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MRN testa tecnologia social para captação e tratamento de água de comunidade ribeirinha
Mineradora busca desenvolver solução para ampliar o acesso a água em parceria com a comunidade e a startup Água Camelo
A água representa muito mais que um recurso hídrico: os rios conectam tradições, culturas e alimentam o modo de vida de populações ribeirinhas. A Mineração Rio do Norte (MRN) celebra o Dia Mundial da Água (22) anunciando parceria com a startup Água Camelo para apoiar a comunidade de Oriximiná (PA) com acesso limitado à água potável. Um sistema de captação e tratamento de água está em fase de testes na comunidade Boa Esperança, no Lago do Batata, com previsão de ampliar o atendimento para nove famílias de área remota.
“Nossa operação é norteada pelo cuidado com as pessoas e com o meio ambiente, respeitando os costumes e tradições das comunidades. Conservar a água e atuar com respeito ao ecossistema onde operamos, que compreende 10 bacias hidrográficas no Oeste do Pará, é contribuir para a conservação da biodiversidade da Amazônia e o desenvolvimento sustentável da região”, afirma o CEO da MRN, Guido Germani, destacando o compromisso com práticas de mineração responsável e sustentável.
Parte desta agenda se concretiza com esse projeto piloto de captação, distribuição e tratamento de água, com potencial de desenvolver tecnologia social com baixo custo para acesso à água em comunidades ribeirinhas. "Estamos apostando em soluções autossustentáveis para enfrentar os desafios hídricos das comunidades mais impactadas em períodos de seca ou de chuvas intensas, melhorando sua qualidade de vida”, explica Jéssica Naime, gerente-geral de Relacionamento e Responsabilidade Corporativa da MRN. A iniciativa complementa o conjunto de ações em prol do apoio para o acesso à água para outras comunidades da região.
Está em fase de teste um sistema individual de bombeamento e captação da água com capacidade de 1 mil litros, alimentado por energia solar. Além de garantir a estabilidade no fornecimento do recurso, a solução filtra a água. Visando alavancar seu impacto social, quatro pessoas da comunidade Boa Esperança, no Lago do Batata, foram treinadas para executar este projeto piloto. Devido à escalabilidade, a próxima etapa consiste em expandir o sistema de água para nove casas de comunidades remotas da região. O projeto integra o Mining Hub, do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), em parceria com a startup Água Camelo.
Aprendizado com a natureza
O mesmo Lago Batata se transformou em referência de restauração ambiental reconhecido em 99 publicações científicas nacionais e internacionais. Em 2024, a MRN lançou hotsite e e-book em que narra a jornada de restauração ecológica do Batata, que sofreu impactos ambientais após disposição de rejeito de bauxita no passado. Conduzido pela MRN e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) nos últimos 35 anos, o programa é inédito por restaurar um lago amazônico com ecossistema heterogêneo e grande diversidade de vegetação.
“O sucesso do modelo de gestão ambiental do Batata se deve às pesquisas ecológicas desenvolvidas há décadas. O imenso banco de informações vem dando suporte para a tomada de decisões e aplicação de tecnologias baseadas na natureza”, explica Francisco de Assis Esteves, doutor em Limnologia, pesquisador e professor da UFRJ. O investimento, englobando as iniciativas socioambientais em atenção às comunidades locais, supera os R$ 31,5 milhões. Conheça esta jornada nas vozes de especialistas e comunitários em www.mrn.com.br/olagobatatavive.
Gestão hídrica em respeito à Amazônia
Com técnicas inovadoras e a participação das comunidades, a MRN mantém seus cuidados e eficiência no processo de gestão hídrica das suas operações. O respeito à conservação dos mananciais se traduz na gestão de sistemas de controle ambiental, como tratamento de água e efluentes líquidos, nos monitoramentos ambientais e na adoção de boas práticas de consumo e recirculação de água.
Um dos índices que demonstram o esforço para a eficiência hídrica é a taxa média de recirculação de água nas operações, que é de 84%, graças à inovação no sistema de pressurização do recurso no processo de separação da bauxita. Outro destaque é que parte da água utilizada é de captação das chuvas. Já o Monitoramento Social Participativo da Qualidade das Águas envolve a comunidade durante as coletas das amostras e divulgação dos resultados das análises laboratoriais. O monitoramento da qualidade da água abrange 296 pontos de amostragem de águas superficiais, nascentes, subterrâneas e efluentes.
Mulheres conquistam novos espaços na mineração do Pará
Iniciativas de capacitação profissional ofertadas pela MRN, empresa localizada na região Oeste do Pará, impulsionam diversidade e mudanças no setor
Ana Souza, de 20 anos, moradora da Comunidade Lago Ajudante, em Oriximiná (PA), nunca imaginou que poderia trabalhar na área de mineração. Mãe de um filho de 2 anos, ela encontrou no curso de Multifunção, oferecido pela Mineração Rio do Norte (MRN), uma oportunidade para mudar sua realidade. “Nós realizamos a atividade de soldagem, onde estamos aprendendo a soldar, que é a primeira etapa. A segunda etapa foi a parte do maçarico, onde começamos a aprender a ‘cortagem’ do material”, conta Ana, que viu na capacitação uma chance de garantir um futuro melhor para o filho. “Eu nunca tinha ficado longe dele, mas estou valorizando essa oportunidade porque quero poder dar algo melhor pra ele”, diz. Para ela, o incentivo da cunhada foi fundamental. “Tudo que a gente precisa é de um empurrãozinho, de um incentivo. Meus incentivos foram esses. Poder chegar numa profissão que eu me ache. É um começo”, reflete.
Ana é uma das muitas mulheres da região Oeste do Pará que estão se qualificando para atuar na mineração, um setor que, historicamente, era composto por homens. A MRN tem investido em programas de capacitação voltados para comunidades locais, incluindo quilombolas e ribeirinhas. Além disso, a empresa tem fortalecido sua política de diversidade e inclusão por meio do programa “MRN pra Todos”, que tem o objetivo de garantir maior representatividade, incentivar e valorizar a participação de talentos diversos.
O programa, iniciado em 2019, já possui resultados interessantes. As mulheres, que no primeiro ano representavam 6,7% do quadro de empregados da MRN, com as iniciativas do “MRN pra Todos”, programa de diversidade, equidade e inclusão, representam 12,8%. “Cada vez mais a gente tem aumentado o número de pessoas da região dentro da empresa. Hoje temos mais de 80% de empregados locais”, afirma Magda Damasceno, gerente-geral de Recursos Humanos da MRN. Ela destaca que os programas de capacitação não só preparam os participantes para atuar na empresa, mas também nas empresas parceiras ou em outras oportunidades de mercado. “Existem oportunidades de emprego e essas pessoas já estão capacitadas aqui na região. A educação transforma vidas e essas pessoas que participam dos programas de formação podem atuar na MRN ou em qualquer empresa da região, do país e do mundo. Aquele conhecimento que o profissional adquiriu aqui ele leva para a vida toda”, ressalta.
Talita Almeida, moradora de Terra Santa (PA), é outro exemplo de determinação. Ela participou do curso de Manutenção Básica de Equipamentos Caterpillar e viu na experiência uma chance de sair da zona de conforto. “Eu gostei muito do módulo de metrologia, da área de cálculos, como calcular o tamanho de uma peça, o diâmetro dela, para ver onde vai ser aplicada”, relata. Talita destaca o apoio da família, especialmente do irmão, que a incentivou a seguir em frente mesmo quando pensou em desistir. “Eu espero mais janelas de oportunidades. Quero praticar o que aprendi e olhar para o futuro. A vontade é de aplicar o que aprendi”, afirma.
Magda Damasceno reforça que os cursos são oferecidos em parceria com grandes fornecedores da MRN, que capacitam os alunos nos equipamentos utilizados na mineração. “Essas pessoas recebem bolsas de estudo durante o período do curso e depois são contratadas pela MRN ou pelos fornecedores”, explica. Além disso, ela ressalta que os profissionais formados têm oportunidades de carreira não só na região. “A educação profissionalizante causa um impacto de emprego e renda que deixa um legado para as próximas gerações”, completa.
Outras ações
Entre outras atividades da MRN, o Projeto Lidera Mulher busca empoderar e capacitar mulheres para enfrentar os desafios do mercado, encorajando-as a assumir papéis de liderança. A iniciativa busca estabelecer uma rede de apoio sólida, promovendo o crescimento e fortalecimento de todas as mulheres na região a partir de ações que incentivem o desenvolvimento. Mais de 600 mulheres do Distrito de Porto Trombetas, de comunidades quilombolas próximas e do município de Terra Santa já participaram da atividade. Outra importante iniciativa, apoiada pela MRN, é o movimento de empreendedorismo feminino “Bora Mana”, que envolve empreendedoras da região em feiras e exposições.
Dados da mineração no país
Um levantamento da Women in Mining Brasil, movimento que possui o propósito de promover a ampliação e o fortalecimento da participação feminina no setor da mineração, apontou que, em 2024, 22% do corpo funcional das empresas de mineração do país eram compostas por mulheres. Em números absolutos, 30.744 mulheres atuam neste setor. Também foi identificada uma redução de 7 pontos percentuais (25%) no número de desligamento com relação ao ano de 2023. De acordo com o relatório, embora haja um progresso na inclusão de mulheres na força de trabalho, ainda há desafios significativos na promoção de mulheres para cargos de liderança, especialmente em setores operacionais e não gerenciais. Cerca de 50 empresas de mineração e prestadores de serviço participaram do levantamento. Entre elas, a MRN.
O documento também identificou um crescimento na representatividade de mulheres em programas de desenvolvimento da liderança na mineração. O movimento demonstra uma maior preocupação das empresas em preparar as mulheres para o pipeline da liderança. Enquanto que em 2022, o percentual era de 11%, no ano de 2024 esse número passou para 31%. O percentual de mulheres em programas de desenvolvimento de liderança praticamente triplicou em 2 anos.
Projeto leva atendimentos de saúde em comunidades quilombolas no Pará
Desenvolvido pela MRN, Projeto Quilombo oferece serviços primários às localidades mais remotas na região Oeste
O Projeto Quilombo, que oferece assistência médica a comunidades quilombolas, iniciou suas atividades em 2025. Após realizar 1.256 atendimentos em 2024. As ações terão como foco o território do Alto Trombetas I, nos polos Abuí, Tapagem e Sagrado Coração de Jesus, com consultas médicas, exames, distribuição de medicamentos e palestras educativas. A iniciativa é desenvolvida pelo Hospital de Porto Trombetas em parceria com a Mineração Rio do Norte (MRN) e visa facilitar o acesso a serviços de saúde em localidades mais distantes de centros urbanos, reforçando a importância de ações voltadas para comunidades quilombolas.
Com mais de 20 anos de atuação, o projeto retorna suas atividades com uma equipe composta por clínico geral, especialistas, enfermeiros, assistente social, farmacêuticos e técnicos de enfermagem. Manoel Edilson Adão, liderança da Comunidade Abuí, destacou a importância do projeto. “Depois que começou a funcionar o projeto dentro das nossas comunidades, nós tivemos mais saúde e qualidade de vida. Pelo motivo da gente morar muito distante dos hospitais, a gente não tinha aquele acesso ao atendimento como a gente está tendo agora. Por isso que o projeto é muito importante para nossas comunidades”, destaca.
O Projeto Quilombo faz parte do Programa de Educação Socioambiental da MRN, atendendo condicionantes do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). “O Projeto Quilombo é um exemplo de como o acesso à saúde pode melhorar a qualidade de vida dos moradores e, trabalharmos ações preventivas de saúde e cuidados com meio ambiente”, afirma Genilda cunha, coordenadora de programas e projetos ambientais da MRN.
Reconhecimento
O Projeto Quilombo é referência em assistência médica para os moradores. Em sua trajetória, coleciona elogios e premiações, como a entregue em 2022 pela Associação Brasileira das Forças Internacionais de Paz da Organização das Nações Unidas (ABFIP ONU), em reconhecimento ao trabalho desempenhado com os povos quilombolas e ribeirinhos da região.
Alunas do CIABA visitam instalações da MRN e conhecem operações da empresa
Parceria entre instituições proporciona imersão em logística de transporte de bauxita e desenvolve da segurança da navegação
A Mineração Rio do Norte (MRN) recebeu, na última semana, a visita de praticantes a oficiais de náutica e máquinas do Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar (CIABA), escola da Marinha do Brasil. A iniciativa, fruto da parceria entre as duas instituições, proporcionou aos futuros oficiais uma imersão nas atividades da empresa, oportunizando conhecimentos sobre a logística de transporte de bauxita na Amazônia.
A programação da visita foi elaborada para oferecer aos participantes uma visão abrangente do fluxo sustentável da MRN. As praticantes Agatha Reis e Gabrielle Silva foram selecionadas para conhecer a mina de bauxita, acompanhando de perto o processo de extração do minério, beneficiamento, ferrovia, secagem, reflorestamento e operação do porto da empresa, aprendendo mais sobre os processos da mineração de bauxita além do processo portuário, incluindo as tecnologias utilizadas para garantir a segurança e a eficiência operacional.
Para as praticantes, a visita foi uma oportunidade de aprendizado e contato com a realidade da indústria mineral. "Foi uma experiência incrível. Vim para cá sem saber a dimensão da mineração no Pará e me deslumbrei com o tamanho da operação. A engenharia é incrível e com muita tecnologia. É admirável ver como os projetos se encaixam e essa experiência foi muito construtiva para a parte profissional porque, como mercante, às vezes a gente não tem conhecimento de como é o mercado da mineração”, comentou Gabrielle da Silva, praticante de náutica formada pelo CIABA.
Já a praticante oficial Agatha Reis destacou a chance de conhecer de perto as atividades da empresa, o que pode ser útil para sua atividade profissional. “Conseguimos entender mais sobre um assunto que não temos tanto contato na escola, mas que é muito importante. A MRN é uma empresa grande e complexa, e essa experiência ampliou nossa visão de mundo. Agora, consigo ter noção do material com que vamos trabalhar e podemos embarcar”, afirmou.
Parceria estratégica
A visita dos praticantes do CIABA reforça a parceria entre a MRN e a Marinha do Brasil. Uma colaboração que envolve diversas áreas, como a formação de profissionais e a segurança da navegação.
“Foi um prazer receber as alunas do CIABA, e essa é uma parceria que mantemos há alguns anos, sendo de suma importância para interagir com os futuros navegantes e apresentar o funcionamento de uma mineradora e de um terminal. Elas passaram uma semana conosco, adquirindo conhecimento sobre nossas operações, e esperamos continuar com essa parceria ao longo dos anos”, detalhou o gerente técnico do Terminal de Porto Trombetas, José Américo de Azevedo.
Projeto transforma esporte em ferramenta de inclusão social no Oeste do Pará
O projeto "Esporte na Cidade", que promove atividades de lazer, esportes e palestras educativas para adolescentes e jovens da região Oeste do Pará, retomou as aulas de iniciação para moradores dos municípios de Faro e Terra Santa, além do distrito de Porto Trombetas, em Oriximiná. A iniciativa contribui para o bem-estar e incentiva a adoção de hábitos saudáveis.
Realizado pela Organização Social De Peito Aberto (DPA), o programa tem o patrocínio da Mineração Rio do Norte (MRN), por meio da Lei Federal de Incentivo ao Esporte, e em 2025 oferecerá aulas gratuitas de vôlei, futsal, basquete e handebol. Em 2024, cerca de 300 alunos participaram das atividades, cujo objetivo é estimular a inclusão social e o desenvolvimento pessoal na região. Todos os participantes recebem kits completos de uniformes para as práticas esportivas.
Laysa Soares, de 12 anos, moradora de Terra Santa e aluna das aulas de vôlei, compartilhou sua experiência. "Sempre gostei de esportes e, quando descobri que tinha vaga, resolvi participar. Escolhi o vôlei, mas gosto de jogar de tudo. A convivência com as colegas é muito boa e a professora é excelente, sempre me ajuda quando preciso", contou a jovem.
Já o jovem André Marinho, morador do distrito de Porto Trombetas e aluno das atividades de futsal viu no projeto uma oportunidade de desenvolver fundamentos no esporte. “Eu decidi participar do projeto porque apresenta vários esportes e isso é importante para o desenvolvimento do nosso corpo e da nossa saúde. O esporte que eu mais gosto de praticar é futsal, pois é o esporte que eu tenho mais afinidade e também eu me sinto que interaja mais com as pessoas. O que eu mais gosto nas aulas é das práticas esportivas e da interação com as pessoas e a convivência com a professora e com os alunos é muito boa, temos uma ótima interação e convivência”, comentou.
As atividades do Esporte na Cidade são gratuitas e realizadas no contraturno escolar. Além disso, o projeto oferece palestras sobre temas como meio ambiente e saúde mental. Ricardo Loureiro, coordenador técnico do projeto, destacou os resultados alcançados em mais de uma década de atuação. "Em 12 anos, atendemos 6.200 crianças, com aulas de qualidade e materiais de primeira linha. O projeto valoriza a inclusão, sem distinções de raça, cor, credo ou religião. Quem quer participar, participa", afirmou.
Ele também enfatizou a importância da parceria com a MRN para a continuidade da iniciativa. "A MRN sempre buscou meios para que nosso trabalho fosse realizado com excelência. Sem essa parceria, o projeto não existiria", reforçou Loureiro.
Bianca Bentes, analista de Relações Comunitárias da MRN, comentou o impacto do programa. "Apoiar projetos de esporte educacional é um investimento no futuro, pois estamos proporcionando às crianças e adolescentes não apenas o desenvolvimento físico, mas também valores essenciais como disciplina, trabalho em equipe e perseverança. Quando a MRN investe em projetos como esse ela não está apenas incentivando a prática esportiva, mas também contribuindo para a formação de cidadãos mais conscientes e preparados para os desafios da vida”, explicou.
Sobre o projeto
Desde 2010, o Esporte na Cidade promove aulas gratuitas de iniciação esportiva em futsal, vôlei, basquete, handebol e futebol de campo para crianças e adolescentes, conciliando prática esportiva e educação. A iniciativa conta com o apoio do Mineração Esporte Clube (MEC), no núcleo de Porto Trombetas, e das prefeituras dos municípios de Faro e Terra Santa.
Cerca de 15 mil tartarugas-da-amazônia são soltas em Oriximiná (PA)
A iniciativa integra o Programa Quelônios do Rio Trombetas e, com o apoio da MRN, envolveu cerca de 70 voluntários dedicados à proteção das espécies na Amazônia
Moradora da Comunidade Tapagem, localizada no município de Oriximiná, na região oeste do Pará, Maria Domingas Cordeiro firmou um compromisso com a sustentabilidade e a preservação de espécies da Amazônia. Ao lado de outros 70 voluntários, ela participou recentemente da soltura de quelônios na Reserva Biológica do Rio Trombetas (Rebio). No total, cerca de 15 mil filhotes foram soltos durante as ações. A atividade, que ocorre há mais de 40 anos, faz parte do Programa Quelônios do Rio Trombetas (PQT), coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com o apoio da Mineração Rio do Norte (MRN).
Realizada na praia do Farias, na base do tabuleiro do ICMBio, a ação marcou o encerramento de um ciclo de monitoramento e manejo iniciado em agosto de 2024 e contou com a participação de voluntários, moradores locais e empresas parceiras. “Estou há sete anos trabalhando neste projeto. Ele é muito importante porque temos carinho pelos quelônios e podemos vê-los ainda presentes na região, sem deixá-los desaparecer”, declarou Maria Domingas.
Assim como ela, famílias voluntárias desempenham um papel essencial na vigilância dos ninhos, coleta de ovos e soltura dos filhotes, fortalecendo o compromisso com a sustentabilidade na região. É o caso de Manoel Raimundo Santos, que participa do projeto protegendo os filhotes de tartarugas desde 2005. “Para mim, é maravilhoso fazer parte dessa ação e proteger as espécies próximas ao meu território. Quando aprendi a trabalhar com tartarugas, comecei a atuar na proteção desses animais. São espécies que foram muito exploradas, e me sinto feliz por estar ajudando a preservá-las”, afirmou.
Criado na década de 1980, o programa contribui para a manutenção de uma das maiores áreas de reprodução de quelônios na Amazônia, reafirmando a importância da preservação ambiental na Rebio Trombetas, unidade criada em 1979 para essa finalidade. “Eu acredito que o programa, diante do histórico de redução da população de quelônios ao longo dos anos, tem sido essencial para recuperar as espécies que antes viviam aqui e formavam a maior população da região. Sem essa iniciativa, acredito que elas já teriam sido extintas. Os desafios são muitos, e este dia representa o esforço de um ano inteiro. Com o apoio da MRN, conseguimos mobilizar os voluntários”, destacou Maria Carolina Pontes, chefe do Núcleo de Gestão Integrada ICMBio Trombetas.
Com o suporte contínuo da MRN desde 2003, o PQT tem ampliado suas ações de manejo e proteção. A parceria reforça o impacto positivo das iniciativas na fauna local e no desenvolvimento sustentável das comunidades do Alto Rio Trombetas e Lago Erepecu. A analista e coordenadora de programas e projetos ambientais da MRN, Genilda Cunha, enfatiza a relevância de incentivar a execução de ações como as do Programa Quelônios do Rio Trombetas. “É um grande orgulho apoiarmos esse trabalho, especialmente com as comunidades. Acredito que ele serve de exemplo para a região e outros territórios vizinhos, mostrando como podemos conviver e trabalhar com a natureza de forma harmônica. Com isso, sem dúvida, estamos construindo e garantindo um futuro mais sustentável para as próximas gerações”, comentou.