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Compromisso com a humanização na saúde da Amazônia
Hospital de Porto Trombetas, sediado em Oriximiná, comemora 36 anos
de atividades no oeste do Pará
A vocação e o compromisso pelo atendimento humanizado em saúde movem 184 profissionais como a técnica de Enfermagem Regilene Costa no Hospital de Porto Trombetas (HPTR), localizado no distrito de Porto Trombetas, município de Oriximiná (PA). Aproximadamente 750 mil atendimentos foram realizados nesta região nos 36 anos de atividades do HPTR, que serão comemorados nesta sexta-feira, dia 23 de julho. “Eu sou apaixonada pela minha profissão. Escolhi cuidar incondicionalmente das pessoas, visando o bem-estar, sua integridade e dignidade. Vê-las voltando para casa com a saúde restabelecida, ativa em mim um sentimento de compaixão e solidariedade”, declara Regilene Costa, que nasceu em Prainha e há 24 anos trabalha neste hospital.
Em sua trajetória, Regilene conta que viu e vivenciou muitas situações que serviram como aprendizado e crescimento profissional e que ela acredita que também contribuíram para o fortalecimento e a credibilidade do HPTR. “É muito gratificante fazer parte de uma empresa que busca melhoria contínua pela qualidade na assistência dos pacientes, criando novos processos, aperfeiçoando o sistema de gestão, buscando certificações e capacitando profissionais”, comenta.
Mantido pela Mineração Rio do Norte (MRN) e gerenciado pela Pró-Saúde, o hospital tem mais de 25 especialidades, entre presenciais e telemedicina, realizando atendimentos ambulatoriais, de urgência, cirurgias e internações. O HPTR também acompanha as mudanças na região nesses 36 anos, evoluindo na qualidade profissional, técnica e de infraestrutura para atender os desafios da saúde na região. “Crescemos com tecnologias, pessoal, treinamento e especialistas. Nossos principais desafios são conseguir atender as comunidades de Porto Trombetas, quilombolas e ribeirinhas de Oriximiná, considerando as especificidades de saúde, região e logística com as compras de materiais”, pontua Diogo Abreu, gerente do Departamento de Saúde da MRN.
Infraestrutura - Entre as 25 especialidades estão pediatria, ginecologia, obstetrícia, ortopedia, clínica médica, cirurgia geral, anestesiologia, sendo que estas disponibilizam atendimento 24 horas. Entre os 184 funcionários, 24 são médicos. O HPTR tem 22 leitos de internação e realiza exames de análises clínicas, patologia e diagnóstico por imagem. Paralelamente, realiza atendimentos ambulatoriais de medicina do trabalho, oftalmologia, puericultura e diversas especialidades fornecidas via telemedicina.
Superação na pandemia
O maior desafio foi trabalhar de forma intensa na linha de frente da prevenção e combate ao novo coronavírus, sendo referência de assistência à saúde para as comunidades da região do Porto Trombetas e Alto Trombetas. “Além do atendimento hospitalar, participamos da campanha de prevenção junto ao comitê de crise e à equipe da MRN. Fizemos testagem e isolamento em massa, tratamento imediato em todos os pacientes que nos procuraram, contratamos equipe exclusiva e criamos uma unidade exclusiva de Covid-19. Disponibilizamos ainda uma UTI móvel para a retirada de pacientes graves e críticos, entre outras ações, conduzidas bravamente no cenário da pandemia. Atualmente, também estamos vacinando alguns grupos como prioritários, gestantes, comorbidades e lactantes, entre outros, em um posto, montado no Cineteatro de Porto Trombetas”, conclui Abreu.
Entre os pacientes que receberam tratamento e tiveram rápida recuperação no HPTR estão a empreendedora Luciana Castro Marinho e o esposo dela, o policial militar Benedito Ferreira Borges, que foram diagnosticados com o novo coronavírus no início de 2021. “Começamos a sentir os sintomas, mas não queríamos acreditar que era Covid-19, pois tivemos esta doença quando começou a pandemia. Fomos atendidos no dia 10 de janeiro e retornamos para casa para fazer o tratamento. No dia 15, começamos a sentir sintomas mais intensos da doença. Por isso, fomos para o hospital, onde ficamos internados por 11 dias. Ficamos debilitados e desanimados, mas o acompanhamento e o tratamento foram maravilhosos e nos deram força para acreditar que a gente ia se recuperar. Só tenho a agradecer aos médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e a equipe de higienização. Com certeza, o acolhimento, a atenção e os cuidados destes profissionais fizeram a gente vencer esse vírus”, relata Marinho.
Certificação de boas práticas
Uma das importantes conquistas foi o selo de qualidade do Conselho Federal de Enfermagem, recebido em novembro de 2019, que certifica as boas práticas e as resoluções atreladas à prática da assistência de enfermagem do hospital. Atualmente, a equipe do HPTR trabalha para obter uma nova certificação, desta vez internacional, relacionada à segurança do paciente. A Comissão de Humanização também é um dos diferenciais que contribuem para o HPTR ser considerado referência em média e baixa complexidade nesta região.
“Os atendimentos valorizam especificidades como as de comunidades quilombolas, respeitando ao máximo a privacidade, a forma de viver e conviver. Também temos diversos projetos como Grávidas de Trombetas, Crescendo Juntos, A Hora do Soninho, entre ações e campanhas que somam com esta humanização do hospital”, assinala o gerente do Departamento de Saúde da MRN.
Mais conforto para os comunitários
Entre os recentes investimentos na ampliação de atendimento está o Odontomóvel, que, a partir deste mês de julho, contará também com o serviço de extração, além de restauração e limpeza, que já são ofertados, e passa a ficar em ponto fixo ao lado do Ambulatório da Feirinha de Porto Trombetas, para atender com maior conforto e comodidade o público das comunidades quilombolas Boa Vista, Alto Trombetas 1 e Alto Trombetas 2. “Com isso, além de ampliar a capacidade de atendimento, facilita o acesso dos comunitários aos serviços, reduzindo o deslocamento até o Hospital de Porto Trombetas”, conta Abreu.
Para o diretor médico, Gustavo Estanislau, os diferenciais são a qualidade do atendimento e dos profissionais, além da estrutura do hospital. “A busca constante é pela excelência. Atualmente, o hospital está com um grande projeto de melhoria buscando qualidade e segurança para o paciente por meio de auditorias para conquistar selos e certificações hospitalares. Também temos projetos visando humanização e sustentabilidade”, declara Estanislau.
Book Concurso Cultural MRN 2021
Mais de 120 trabalhos foram inscritos no concurso cultural “Orgulho de crescer com a natureza à nossa volta – Ano 2”, iniciativa da Mineração Rio do Norte (MRN), que tem como objetivo valorizar talentos locais e dar visibilidade a experiências de interação com o meio ambiente e de desenvolvimento sustentável na região. A estudante Júlia Oliveira, 9 anos, foi primeiro lugar em Desenho e a bióloga Daiane dos Santos, 28 anos, conquistou o primeiro lugar em Fotografia.
Clique aqui para acessar o book final com o material de todos que participaram da edição de 2021 do concurso cultural.
Manejo responsável pela conservação da floresta
Criação da Área de Proteção Ambiental Jará e Projeto SAFs contribuem para valorizar e proteger a biodiversidade em municípios no oeste do Pará
Com cerca de 500 milhões de hectares cobertos por florestas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil é o segundo país do mundo com maior área vegetal. Para lembrar a importância de preservar este e outros recursos naturais, em 17 de julho é celebrado o Dia de Proteção às Florestas. No oeste do Pará, duas experiências desenvolvidas por empresas de mineração e parceiros locais mostram a importância de valorizar e proteger a biodiversidade nesta região.
No município de Oriximiná, mais de 20 famílias das comunidades ribeirinhas Boa Nova, Casinha, Saracá, Camixá e Bom Jesus, participam do Projeto de Apoio a Sistemas Agroflorestais (SAFs), iniciativa do Programa de Educação Socioambiental da Mineração Rio do Norte (MRN) em cumprimento a condicionantes do Ibama, desenvolvido desde 2005 e executado atualmente em parceria com a consultoria Florestas Engenharia.
Os 29 agricultores participantes recebem capacitações como cursos, visitas técnicas e oficinas, nas quais são trabalhadas metodologias coletivas e individuais, compartilhando saberes tradicionais locais e técnicas agroecológicas. “O objetivo deste projeto é promover a conservação das florestas nas comunidades atendidas, promovendo o reflorestamento por meio da implantação de Sistemas Agroflorestais e, ao mesmo tempo, gerando renda para as famílias”, declara Genilda Cunha, analista de Relações Comunitárias da MRN e coordenadora do projeto.
Entre os principais produtos em termos de volume e de renda gerada para as famílias estão limão, laranja e tangerina. Também há produção, consumo e comercialização de abacaxi, milho e banana. “A contribuição dos produtos dos SAFs na renda dos agricultores depende da intensidade do manejo que cada família dedica ao plantio, além de ter relação com condições climáticas e com as estações ao longo do ano”, explica Juliana Mello, consultora do projeto.
Aprimoramentos - As capacitações voltadas para a melhoria do manejo dos plantios já existentes foram intensificadas em 2018, quando um diagnóstico do projeto apontou para a necessidade de um acompanhamento mais próximo. Neste mesmo ano foram feitas capacitações sobre gestão da propriedade rural, criação de galinha caipira e agroecologia, visando apresentar técnicas que permitissem aos agricultores realizarem de forma independente os tratos culturais adequados aos seus SAFs, recuperando a produtividade. Em 2019, o projeto promoveu junto a cada família uma rodada de planejamento, considerando a renovação e implantação de novas áreas de cultivo. Foram distribuídas mais de 14 mil mudas de 15 espécies.
Entre as capacitações promovidas pelo projeto no final de 2019, antes da pandemia, estão o curso de legislação sobre a atividade agrícola, em que se aprofundou o conhecimento dos agricultores sobre normas que regem a produção agrícola sustentável, incluindo produção orgânica, certificações, fabricação de defensivos e adubos orgânicos. Também foram realizadas visitas técnicas, complementadas por interações via telefone para os comunitários que têm acesso a este meio, quando as visitas não puderam ser mais realizadas em decorrência da crise de Covid-19.
Além das atividades de aprimoramento técnico, o projeto também promoveu a entrega de equipamentos e materiais para o plantio das 14 mil mudas entregues. Os agricultores receberam kits com ferramentas para poda, plantio e o manejo dos SAFs. No início de 2020 foram entregues 25 sacas de adubo para ser aplicado de acordo com o resultado das análises de solo, realizadas no ano anterior. “O suporte com as capacitações, consultorias de normas, visitas técnicas e apoio com materiais são diferenciais que fazem do SAFs uma experiência positiva de manejo responsável de plantios, valorizando a conservação das florestas e contribuindo com o incremento de renda das famílias participantes”, declara Jéssica Naime, gerente de Relações Comunitárias da MRN.
Retomada - Por conta da crise de Covid-19, o projeto ocorreu apenas nos meses de janeiro e fevereiro de 2020, precisou ser interrompido em março do ano passado e tem perspectiva de retomada a partir de agosto deste ano caso o contexto da pandemia esteja sob controle. “Ainda não foi possível executar ações nas comunidades atendidas. Também não tivemos ação à distância porque atuamos em comunidades rurais em áreas remotas, onde até o acesso a sinal de telefone é dificultoso. Temos como meta entrar em campo, visitando as famílias beneficiárias do projeto, a partir de agosto, se for considerado seguro pela equipe de saúde e segurança da MRN. Tomaremos todas as medidas preventivas, considerando distanciamento social, atendimentos individualizados, evitando aglomerações, uso de máscaras e higienização de mãos e das superfícies”, assinala a coordenadora do SAFs.
MRN recebe recomendação para manutenção de certificação
Conquista demonstra melhoria contínua da empresa pelo melhor nível de operação sustentável na produção de bauxita
Mais uma conquista importante marca o compromisso da Mineração Rio do Norte (MRN) em manter a operação no melhor nível de sustentabilidade: o órgão certificador Bureau Veritas Certification (BVC) recomendou a manutenção da certificação do seu Sistema Integrado de Gestão, baseado nas normas ISO 45001 (Segurança e Saúde Ocupacional) e ISO 14001 (Gestão Ambiental) sem registros de não conformidades.
As duas normas são essenciais para a empresa garantir a otimização seu sistema integrado de gestão, segundo Wvagno Ferreira, gerente da área de Gestão Estratégica e Riscos da MRN. “A ISO 14001 atua com premissas para garantir o desenvolvimento sustentável com foco na prevenção da poluição e em medidas com foco na preservação do meio ambiente e na diminuição dos impactos ambientais. Já a ISO 45001 promove diversos benefícios para a empresa, tais como o controle dos perigos e riscos na organização, o atendimento aos requisitos legais aplicáveis de SSO (Saúde e Segurança Ocupacional), a prevenção de ações trabalhistas por práticas corretas de gestão e a prevenção de incidentes na organização”, relata.
O escopo da auditoria de manutenção, realizada neste mês de julho, envolveu os processos de planejamento, mineração, transporte, beneficiamento, embarque fluvial de bauxita, geração de energia e as instalações da Vila de Porto Trombetas no município de Oriximiná, oeste do Pará, onde a MRN mantém suas operações de produção de bauxita. Entre os pontos destacados pelo órgão certificador BVC sobre a evolução da empresa no ciclo de auditorias realizadas nos últimos anos, estão a capacitação dos auditores internos nas normas e a capacidade dos auditados em atender aos requisitos especificados de forma ágil e profissional.
O trabalho em equipe dentro do Sistema Integrado de Gestão da MRN, coordenado pelas áreas de Gestão & Riscos, Segurança, Saúde e Meio ambiente, foi essencial para a realização das atividades de forma integrada, que garantiram a recomendação da certificação superando as expectativas, sem registros de não conformidades. “Cada pessoa é fundamental para o sucesso das ações realizadas, pois o engajamento da equipe é um fator crítico para superar os desafios, afinal, quando trabalhamos em equipe, cada um depende do outro e todos são responsáveis pelos resultados”, assinala Wvagno Ferreira.
O próximo desafio estratégico da MRN para o desenvolvimento sustentável da produção da bauxita é a busca pela certificação na norma ASI (Aluminium Stewardship Initiative). “A equipe da área de gestão está atuando em sinergia com os times da MRN com o objetivo de obtermos a certificação em dezembro de 2021. O escopo da certificação ASI engloba os princípios e critérios da gestão ambiental, social e governança corporativa, de forma a manter um desempenho sustentável dentro da cadeia de valor da produção do alumínio e interagindo com as comunidades, o ser humano e o meio ambiente”, conclui o gerente da área de Gestão Estratégica e Riscos da MRN.
Projeto musical envolve crianças e adolescentes de Oriximiná
Mais de 60 anos alunos vão aprender viola e violino em aulas gratuitas com a Orquestra Maré do Amanhã
Mais de 60 crianças e adolescentes de Porto Trombetas e da comunidade do Boa Vista estão inscritas no projeto Orquestra Maré do Amanhã para aprender viola e violino em aulas gratuitas. A iniciativa social da Mineração Rio do Norte (MRN) tem parceria desta orquestra e do colégio Equipe, onde ocorrem as aulas, que fica no distrito de Porto Trombetas, no município de Oriximiná, oeste do Pará.
O projeto estava previsto para o início de 2020, mas precisou ser adiado por conta da pandemia de Covid-19. Com o avanço da vacinação e a retomada gradual das aulas no colégio Equipe, as atividades iniciaram neste último mês de junho, seguindo ainda os protocolos de segurança preventiva como turmas reduzidas em sala de aula, garantindo o distanciamento social, além do uso de máscaras e higienização com álcool em gel.
As aulas ocorrem às terças, quartas, quintas e sextas. A partir de agosto, se o contexto da pandemia estiver mantido sob controle, a proposta é incluir também aulas itinerantes, às segundas-feiras, nas escolas municipais das comunidades Boa Vista e Moura. “Fizemos as audições e a seleção para avaliações rítmica e melódica dos alunos que fariam parte do projeto ainda em janeiro de 2020, antes da pandemia. Já temos os 66 alunos selecionados para o projeto e a proposta do calendário até o final do ano”, comenta Rodrigo Araújo, coordenador do projeto Orquestra Maré do Amanhã, núcleo Porto Trombetas.
Com o propósito principal de levar música clássica a pessoas que não têm acesso, a Orquestra Maré do Amanhã foi convidada pela MRN para implantar um núcleo de ensino na região depois de uma série de apresentações realizadas pela orquestra em 2019 em municípios do oeste do Pará como parte das comemorações dos 40 anos da empresa. “A MRN busca ampliar as oportunidades de desenvolvimento das comunidades com as quais tem interface, o que pressupõe a atuação em um amplo leque de temáticas. Ao trazer essa importante parceria na esfera cultural, com a Orquestra Maré do Amanhã, consideramos que os alunos que moram nas comunidades ganham a possibilidade de desenvolverem novas habilidades, socializarem-se e, de maneira geral, descobrirem novas perspectivas de vida. Os planos iniciais são para que as atividades ocorram em Porto Trombetas, beneficiando os alunos que residem tanto no distrito quanto nas comunidades. Também estão previstas aulas nas comunidades Boa Vista e Moura, que ainda não puderam ser iniciadas devido à pandemia da Covid-19”, relata Raphael Esteves, analista de Relações Comunitárias da MRN.
O mecânico Cledinaldo Durão, da comunidade Boa Vista, é pai de Clemerson, 14 anos, que está participando das aulas de violino no projeto. O pai, que também tem relação com a área musical, onde já atuou como DJ e com bandas, conta orgulhoso que sempre incentivou o filho a participar de cursos e projetos de música. “Quando a gente morava em Manaus, eu matriculei o Clemerson, que na época tinha uns 5 ou 6 anos, para fazer aulas de teclado. Em 2019, ele assistiu uma apresentação da Orquestra Maré do Amanhã. Quando soubemos que haveria um projeto desta orquestra aqui, eu e a mãe dele incentivamos para ele se inscrever. Ele me falou que está gostando de aprender violino”, relata Cledinaldo.
O operador de equipamento industrial Josielton Santos, também de Boa Vista, inscreveu a filha Joiciane, 16 anos, para aprender viola no projeto. “A Joiciane já tinha habilidades musicais com violão e inscrevemos ela para adquirir mais conhecimentos. Ela está gostando bastante e muito empolgada com as aulas”, declara.
Rodrigo Araújo, coordenador do projeto, destaca a importância do engajamento dos participantes e a dedicação deles nas aulas ministradas pelo professor Matheus Silvestre. “No aniversário de 40 anos da MRN, a orquestra veio a Porto trombetas e levou consigo a semente deste novo projeto. A ideia de trabalhar com as comunidades foi rapidamente absorvida por toda a equipe da orquestra e agora tomou forma. Com certeza, devemos descobrir grandes talentos quando os participantes amadurecerem mais seus conhecimentos musicais”, assinala Rodrigo.
Projeto Quilombo conclui 13 meses de assistência em saúde ampliada
Ação médica emergencial e itinerante beneficiou
24 comunidades quilombolas e ribeirinhas no oeste paraense
O projeto Quilombo vai retomar a rotina normal de suas atividades na região do Alto Trombetas 1 e 2 no mês de julho, após concluir 13 meses de ação médica emergencial estendida, beneficiando mais de 6 mil pessoas de 24 comunidades quilombolas e ribeirinhas de Oriximiná, no oeste paraense, durante momentos de pico da pandemia de Covid-19.
Este projeto faz parte do Programa de Educação Socioambiental da Mineração Rio do Norte (MRN) em atendimento às condicionantes do Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Já sua ampliação neste período está entre as iniciativas da empresa, alinhada ao grupo interinstitucional “Pela Vida no Trombetas”, para contribuir com a saúde preventiva destas comunidades durante a crise do novo coronavírus.
A extensão do projeto Quilombo, que será concluída em 30 de junho, começou no final de março de 2020 por conta do risco de exposição e vulnerabilidade das comunidades da região durante a pandemia. A partir de então, a MRN disponibilizou equipe médica que realizou um trabalho intenso com visitas diárias, que envolviam orientações preventivas, monitoramento, diagnóstico e tratamento. “Foram 13 meses de ação em campo. Após as consultas, o paciente era encaminhado para o Hospital de Porto Trombetas os casos possíveis. Esses atendimentos e encaminhamentos contribuíram para reduzir, consideravelmente, casos críticos nas comunidades atendidas. Assim, em outubro do ano passado, concluímos o ciclo estendido do projeto em atenção à pandemia, momento em que se estabilizou o número de casos internados e de isolamento. Em janeiro de 2021, ao identificarmos uma tendência de retorno do número de casos, retomamos a ação emergencial, que se conclui neste mês de junho, após monitorarmos e constatarmos que o contexto voltou a ficar estabilizado”, relata Jéssica Naime, gerente de Relações Comunitárias da MRN.
Parcerias - Os atendimentos tiveram importante parceria com hospitais e agentes comunitários locais de saúde como o professor Rubens Cordeiro Rocha, coordenador local do projeto em Cachoeira Porteira, beneficiado com a extensão do Quilombo. “Para a gente, foi uma grande satisfação ter o apoio da equipe médica do Projeto Quilombo na comunidade Cachoeira Porteira, para nos orientar. Só temos a agradecer a MRN por esse apoio porque a nossa comunidade é muito distante”, declara.
Entre os parceiros locais importantes para a viabilização do projeto Quilombo na região também está Domingos Printes, da comunidade do Abuí, que pontua os benefícios do Projeto Quilombo. “Queria agradecer pelas parcerias. Apesar das lutas nesta pandemia, tivemos a vitória com este projeto na comunidade do Abuí”, afirma.
Na comunidade quilombola do Boa Vista, segundo Amarildo Santos de Jesus, coordenador comunitário local de saúde, desde o início, o projeto foi um suporte muito seguro na comunidade. “Hoje estamos mais tranquilos e agradecemos ao projeto Quilombo. Espero que a gente sempre esteja com essa parceria porque a gente precisa dos conhecimentos que foram passados pelo projeto para a comunidade”, comenta.
O coordenador da comunidade ribeirinha Lago do Ajudante, Antônio Eunápio Matos Figueira, destacou a importância das orientações para os comunitários manterem o isolamento social e dos atendimentos e tratamentos preventivos. “O projeto Quilombo orientou nossas comunidades como se prevenir desta doença desconhecida, cortando festas e futebol, e hoje estamos sem novos casos. Agradecemos a MRN que deu suporte às nossas comunidades, realizando atendimentos e trazendo remédios”, assinala.
O agente comunitário de saúde José Adomiro, o “Bila”, da comunidade do Palhal, reforça a relevância das recomendações preventivas e da identificação precoce de casos, que garantiram maior efetividade nos tratamentos. “O projeto fez com que a gente aprendesse a lidar com a pandemia porque não tínhamos modelo de como lidar com esse momento, para avançarmos diante da crise. A comunidade sentiu essa contrapartida muito positiva, entendendo as informações. Com o projeto Quilombo, conseguimos multiplicar esses conhecimentos na comunidade. Somos gratos de fazer parte deste trabalho”, completa.
Prevenção - O projeto Quilombo normalmente atende 14 comunidades dos territórios do Alto Trombetas 1 e Alto Trombetas 2. Durante a extensão, esse número aumentou para 24 comunidades, chegando ao Batata, Flechal, Bacabal, Ajudante, Boa Vista, entre outras comunidades que receberam o suporte da extensão nos momentos de pico da pandemia. “Este projeto do Programa de Educação Socioambiental da MRN mostra a importância desse tipo de parceria com as comunidades e hospitais da região, viabilizando assistência médica e contribuindo para manter a saúde preventiva em momentos críticos desta pandemia”, destaca Jéssica Naime.