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Jovens aprendizes destacam a importância do incentivo à educação para a carreira profissional
Em alusão ao Dia Internacional do Jovem Trabalhador, eles compartilham dicas para se preparar para a primeira experiência no mercado de trabalho
Em comemoração ao Dia Internacional do Jovem Trabalhador, celebrado neste domingo, dia 24 de abril, os participantes do Programa Jovem Aprendiz, realizado pela Mineração Rio do Norte (MRN), no distrito de Porto Trombetas, município de Oriximiná (PA), compartilham histórias e destacam a importância do incentivo à educação para iniciar no mercado de trabalho e construir uma carreira. Para muitos deles, essa é a primeira oportunidade profissional na indústria,
Luziane Canuto, 21 anos, da comunidade Último Quilombo, é uma das dezenas de jovens que integram o Jovem Aprendiz, no curso de Eletricista de Manutenção Industrial. Com um ano e três meses no programa, ela explica que a vontade de participar veio por incentivo do seu pai. “Ele disse que o curso seria muito bom para me preparar ao mercado de trabalho. Quando eu consegui a vaga e comecei a estudar, entendi isso. O conteúdo é bem interessante”, diz. “Acredito que antes de ingressar, é importante que o estudante pesquise áreas que tenha mais afinidade para ser uma boa experiência. E isso requer que você goste do que faz. Com isso, é preciso se informar, seja com amigos ou familiares, e estudar para os testes. Preparar-se é fundamental”, complementa.
Nívea Corrêa, de 20 anos, do distrito de Porto Trombetas, há um ano e três meses na MRN, escolheu fazer a seleção ao programa por inspiração dos amigos ainda no ensino médio. “Eu costumava ver eles saindo do colégio para ir ao curso, mas ainda não tinha idade suficiente para fazer, porém estava cheia de expectativas. Quando eu tive a oportunidade, não perdi tempo e me inscrevi. Meu pai enviou uma foto sobre a abertura das inscrições e eu escolhi a área de Eletricista de Manutenção Industrial. É uma experiência enriquecedora e compartilhada com meus amigos. Gosto muito das visitas na área industrial e da parte prática”, conta. “Sempre aconselho outros amigos que, se tiverem a oportunidade de ter essa primeira experiência por meio de um programa educacional, não percam. É uma forma de ter a teoria e a prática em um só lugar, e já iniciamos essa fase da nossa vida com todo um suporte para o mercado de trabalho. Então, é importante pesquisar sobre as oportunidades que oferecem um suporte”, afirma Nívea.
O sentimento de alegria por estar no programa também é compartilhado por Clemer Campelo, de 21 anos, que sempre quis atuar na área de Mecânica. “Eu queria aprender e sempre me enxergava atuando com grandes máquinas. Sou uma pessoa curiosa. Quando soube das inscrições, busquei informações porque era uma boa oportunidade. E consegui no início do ano passado”, lembra. “Acredito que focar na escolha profissional é uma dica importante. Quando entendemos o que queremos e temos força de vontade para ir atrás do conhecimento, as oportunidades aparecem. Entender que você não estará sozinho e que será uma troca de experiências com pessoas, é algo que deve se ter em mente, com motivação e inspiração”, completa.
O Programa Jovem Aprendiz da MRN é uma parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), e disponibiliza aos jovens da região a primeira experiência profissional, por meio de uma formação com qualidade, com aulas teóricas e atividades práticas nas áreas operacionais da empresa. “Entendemos a importância de gerar oportunidade à juventude, por meio de uma qualificação profissional que garanta segurança e agregue valor à vida desses jovens. Eles têm muito a acrescentar e, por meio dos programas educacionais, podemos integrá-los no mercado de trabalho, auxiliando a sua jornada em busca do conhecimento e da experiência”, ressalta Luciane Mello, gerente de Desenvolvimento de Pessoas da MRN.
Oportunidades que fazem a diferença
Antes de ingressar no Programa de Jovem Aprendiz, Clemer contou com o suporte do Programa de Apoio ao Ensino Básico (PAEB), da MRN, uma das iniciativas que refletem a importância da educação e melhoria da qualidade de vida nas comunidades. “Eu sou da comunidade de Boa Vista, e recebi todo o suporte ainda no colégio, e isso foi fundamental. O mesmo cuidado foi feito com a empresa, no uso de EPIS (equipamento de proteção individual), treinamentos de segurança, material de estudo, entender sobre as áreas de atuação que iríamos passar. Acredito que esse incentivo é muito importante. Desde o início recebi apoio, e fez muita diferença, trouxe segurança para continuar nos estudos. Não é fácil se adaptar. Hoje, consigo organizar meu tempo para os estudos e para focar também na empresa. Todo dia aprendo algo novo”, destaca.
Realizado desde 1997, o PAEB é um investimento anual de R$ 2.573.435,00. Teve o início das atividades na comunidade de Boa Vista, logo após seguiu com atendimento em Alto Trombetas II, ambos territórios quilombolas de Oriximiná. Centenas de alunos puderam ter suporte, no ensino fundamental e médio, por meio dos benefícios do programa, desde sua idealização. Cerca de 490 alunos já foram atendidos pelo programa, com suporte na alimentação, transporte, uniformes, livros, apostilas e material didático e escolar gratuitos.
MRN recebe recomendação de manutenção das certificações ISO 14001 e 45001
O comprometimento com a melhoria contínua do Sistema Integrado de Gestão-SIG, aliado às boas práticas de gestão em saúde, segurança e meio ambiente, garantiu à Mineração Rio do Norte (MRN) a recomendação da manutenção das certificações baseadas nas normas ISO 14001, que envolve iniciativas de proteção ao meio ambiente, e ISO 45001, que abrange segurança e saúde ocupacional dos empregados. O reconhecimento foi feito pelo órgão certificador internacional Bureau Veritas Certification (BVC).
O escopo da auditoria de manutenção, realizada neste mês de abril, envolveu os processos de planejamento, mineração, transporte, beneficiamento e embarque fluvial de bauxita, geração de energia e as instalações do distrito de Porto Trombetas, no município de Oriximiná, oeste do Pará, onde a MRN mantém suas operações de produção de bauxita.
Neste ano, a novidade foi o recebimento da recomendação na norma ISO 45001, atualizada pela empresa no ano passado. Segundo Wvagno Ferreira, gerente geral de Gestão Desempenho e Risco da MRN, esse processo foi ágil e sem muita complexidade, pois a versão anterior da norma, a OHSAS 18001, já estava integrada à ISO 14001, diretriz de estrutura mais moderna pela qual a empresa pautava suas iniciativas para conduzir o Sistema Integrado de Gestão. “Foi necessário apenas a formalização de alguns critérios, dentre os mais relevantes destacamos o requisito de Participação e Consulta, já praticado pela empresa em ações, como o diálogos diários de segurança, Comissão Interna de Prevenção de Acidentes na Mineração e reuniões gerenciais com a participação de empregados próprios e terceiros”, explica o gestor.
Com estas certificações, o gerente avalia que a empresa está evoluindo e incorporando cada vez mais as práticas de ESG (Gestão Ambiental, Social e Governança). “Isso também fortalece o senso de trabalho em equipe para alcançar os melhores resultados, na elevação do padrão adotado para as práticas ambientais, sociais e de governança da MRN por meio de ações sustentáveis e de nossos esforços, seja por meio de novas tecnologias ou do próprio acervo de conhecimentos e alternativas para maximizar a redução dos impactos”, complementa.
Para Wvgano Ferreira o principal desafio da gestão atual da MRN é agregar os diversos requisitos de cada norma em um Sistema Integrado de Gestão robusto que permita manter o foco nas ações e controles necessários. Como o intuito de fortalecer o programa de sustentabilidade, a empresa fará, este ano, o upgrade da certificação na norma ASI Performance Standard, buscando obter a certificação no padrão CoC-ASI (Cadeia de Custódia), e a implementação dos critérios do GISTM - Global Industry Standard on Tailings Management (Padrão Global da Indústria para Gestão de Rejeitos).
Garrafas PET são reutilizadas na construção de tanques de peixes em Oriximiná
Os materiais são uma alternativa sustentável para auxiliar piscicultores de comunidades ribeirinhas
Piscicultores nos tanques
Com o objetivo de promover práticas mais sustentáveis na criação de peixe nas comunidades localizadas ao redor do médio rio Trombetas, no oeste do Pará, município de Oriximiná, a equipe do Projeto de Apoio à Piscicultura, da Mineração Rio do Norte (MRN), buscou uma forma de agregar valor e diminuir custos na construção de tanques, com o uso de garrafas PET (polietileno tereftalato) descartadas pela população. Para confecção de cada reservatório, são necessárias, em média, de 500 a 1.000 unidades, dependendo da estrutura do viveiro.
Doação de garrafas PET às comunidades
A maneira sustentável de fazer os tanques flutuarem sobre a água consiste em substituir as bombonas – equipamentos que auxiliam na estabilidade da estrutura – pelas garrafas PET de dois litros, material de fácil acesso e baixo custo, que são recolhidas durante a coleta de resíduos sólidos, no distrito de Porto Trombetas. “Além de conscientizar os comunitários sobre o reaproveitamento das garrafas e promover a educação ambiental quanto ao descarte correto do resíduo, é realizada a capacitação para ensiná-los a usar as garrafas com segurança, na fabricação dos tanques. Para isso, a equipe investiu em pesquisas em parceria com a universidade regional para otimizar essas construções”, explica Genilda Cunha, coordenadora do Programa de Educação Socioambiental (PES) da MRN.
A equipe técnica do Grupo de Pesquisa em Fisiologia Ambiental (GPFA), da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), elaborou um equipamento também com materiais reutilizáveis - uso de câmara de ar de pneus de bicicleta e bomba de ar - para encher as garrafas PET, e assim dar maior capacidade de flutuação aos tanques. “A utilização das garrafas de forma comum, apenas fechando com a tampa, não suportaria a pressão da água, e isso faria com que elas perdessem a sustentação dos tanques com o tempo. Nós aprimoramos as garrafas com ar comprimido para que elas se tornassem mais resistentes. O resultado foi a produção de um tanque mais estabilizado e com maior tempo de duração, com uma estimativa de até dez anos de uso”, afirma Miguel Canto, técnico em Aquicultura da UFOPA.
Tanques de cultivo de peixes da Dona Zuma
Para a moradora da comunidade Bacabal, Maria Mota, conhecida como Zuma, a ideia de substituir as bombonas pelas garrafas é mais econômica e segura aos criadores de peixes. “Antes, tínhamos que sempre trocar as bombonas entre três e cinco anos, ou até menos. Além disso, os tanques afundavam e tínhamos que ir atrás de material para construir novos. Agora, a mineradora traz as garrafas e colocamos no tanque, fica mais firme para trabalhar e dura mais tempo flutuando na água, além de ser mais seguro”, diz a piscicultora.
Francisca Gomes, da comunidade de Acapuzinho, conhecida como “Vovó Chiquinha”, vê no projeto uma forma de cuidado com o meio ambiente. “Há dez anos, eu trabalho com a criação de peixe e quando a equipe chega na comunidade é uma alegria porque é para colaborar com a melhoria da nossa produção. Dessa vez, é com o uso das garrafas. Muitas pessoas jogam as garrafas fora, às vezes de forma incorreta, poluindo o meio ambiente. Com essa ideia, elas estão sendo úteis para a comunidade e, ainda, diminui os nossos custos. É muito bom ter a doação das garrafas e com a ajuda da tecnologia deles junto com a nossa experiência, podemos fazer uma troca de saberes”, relata.
Sustentabilidade
Faz parte da cultura da MRN investir fortemente na gestão dos resíduos gerados em seus processos, assim como em ações sociais de incentivo à educação ambiental e à sustentabilidade nas escolas e comunidades. Segundo Nivaldo Silva, analista ambiental da MRN, a empresa trabalha de forma integrada entre diversas áreas e junto à população. “Nós sensibilizamos a todos sobre a forma correta do descarte do resíduo, desde a separação até as formas de higienização. No caso do descarte das garrafas, os moradores do distrito de Porto Trombetas fazem essa entrega da forma correta, o que colabora para triagem do material antes de enviarmos às comunidades. A população é parte integrante desse processo”, comemora.
Com as garrafas os tanques flutuam por mais tempo e duram mais
De acordo com o analista ambiental, em média, nove mil garrafas são coletadas por mês por meio da Central de Tratamento de Resíduos (CTR), em Porto Trombetas. Cerca de 50%, do total de garrafas, são direcionados para doação às comunidades, e as demais são enviadas para empresas recicladoras, movimentando outras cadeias de valor. A equipe de gestão de resíduos faz essa coleta e triagem.
Genilda Cunha acrescenta que, com a substituição das bombonas plásticas de 50 litros pelas garrafas PET de dois litros, há uma economia de cerca de R$ 35 mil que será redirecionada para projetos sociais em atendimento às condicionantes nas comunidades. “Se formos avaliar os custos das bombonas, visualizamos uma grande economia e mudança de valores no que se refere ao reaproveitamento e cuidado com ambiente. As garrafas são reaproveitadas e não temos custo adicional para consegui-las, pois são coletadas com os demais resíduos, sendo necessário apenas a triagem”, ressalta.
Projeto de Apoio à Piscicultura
A piscicultura é um dos ramos da aquicultura, que desenvolve o cultivo de peixes. Essa modalidade de criação cresceu muito nos últimos anos nas comunidades e movimenta uma parte importante da economia da região. O Projeto de Apoio à Piscicultura envolve as comunidades de Tarumã, Jacuraru, Bacabal e Acapuzinho e é mais uma das diversas ações de promoção da educação e apoio à geração de renda, que fazem parte do Programa de Educação Socioambiental (PES) da MRN. Esse programa atua na promoção da sustentabilidade ambiental nas regiões onde a empesa opera, contribuindo para a promoção de melhorias no cotidiano das comunidades, por meio do atendimento às condicionantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
Cerca de 1800 itens hospitalares são doados para atender mães e bebês em Oriximiná
Para auxiliar no cuidado à saúde do público materno-infantil em Oriximiná, oeste paraense, a Mineração Rio do Norte (MRN) realizou a doação de cerca de 1.800 unidades, com 13 itens, entre materiais e insumos hospitalares, para a Unidade Avançada José Veríssimo (UAJV), base física do Campus Avançado da Universidade Federal Fluminense. As doações foram direcionadas ao Hospital Maternidade São Domingos Sávio para atender mães e bebês, suprindo as demandas necessárias à assistência. Entre as doações de itens estão luvas, toucas, máscaras, sondas e antissépticos.
O hospital conta com cerca de 30 leitos, distribuídos entre enfermarias, área de unidade semi-intensiva neonatal, pré-parto, parto e pós-parto, bloco cirúrgico e dois consultórios de atendimento médico. A maternidade tem uma média mensal de 150 internamentos, realização de cerca de 70 a 80 partos e mais de 1000 atendimentos. As doações irão contribuir com a assistência médica hospitalar e ambulatorial da instituição.
Com nova central, MRN consolida sua posição diferenciada na gestão dos resíduos industriais
A Mineração Rio do Norte (MRN) investe forte na gestão dos resíduos industriais gerados em seus processos. Com a criação da Central de Resíduos Industriais Descartados (CRID), a empresa consolida sua gestão robusta na área de resíduos. Nela, são concentrados todos os resíduos sólidos industriais gerados pelas áreas operacionais, e que são administrados em diferentes etapas e processos.
O espaço é planejado e ajustado à operação, com foco em aumentar a qualidade da gestão, e contempla diferentes etapas, como segregação, armazenamento e destinação que facilitam a redução, reutilização e reciclagem de resíduos, além da redução do volume a ser tratado ou disposto. A CRID considera, inclusive, as peculiaridades da logística da MRN, que opera distante dos grandes centros que recebem, reciclam ou reutilizam os resíduos. Todas essas ações acabam por incentivar novas cadeias de valor, e possibilitam a visão sistêmica na gestão dos resíduos, considerando as variáveis ambiental, social, cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública, conforme preconiza a legislação federal.
De acordo com Dayane Moreira, engenheira ambiental da área de Licenciamento e Controles Ambientais da MRN, o espaço foi desenvolvido para se somar a um trabalho intenso já desempenhado pela empresa por meio do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, realizado desde 2010. “O programa atende à Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei Federal nº 12.305/2010, com a aplicação de boas práticas na coleta e transporte interno, no armazenamento temporário e na coleta e transporte para destinação externa dos resíduos. A CRID aprimora esse processo e contempla várias etapas, para melhor gestão e controle como pesagem, checagem, triagem, preparação e armazenamento temporário dos resíduos industriais”, aponta.
“A partir disso, realizamos a formação dos lotes, de acordo com a tipologia, e damos a destinação adequada. Há um controle e monitoramento total dos resíduos industriais, por meio de uma equipe administrativa, que acompanha os processos do gerenciamento, desde a gestão interna até a gestão externa, incluindo a homologação dos fornecedores e certificação das cargas. Todo esse processo minimiza riscos ambientais e sociais relacionados a destinação inadequada dos resíduos sólidos”, complementa a profissional.
Segundo Marco Antônio Fernandez, gerente geral da área de Licenciamento e Controles Ambientais, a MRN trabalha continuamente estratégias relacionadas à gestão de resíduos sólidos industriais, com o intuito de expandir uma mudança cultural, com foco em um manejo de seus resíduos industriais cada vez mais sustentável. “Em 2021, foram destinadas 4.877 toneladas de resíduos industriais para reciclagem, reprocessamento ou reuso, o que corresponde a 99,8% da produção, garantindo assim, uma aplicação sustentável a esses materiais. É um trabalho feito a partir das ações de conscientização ambiental nas áreas operacionais, assim como, de uma boa gestão voltada à redução da produção de resíduos e à aplicação de tecnologias no controle desses materiais”, destaca.
Entre as metas de 2022, a MRN planeja promover em torno de 1.000 ações, como inspeções ambientais, encontros, campanhas, utilização de técnicas e metodologias, entre outros, relacionadas à gestão de resíduos. “Queremos atuar com metas para reduzir no mínimo 10% da quantidade de resíduos industriais gerados. Vamos manter as taxas de 99% de destinação para reciclagem ou reaproveitamento e 1% descartados via incineração ou aterro sanitário”, complementa Marco Antônio.
Ações sustentáveis
O novo espaço conta com instalações administrativas como escritório, estacionamento, vestiário e área de vivência, bem como instalações operacionais como balança rodoviária com capacidade para 80 toneladas; galpão de checagem, triagem e preparação de cargas; galpão de armazenamento de resíduos classe I- perigosos e classe II- não perigosos, estabelecidos pela norma NBR 12.235; reservatório de água pluvial; reservatórios de água potável e incêndio, sistema de drenagem pluvial, entre outros, com uma área total de 9.400 m². Possui, ainda, sistema de monitoramento de câmeras, sistema de detecção e combate a incêndio e dois separadores de água e óleo.
“Para chegarmos à construção do espaço, passamos antes por etapas importantes como o entendimento das necessidades da área cliente, o desenvolvimento das engenharias, a obtenção de anuência do IBAMA e a defesa de um investimento de R$38 milhões. As instalações foram pensadas considerando todo o processo preventivo de manuseio do resíduo industrial, com medidas efetivas, interligando nossas ações sustentáveis com normas vigentes, com o objetivo de otimizar e agilizar o processo de gerenciamento dos resíduos”, explica Raphael Cadinelli, gerente geral de Projetos e Obras da MRN.
Mulheres conquistam espaços antes ocupados exclusivamente por homens
No setor mineral, por exemplo, a meta é atingir 35% de mulheres contratadas até 2030
Segundo dados divulgados durante a “Semana de Diversidade e Inclusão da Mineração do Brasil”, realizada pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), até agosto de 2021, havia 17% das mulheres atuando no setor. Um diagnóstico preocupante, que levou o instituto a estabelecer ações para incentivar a presença feminina na mineração. A meta é atingir 35% de mulheres contratadas até 2030. Um desafio já abraçado por muitas mineradoras, inclusive no Pará.
E é exatamente na conexão com a floresta e uma mineração sustentável que elas vão ampliando sua presença e conquistando oportunidades e reconhecimento. No distrito de Porto Trombetas, no município de Oriximiná, está localizado o empreendimento de bauxita da Mineração Rio do Norte (MRN), que nos últimos dois anos ampliou de 6,6% para 9,2% a participação de mulheres. Na empresa, elas dão um importante recado ao mundo atuando em diversas frentes: administração, operação, segurança, meio ambiente, gestão de pessoas e muitas outras áreas.
Natalina Couto é exemplo disso. Sua própria trajetória profissional traduz e acompanha a evolução e a ocupação de espaços pelo público feminino. Em 1996, iniciou como estagiária na Mineração Rio do Norte para concluir a parte prática do curso técnico em Eletrônica, que fazia em Belém. Três anos depois, ela se tornaria a primeira mulher a trabalhar na Operação de Secagem da MRN. “Sem dúvida, este foi o primeiro desafio que precisei enfrentar e que oportunizaram o meu desenvolvimento profissional, foi importante percorrer por esse processo para construir uma projeção de carreira sólida embasada na conduta e ética profissional. E minha recomendação às mulheres é que isso não seja um bloqueio, mas que seja algo a ser superado para alcançar outros patamares e sonhos almejados. Ao agir dessa forma equilibrada, mostrando segurança e confiança no meu trabalho, as próximas etapas foram ocorrendo de forma proporcional e sistemática. Fui me desenvolvendo e ganhando espaço dentro da empresa. Entrei como operadora, depois fui técnica de controle de operações e, em seguida, técnica de controle de turno. Por último, em 2015, fui promovida à gerente técnica da área operacional de Secagem”, relata.
A liderança também foi um desafio para ela, pois alguns paradigmas precisavam ser quebrados. “Quando você olha para trás e ver toda uma trajetória que teve que percorrer, ali você para e pensa: e agora? Eu me perguntei se ia dar conta. Mas logo veio o pensamento: se não tentar fazer, não vou saber. Logo eu mesma respondia ao meu questionamento, chegando à conclusão que era possível sim gerenciar um processo tão relevante da MRN que me proporcionaria outras habilidades específicas e competências profissionais. Entendi que as dificuldades e adversidades ao longo dessa jornada precisavam ser compreendidas como oportunidade de constante evolução profissional. Inspiro as minhas colegas de trabalho que as barreiras apresentadas precisam ser enfrentadas com determinação e profissionalismo para o nosso próprio crescimento em qualquer instância, caso desistamos, jamais iremos conhecer a força e o talento que temos, quando se tem garra e se quer fazer a diferença, tudo é possível”, acredita.
Com a engenheira Hellen Cristina Souza não foi diferente. Ela teve que quebrar tabus e vencer preconceitos desde a universidade. Dos 40 alunos do curso de Engenharia Mecânica, era a única mulher. “Eu ainda vivi um pouco de repreensão por ser mulher. Lembro que as pessoas sempre tentavam me induzir para fazer Humanas porque era coisa de mulher. Mas eu adorava matemática e comecei a me apaixonar pela Engenharia. Isso mostra que é importante não deixar com que a nossa força de vontade seja medida por outras pessoas. Temos que ser firmes e fortes e nos impor, valorizar o que fazemos. Isso vai fazer o diferencial para conquistarmos o nosso espaço. E para ampliar as oportunidades também me formei em Engenharia Ferroviária”, afirma.
Desde 2021, ela faz parte do quadro de profissionais da MRN e literalmente tem a missão de deixar a empresa no trilho. Hellen lidera uma equipe que é responsável pela manutenção diária dos 27 quilômetros de linha férrea da empresa. “Consigo fazer o meu trabalho de igual para igual, independente de gênero. Os desafios são diários e até maiores para a mulher, pois temos que conciliar vários turnos. Sou mulher, esposa e tenho uma filha. Para equilibrar tudo isso é um desafio diário e nós mulheres devemos conciliar isso muito bem para atuar de forma profissional. Agradeço a MRN por toda sensibilidade e pela forma com que nos proporciona condições também para manter nossas atividades e ter um tempo de qualidade com a nossa família”, declara.
Em comum, essas duas profissionais têm sonhos e querem não só ampliar horizontes, mas inspirar muitas outras mulheres a ocupar o lugar que elas desejam. “Meu sonho é conseguir me desenvolver mais na minha área. Pessoalmente, meu sonho é construir junto com a minha filha um mundo melhor para as mulheres”, diz emocionada Hellen. “Meu sonho profissional é ingressar em uma nova formação com o objetivo de desenvolver outras habilidades profissionais nas quais possam construir algo para as mulheres e assim plantar pequenas sementes para que despontem mais à frente. Quero deixar esse bom legado. Fora da mineração, tenho o objetivo de conduzir e desenvolver projetos sociais com foco na área da Educação e da cultura, já que sou formada também em Pedagogia”, revela Natalina.
Reconhecimento e valorização
As empresas de uma forma geral despertaram para a valorização de talentos femininos e hoje buscam imprimir políticas afirmativas para ampliar a equidade de gênero e possibilitar espaços de inserção para as mulheres. “Nos últimos anos temos conseguido trazer mais mulheres para o ambiente da mineração. A cada ano, temos investido mais em capacitação e em nosso banco de talentos para termos mais mulheres na operação. Temos investido em vários programas no eixo administrativo, técnico, tecnológico e operacional. Inclusive iniciamos nossa jornada em trazer mulheres como operadoras de equipamentos de mineração e em diversas áreas técnicas e operacionais. Sabemos que temos um longo caminho, mas estamos comprometidos em deixar nosso ambiente cada dia mais diverso e inclusivo", afirma Rogério Junqueira, diretor de Operações da MRN.