM nas comunidades Boa Vista, Boa Nova e Sacará, no Lago do Sapucuá. Foram feitos seminários orientativos em todas essas localidades e um simulado de emergência de barragem na comunidade Boa Vista. Todas essas atividades ocorrem de forma colaborativa entre a MRN, Defesa Civil do município de Oriximiná, 4º Grupamento Bombeiros Militar de Santarém, 9° PPD da Polícia Militar de Porto Trombetas e associações comunitárias.
Diversidade e inclusão na prática
O Relatório de Sustentabilidade retrata os resultados do programa de diversidade e inclusão, o “MRN pra Todos”, que completou um ano. A iniciativa engloba um leque maior de perfis profissionais visando promover ambientes inclusivos e integrados, considerando gênero, gerações, origem étnico-racial, convicções religiosas, orientação sexual, habilidades e formações diferenciadas. O programa surgiu com um viés educativo sobre o respeito às diferenças, a fim de garantir a equidade tanto nas políticas e práticas de gestão de pessoas quanto na estratégia do negócio.
A maior participação de mulheres é um dos frutos gerados pelo “MRN pra Todos”. Nos últimos dois anos, a empresa ampliou de 6,6% para 9,2% a presença feminina, em todas as áreas, além de realizar campanhas e capacitações para empregados, líderes e equipe do programa.
Os avanços dessa inclusão também são percebidos pelos empregados. “Cheguei aqui em 2012 por meio de uma palestra e análise de currículos, especialmente para PcD. Tive preparação durante um ano pela MRN, adquirindo experiência, me capacitando e, em breve, me formo como Engenheira de Produção. Foi essencial ter essa oportunidade para chegar até aqui. Eu percebi a evolução quando comecei a ter espaço para conversar, para expor minhas necessidades, mostrando minha competência. E, hoje, percebo que a empresa está cada vez mais aberta a todos os PcDs”, declara Erivane Santos, assistente administrativa da empresa, com deficiência auditiva.
“Há dez anos, faço parte do quadro de profissionais da companhia. Já participei de palestras sobre diversidade e acredito que é importante a empresa ter critérios de inclusão bem definidos em vários processos, pois assim conseguimos realmente ver pessoas de diferentes etnias no nosso dia a dia. Nessas palestras, conheço mais sobre o tema e percebo que é importante rever algumas ações e atitudes. E o programa é mais um passo e, como homem negro e quilombola, vejo um caminho aberto e um espaço para falar”, afirma Lenilton de Jesus, analista ambiental da MRN.
Uma nova marca para traduzir o propósito de ser
Um outro marco importante implementado pela MRN, em 2021, foi o lançamento do novo branding. As mudanças visíveis da marca são, além das formas mais orgânicas e suaves, as cores e elementos gráficos. O tom de verde escolhido para a marca reflete o respeito ao meio ambiente e à construção de um legado sustentável para todo o ecossistema. Já o elemento abaixo da tipografia, agora totalmente redesenhado, faz referência ao leito do rio, mostrando as conexões com o negócio da empresa, já que o embarque da bauxita é feito por via fluvial, e reforçando as conexões com as pessoas e o meio ambiente da região. O rio que tudo conecta.
Com a tagline “Bauxita sustentável do Pará para o mundo”, o novo posicionamento contou com uma campanha de lançamento gradual. Foram realizadas diversas ações de aplicações da marca para fortalecer o atual conceito. No primeiro momento, a mudança ocorreu no site, redes sociais e plataforma de comunicação interna.
No site da MRN, foi disponibilizado o manual da marca explicando todo a essência que sustenta esta plataforma de branding, além de um vídeo manifesto. Para reforçar essa concepção aos públicos de relacionamento, foram feitas peças de comunicação interna, postagens nas redes sociais da empresa e uma exposição com cartazes explicativos (minidoors e busdoors) para os moradores de Porto Trombetas. Uma estratégia de comunicação diferenciada foi estruturada para as comunidades tradicionais em uma campanha realizada, via aplicativo de mensagem instantânea, para apresentar a nova marca.
“A MRN é uma empresa de referência no processo produtivo, no respeito às pessoas e ao meio ambiente. O reforço deste posicionamento não é sobre uma mudança na empresa, mas sim para mostrar e ressaltar o que já fazemos, fortalecendo as conexões que possuímos com tudo ao nosso redor e com o mundo”, destaca Karen Gatti, gerente geral de Comunicação da MRN.
Ao final do Relatório de Sustentabilidade, foi disponibilizado um link para acesso ao balanço financeiro de 2021, no qual é possível conferir todos os investimentos de governança, saúde, segurança, socioambientais e operacionais da empresa.