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MRN recebe tripla premiação no Aberje regional e agora concorre no nacional
Após os trabalhos premiados nas categorias Marca, Diversidade & Inclusão e Público Interno, a empresa participa esta semana do Painel de Cases, que definirá os vencedores da etapa nacional
A Mineração Rio do Norte (MRN) está entre os finalistas do Prêmio Aberje 2022. E a chance é tripla, já que mineradora venceu em três categorias no regional Norte/Nordeste com os cases “Sou MRN: transformação digital para comunicação corporativa” (Público Interno), “MRN – uma nova marca para o mesmo objetivo: produzir bauxita de maneira sustentável do Pará para o mundo” (Marca) e “MRN pra Todos: iniciativas afirmativas, diversidade e inclusão em Porto Trombetas – PA” (Diversidade & Inclusão) – nesta última categoria empatou com a Solar Coca-Cola.
Ao longo desta semana, os vencedores regionais defendem seus trabalhos no Painel de Cases, com a expectativa da tão sonhada premiação nacional, que ocorrerá no dia 29 de novembro. O prêmio, promovido pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), é considerado a vitrine da comunicação organizacional no país e, há 48 edições, reconhece as boas práticas e iniciativas inovadoras para o mercado.
Karen Gatti, gerente geral de Comunicação da MRN, destaca o orgulho das conquistas regionais da premiação e diz que elas demonstram a essência da empresa. “A gente sabe dos desafios de uma mineração sustentável na Amazônia e isso se torna mais desafiador quando pensamos em como iríamos trazer empregados para uma plataforma digital que conversasse com toda a empresa ou ainda como apresentaríamos a proposta de mostrar o MRN pra Todos nessa pegada de diversidade e inclusão e o mais improvável: como fazer a mudança da marca para traduzir essa essência do que a empresa é e acredita que deve ser pautado por conexões e relacionamento. Estamos muito felizes porque tudo isso só se tornou possível pelo engajamento das pessoas, que acreditam na força desses projetos. Ter a possibilidade de mostrar a materialização de todo esse trabalho é uma conquista muito grande”, ressalta.
Valorização do público interno
No processo de construção de cada uma dessas iniciativas, a MRN fez uma ampla leitura do cenário atual, do setor mineral e de que forma a empresa poderia alcançar seus públicos de relacionamento para uma comunicação mais eficaz, construtiva, aderente e com maior engajamento.
A pandemia veio agilizar no mundo, por exemplo, a transformação digital. No caso da MRN, até 2020, os principais meios de comunicação interna eram mídias físicas como jornal mural, informativos, panfletos e havia poucos recursos digitais, como aplicativos de mensagem instantânea. Além disso, muitos empregados que operavam em campo, não tinha acesso imediato à comunicação presente nos escritórios.
Para acelerar a digitalização e integrá-la ainda mais, em janeiro do ano passado, a empresa lançou o “Sou MRN” dentro de uma plataforma de comunicação interna e de engajamento. Com mais de 1200 usuários ativos, a empresa leva, diariamente, informações aos empregados por meio de um design responsivo para computadores, tablets e celulares, oferecendo inúmero benefícios, como gamificação (ao visualizar, curtir ou comentar alguma publicação, o usuário pode ganhar moedas virtuais, chamadas “bauxitas” e trocar por brindes na loja do Sou MRN), cursos e capacitações digitais, entre outros.
“O Sou MRN modernizou a comunicação na empresa, trazendo notícias internas e externas de forma transparente, dinâmica e eficaz. Satisfazendo as expectativas dos empregados e ainda premiando com brindes personalizados, o que traz orgulho de fazer parte do time MRN”, afirma Josiel Conceição, técnico de operação de turno da empresa.
Respeito com pluralidade
O programa “MRN pra Todos” foi concebido em suas etapas pensando agregar toda pluralidade de talentos. Para isso, foi necessário entender quem a empresa era, como estava e em que lugar queria chegar.
Após o seu lançamento, em março do ano passado, foi contratada consultoria especializada, que realizou um Diagnóstico e um Censo com todos os empregados. O objetivo do Diagnóstico era entender, a partir de entrevistas, quais ações obtiveram êxito e quais poderiam ser melhoradas. Já o Censo, analisou a composição demográfica do público interno, bem como o nível de afinidade dos empregados com o tema. E a partir daí começaram ações para tratar do tema diversidade, além de serem criados grupos de afinidade, como gerações, origem étnico-racial, gênero, PCD e LGBTQIA+.
O programa surgiu com um viés educativo sobre o respeito às diferenças, a fim de garantir a equidade tanto nas políticas e práticas de gestão de pessoas quanto na estratégia do negócio. A maior participação de mulheres, por exemplo, é um dos frutos gerados pelo “MRN pra Todos”. Nos últimos dois anos, a empresa ampliou de 6,6% para 9,2% a presença feminina, em todas as áreas, além de realizar campanhas e capacitações para empregados, líderes e equipe do programa.
“Cheguei aqui em 2012 por meio de uma palestra e análise de currículos, especialmente para PcD. Tive preparação durante um ano pela MRN, adquirindo experiência, me capacitando e, em breve, me formo como Engenheira de Produção. Foi essencial ter essa oportunidade para chegar até aqui. Eu percebi a evolução quando comecei a ter espaço para conversar, para expor minhas necessidades, mostrando minha competência. E, hoje, percebo que a empresa está cada vez mais aberta a todos os PcDs”, declara Erivane Santos, assistente administrativa da empresa, com deficiência auditiva.
Essência do propósito
Uma nova marca não é apenas mudar de logotipo ou cores. Por trás dela, tem toda uma construção da história, dos valores e propósito de uma empresa. A MRN sempre foi uma companhia pautada nos princípios de sustentabilidade, respeito às pessoas e ao meio ambiente, mas como traduzir tudo isso caminhando com a mesma marca? Já não era possível. Dessa forma, ao longo de mais de oito meses, a empresa reuniu seu time de profissionais e uma consultoria especializada para fazer um diagnóstico junto aos seus vários públicos de relacionamento, como empregados, comunidades, acionistas, gestores públicos e fornecedores. Por meio dessa escuta ativa, nasceu o novo branding, lançado em novembro do ano passado.
As mudanças visíveis da marca são, além das formas mais orgânicas e suaves, as cores e elementos gráficos. O tom de verde escolhido para a marca reflete o respeito ao meio ambiente e à construção de um legado sustentável para todo o ecossistema. Já o elemento abaixo da tipografia, agora totalmente redesenhado, faz referência ao leito do rio, mostrando as conexões com o negócio da empresa, já que o embarque da bauxita é feito por via fluvial, e reforçando as conexões com as pessoas e o meio ambiente da região. O rio que tudo conecta.
“A MRN é uma empresa de referência no processo produtivo, no respeito às pessoas e ao meio ambiente. O reforço deste posicionamento não é sobre uma mudança na empresa, mas sim para mostrar e ressaltar o que já fazemos, fortalecendo as conexões que possuímos com tudo ao nosso redor e com o mundo”, destaca Karen Gatti.
Comunidades recebem apoio com ações de prevenção e combate à malária
Iniciativa faz parte do Programa de Educação Socioambiental da MRN e objetiva prevenir, orientar e proteger contra doença nos territórios
O Projeto de Combate à Malária deu início, no último dia 03/10, às ações nos territórios onde a Mineração Rio do Norte (MRN) atua. Com prevenção e informação, a iniciativa é realizada há mais de 20 anos em comunidades ribeirinhas e quilombolas do Alto Trombetas. O projeto faz parte do Programa de Educação Socioambiental (PES) da MRN, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Oriximiná, e atende a condicionantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Os técnicos realizam a borrifação, pulverização nas comunidades e dentro das residências e promovem campanhas de educação. “Até o dia 27 de outubro estaremos nas comunidades, realizando ações preventivas e, também, campanhas orientativas com educação em saúde. É importante porque formamos importantes redes de apoio, tendo as comunidades como parceiras”, observa Genilda Cunha, analista de Relações Comunitárias da MRN.
De acordo com Natália Fandi, médica do Hospital de Porto Trombetas (HPTR), unidade de saúde mantida pela MRN, a malária é uma doença muito comum no Norte do Brasil, causada por um protozoário chamado plasmodium, transmitido por um mosquito.
“A picada do mosquito leva esse patógeno para nosso sangue. Quando um mosquito nos pica novamente, ele leva esses protozoários de novo para outras pessoas. Ele causa sintomas como: febre de horário [quase sempre no mesmo horário]. Pode deixar a pele amarela, a urina escura com a cor de café e ainda dar dor de barriga”, explica ela.
Segundo a médica, quem procura o hospital tem um certo conhecimento sobre os sintomas. “Quem é da região, normalmente, já chega ao hospital falando que está com malária e, normalmente, a pessoa acerta, de tão grande o contato da região com a doença, mas o diagnóstico não pode ser feito, apenas, pelos sintomas, precisamos do teste para dizer que o paciente está realmente positivo”.
A malária precisa de tratamento adequado, pois é uma das doenças que mais matam em todo o mundo, com altas taxas de morte, principalmente entre grávidas, crianças e idosos. “Ainda não temos uma vacina eficaz e infelizmente não criamos imunidade definitiva. Por isso, mesmo tendo sido acometido pela doença, estamos sempre suscetíveis a ser contaminados novamente. O mais importante é a prevenção: usar mosqueteiros e abrir as portas das casas quando a dedetização chega”, exemplifica Natália.
O controle da doença é feito a cada seis meses, considerando os períodos em que as condições climáticas favorecem a reprodução do mosquito. “Por isso, mediante permissão do morador, a equipe responsável faz a inspeção do ambiente, aplica inseticida nas paredes internas das casas, do chão até o teto, e nas áreas externas é feita a aplicação do fumacê. Essas ações têm a finalidade de atingir e matar os mosquitos infectados, que transmitem a malária”, explica a analista.
Os moradores precisam ficar atentos à programação da campanha para receber e autorizar a entrada das equipes. De acordo com Genilda, as ações desenvolvidas, também, são realizadas com o objetivo de controlar os riscos de transmissão de outras doenças endêmicas, como a leishmaniose, dengue e febre amarela.
Pela quarta vez, MRN conquista Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol
Conquista da MRN se dá com foco na transparência e na qualidade das ações de sustentabilidade
O compromisso com a sustentabilidade ambiental gerou mais um reconhecimento à Mineração Rio do Norte (MRN). Há mais de 40 anos, operando uma mina de bauxita no distrito de Porto Trombetas, município de Oriximiná (PA), a MRN conquistou, pela quarta vez, a certificação na categoria Selo Ouro pelo Programa Brasileiro GHG Protocol.
Criado em 2008, o Programa Brasileiro GHG Protocol foi desenvolvido pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGVces) e World Resources Institute (WRI), em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), World Business Council for Sustainable Development (WBSCD) e reúne 27 empresas fundadoras.
A MRN adotou em 2013 a ferramenta GHG Protocol e, a partir de 2014, a tecnologia do Sistema Climas, de propriedade da empresa Waycarbon, considerada referência nacional em consultoria e no desenvolvimento de soluções de tecnologia e inovação voltadas para a sustentabilidade. Além disso, a empresa publicou seu Relatório de Sustentabilidade, com a edição de 2021, lançada recentemente.
“É a quarta vez que a MRN conquista Selo Ouro - edições 2015, 2016, 2020 e 2021. O órgão verificador aferiu que as informações relatadas possuem nível de exatidão que conferem à empresa a categoria ouro. Os resultados são reflexos dos projetos de redução do consumo de combustíveis nos processos relacionados à combustão móvel e estacionária, isto é, máquinas na operação na mina e operações de secagem do minério”, observa Wvagno Ferreira, gerente geral de Gestão, Desempenho e Risco da MRN.
O atual inventário da MRN traz relato das emissões que abrangem todos os processos operacionais internos de responsabilidade direta, pelo consumo de energia elétrica do sistema interligado nacional e as emissões de responsabilidade de terceiros, que fazem parte dos processos de apoio para a produção de bauxita. “Esse reconhecimento permite, ainda, a identificação e oportunidades para a redução de emissões de gases de efeito estufa em conformidade com as melhores práticas globais”, argumenta Ferreira.
A conquista da MRN se dá com foco na transparência e na qualidade das informações, com investimentos em reflorestamento, ações de responsabilidade social corporativa, inovação, segurança das operações e a conquista de importantes certificações, como o Padrão de Performance ASI (Aluminum Stewardship Initiative), única iniciativa global de sustentabilidade voluntária para a cadeia de valor do alumínio, com 59 princípios que vão de biodiversidade e liderança à transparência. O selo atesta ao mercado e à sociedade o compromisso da companhia com uma mineração sustentável de bauxita.
A empresa desenvolve programas robustos, como os de monitoramento de fauna, flora, recursos hídricos, ar, solo, gestão de resíduos urbanos e industriais, além de conduzir o reflorestamento com espécies nativas, que é um referencial na mineração de bauxita. Em 2021, foi realizada a restauração florestal de 523,8 hectares, totalizando uma área recuperada de 7,5 mil hectares em 42 anos, o equivalente a 10.504 campos de futebol.
Outro importante destaque são os projetos socioambientais, de responsabilidade social corporativa, apoios e patrocínios junto às comunidades. No ano passado, foram investidos mais de R$ 23 milhões em iniciativas que atenderam eixos como geração de renda, educação, cultura, saúde, preservação ambiental e patrimonial.
MRN está com inscrições abertas para o programa Jovem Aprendiz
Iniciativa disponibiliza 60 vagas em cursos nas áreas de Automação Industrial e Eletromecânica
A Mineração Rio do Norte (MRN), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), está selecionando talentos com perfis diversos para o programa Jovem Aprendiz 2023. Os interessados podem se inscrever até o próximo dia 07/10, por meio da plataforma de recrutamento da empresa: mrn.gupy.io. Os cursos iniciam em janeiro do próximo ano. O programa tem o objetivo de viabilizar a primeira experiência profissional, para pessoas com mais de 17 anos de idade.
A oportunidade proporciona uma formação técnica de qualidade aos jovens agregando conhecimento sobre o mercado de trabalho, em específico, no setor mineral. No total, 60 vagas foram disponibilizadas para atuação em Porto Trombetas, no município de Oriximiná, oeste do Pará. Os interessados podem escolher entre os seguintes cursos: Mantenedor de Sistemas de Automação Industrial (30 vagas) e Operação de Manutenção Eletromecânica (30 vagas).
“O programa capacita jovens e auxilia na sua preparação para iniciar uma carreira profissional, com aulas teóricas e práticas. Tem a duração mínima de um ano, com início a partir de novembro de 2022, seguindo o cronograma do curso estabelecido pela instituição. Aulas de formação teórica serão ministradas pelo Senai e atividades práticas serão nas áreas operacionais e administrativas da MRN, ambas com a carga de 4 horas diárias, de segunda a sexta-feira”, detalha Ílaise de Souza, analista de Recursos Humanos.
Moradora da comunidade Boa Vista, Adrielle Costa, de 24 anos, participou do processo seletivo em 2019 e, atualmente, foi efetivada ao cargo de Mecânica I na Seção de Manutenção de Equipamentos de Carga e Infraestrutura da empresa. Interessada desde a adolescência na área, a jovem compartilha sua experiência, quando fez o curso de Mecânica de Manutenção de Máquinas Industriais pelo Jovem Aprendiz.
“No início, quando cheguei na área, foi tudo muito novo. Vi uma escavadeira no pátio da oficina da MRN, com pessoas fazendo manutenção nela e senti curiosidade de ver o que eles estavam fazendo. Foi aí que eu também comecei a me envolver na mecânica de equipamentos móveis de mineração. Daí para frente foi só adaptação. A minha paixão pela mecânica, verdadeiramente, surgiu por meio da escavadeira, depois tomei gosto na área de equipamentos móveis e não parei”, lembra Adrielle.
“Eu me sinto feliz em estar exercendo esse cargo, que para mim é um sonho realizado. Representar as mulheres nessa área, é uma felicidade. Mais alegre ainda, por estar representando a minha comunidade Boa Vista. Para nós, oportunidades como essas são muito importantes. Minha recomendação é que os jovens aproveitem e, antes dos processos, pesquisem sobre a empresa e sobre as áreas que gostam”, complementa.
Requisitos e benefícios
Para se inscrever no programa Jovem Aprendiz é necessário ter entre 18 e 22 anos, ter concluído o ensino médio ou ainda cursar este período. As vagas afirmativas são direcionadas, preferencialmente, aos moradores das comunidades quilombolas e ribeirinhas da região. Filhos e/ou dependentes de empregados (MRN e terceiros), que residem em Porto Trombetas, também podem participar. Entre os benefícios, os jovens recebem bolsa auxílio, plano de saúde, transporte fluvial das comunidades Boa Vista e Moura até Porto Trombetas (durante prática na empresa) e seguro de vida.
Quilombolas relatam oportunidade e mudança de vida pela educação
Por meio de programas educacionais, os territórios do Boa Vista e Alto Trombetas II recebem bolsas de estudos, além de material escolar, alimentação e transporte gratuitos
Ao se deparar com as profundas águas do rio Trombetas, um filme passa pela cabeça da engenheira florestal Sara Quaresma. A primeira coisa que ela visualiza é a menina forte e determinada que saía, todos os dias rio abaixo e rio acima, da vila Patauá até o quilombo Boa Vista, de onde seguia para estudar no distrito de Porto Trombetas, localizado no município de Oriximiná, no oeste do Pará. Hoje, com 30 anos, Sara olha para o passado e se orgulha de ter acreditado no poder transformador da educação. Um combustível que a moveu para trilhar uma trajetória de desafios e conquistas.
“Eu sempre tive paixão pela escola e não queria ficar para trás, então debaixo de chuva ou sol eu estava lá. Minha mãe precisava cuidar dos meus irmãos, o que dificultava que ela me levasse à escola. Depois que eu cresci, aprendi a ir sozinha, busquei minha independência. Desde pequena, acreditei que a educação poderia me proporcionar um futuro melhor e lutei por isso”, lembra.
Outro quilombola orgulhoso de sua história é o empreendedor Jeferson dos Santos, de 36 anos. Nascido e criado na comunidade Boa Vista, desde criança aprendeu com a mãe a importância da busca pela garantia dos direitos das comunidades tradicionais, como o movimento “Raízes Negra” e a titularidade de terra, e a educação como ferramenta para uma mudança de vida. “A educação é um agente transformador. É por meio dela que você consegue galgar patamares que, sem ela, não seria possível”, assegura.
O que Sara e Jeferson têm em comum? Além de serem conterrâneos do mesmo território quilombola, eles abraçaram oportunidades. Por meio dos Programas de Apoio ao Ensino Básico (PAEB) e ao Ensino Superior (PAES), tiveram acesso a bolsas de estudos para ingressar em uma escola de qualidade e realizar o sonho de entrar na universidade. Sara formou-se em Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e Jeferson tornou-se bacharel em Química pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM).
Realização de sonhos
Antes das 5h da manhã, na comunidade quilombola de Boa Vista, o despertador toca: fazer café da manhã, preparar os filhos e começar o dia para atender os horários da escola dos filhos e do seu trabalho. Essa é parte da rotina da técnica de segurança, Andréa Ferreira dos Santos, de 39 anos, mãe de três: Raphael (21), Chrystian (18) e Sthefany (11). “É uma luta diária, mas eu quero que eles sejam profissionais qualificados e preparados para o futuro”, afirma.
Ela celebra a chance que os filhos Christian e Raphael estão tendo pelos programas PAEB e PAES, respectivamente. “É gratificante ver que eles têm oportunidades únicas de criar caminhos, com o apoio desses programas sociais da MRN”, comenta. “A base que eu tive aqui na escola de Porto Trombetas, por ser uma escola excelente e de muita qualidade, com certeza me ajuda na universidade, principalmente, na questão do conteúdo. Eu me sinto privilegiado e abençoado por poder realizar as coisas que meus avós e pais não realizaram e isso para mim é motivo de muito orgulho”, comemora Raphael, filho primogênito de Andréa, que está cursando Biotecnologia na Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).
Cledinaldo Durão, operador de máquinas operatrizes da MRN, também não esconde a alegria de ver o filho Clemerson avançar nos estudos. “Hoje o meu propósito é oferecer sempre o melhor, visando o futuro do meu filho. Eu quero que ele estude e se forme. Os professores só falam bem dele, nunca reprovou, sempre tem notas boas, toca violino e faz esportes”, relata orgulhosamente Cledinaldo.
O estudante Clemerson de Oliveira, de 15 anos, recebe o benefício do PAEB e sonha em ser médico. “Eu me esforço para fazer todas as tarefas, aproveito ao máximo esse auxílio para conseguir concluir o ensino médio e fazer a faculdade de Medicina, pois sonho ajudar as pessoas da minha comunidade”, revela.
O Colégio Equipe, unidade de Porto Trombetas, dá o suporte para que os alunos quilombolas tenham todo o acompanhamento e sejam inclusos em todas as atividades educacionais. “Para nós educadores, é muito rica essa heterogeneidade da turma, então é necessário desenvolver ações para integrar. Esse é o papel do professor, como facilitador do conhecimento. Para nós, a presença e vivência junto a comunidades tradicionais é um aprendizado fantástico. Procuramos sempre a equidade e desenvolver atividades, como o torneio da amizade, para que os alunos possam interagir. Nossa preocupação é sempre transmitir a eles o sentimento de equipe e igualdade, sempre valorizando a cultura deles”, ressalta o professor Joaci Lima, diretor do Colégio Equipe de Porto Trombetas.
Conhecimento como legado
Os programas educacionais são mantidos pela MRN, mineradora de bauxita localizada no distrito de Porto Trombetas (Oriximiná/PA). A empresa investe cerca de R$ 3 milhões ao ano, garantindo aos bolsistas do PAEB materiais escolar e didático, transporte e alimentação totalmente gratuitos. Já os beneficiados do PAES recebem bolsa mensal para cursos presenciais e à distância, além de passagem aérea/fluvial anual de férias para visitar a família, pois geralmente os cursos são realizados em outras cidades, como Santarém, Belém e Manaus.
Para Guido Germani, CEO da MRN, essas iniciativas educacionais refletem o compromisso de responsabilidade social corporativa da companhia e reforçam que o pilar da educação é fundamental para gerar conhecimento e uma base sólida para o futuro. “Um dos principais legados que a empresa pode deixar para a população é realmente o conhecimento porque isso será um alicerce para o resto da vida deles”, afirma.
O executivo destaca ainda todo o esforço feito pela empresa durante o período da pandemia para que os programas tivessem continuidade. Foram disponibilizados computadores e aulas gravadas em pen drive para que os alunos conseguissem estudar no formato on-line. “Para nós, é fundamental apoiar nesse processo de transformação social das pessoas da região. Temos orgulho de ter em nosso quadro de empregados o talento da Sara Quaresma, que atua no time de Relações Comunitárias. O Jeferson Santos também passou por aqui, onde trabalhou por 12 anos, chegando a ser gerente de Comunidades. Nossa torcida é por mais ‘Saras’ e ‘Jefersons’ abraçando oportunidades e despontando com todo o potencial que têm”, declara.
Raio X dos programas
Desde 1997, o Programa de Apoio ao Ensino Básico (PAEB) garante bolsas integrais de estudo no Colégio Equipe de Porto Trombetas. Inicialmente, foram beneficiados alunos residentes na comunidade Boa Vista (ensino fundamental II e médio). A partir de 2020, o atendimento foi estendido a estudantes do território Alto Trombetas II.
Desde 2000, a MRN executa o Programa de Apoio ao Ensino Superior (PAES) como uma extensão do apoio ofertado na Educação Básica, dando suporte aos estudantes da comunidade Boa Vista que ingressavam na graduação. Desde 2020, os moradores das comunidades do Alto Trombetas II têm sido contemplados com bolsas para cursos superiores, em ensino presencial ou à distância.
Fotos: Lamparina Filmes/Diego Formiga
MRN realiza seminários orientativos e simulados de emergência de barragens para levar informação nas comunidades
Para que uma mineração sustentável seja feita de forma segura, a Mineração Rio do Norte (MRN) investe continuamente na segurança das suas operações e em iniciativas de prevenção e proteção dos empregados e comunidades vizinhas ao empreendimento de mineração de bauxita, localizado no distrito de Porto Trombetas (Oriximiná/PA). E para reforçar essa cultura de segurança, foram realizados, nos primeiros 15 dias de setembro, seminários orientativos e um simulado de emergência na comunidade quilombola Boa Vista, levando informações e recomendações sobre como agir em situações de emergência em barragens e reservatórios de mineração.
As atividades fazem parte do Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM) da companhia, em cumprimento à legislação nacional de segurança de barragens e as boas práticas de relacionamento com comunidades. “O PAEBM é um guia geral para determinados níveis de emergências para barragens de mineração, um documento que dá suporte à gestão de emergências na empresa. Durante os seminários e simulados, apresentamos os protocolos de segurança do PAEBM, pontos de encontro, rotas de fuga, além de esclarecer como funcionam as barragens e reservatórios e o que deve ser feito no caso de algum incidente”, explicou Alexandre Schuler, gerente de Geotecnia da MRN.
Elessandra Correa, analista de Relações Comunitárias, destacou a importância das ações de socialização do PAEBM para a comunidade. “É um momento de diálogo em que se tem a oportunidade de levar informações sobre as nossas barragens de mineração, mostrando para eles todos os equipamentos de segurança utilizados pela empresa para monitorar e garantir a segurança desses reservatórios. E isso, sem dúvida, traz uma tranquilidade para os comunitários que vivem no entorno da empresa. Também é uma ação fundamental para o relacionamento e a construção de confiança com a comunidade”, ressaltou.
Nos seminários orientativos junto às comunidades também foram abordados o fluxo de produção da empresa e do ciclo do alumínio (metal que tem como matéria-prima a bauxita), assim como foi apresentado o funcionamento do sistema de gestão de rejeito, a diferença entre reservatórios e barragens, as formas de monitoramento, os instrumentos e as ferramentas voltadas à segurança dessas estruturas.
“Sempre apresentamos o sistema de segurança de barragens da MRN, como, por exemplo, os mais de 1000 sensores de monitoramento que estão nas barragens e reservatórios, as frequentes inspeções de campo, gestão de anomalias, Sala de Monitoramento, espaço dedicado exclusivamente à segurança dos nossos reservatórios e barragens, pesquisas e consultorias nacionais e internacionais. Tudo é apresentado de forma bem simplificada e objetiva para a comunidade”, complementou Alexandre.
Já no simulado, foram apresentadas ações de emergência na prática, ou seja, como identificar potenciais situações de risco em barragens e as medidas a serem executadas nesses casos. “Os simulados foram organizados por equipes multidisciplinares da MRN e da Defesa Civil de Oriximiná, com o objetivo de explicar os protocolos de emergência. Assim, apresentamos um tutorial de ferramentas utilizadas, como códigos, mapas e os tipos de sinais sonoros emitidos para essas situações”, ressaltou Adriano Borilli, gerente técnico que atua na área de remoção de rejeito.
Para José Paixão, coordenador da Defesa Civil de Oriximiná, os seminários e simulados são fundamentais para levar conhecimento para as comunidades e órgãos envolvidos. “É no simulado que vamos testar as ações no caso de uma emergência, além de passar informações. Os simulados trazem uma visão mais real em caso de deslizamentos, por exemplo, e com isso já estaremos preparados”, afirmou. “Para as comunidades ribeirinhas é ainda mais esclarecedor saberem que não teriam risco e não precisariam sair de suas casas, pois os possíveis riscos seriam para quem trafega no local, longe das casas. Para a Defesa Civil, essa didática e transparência é fundamental para levar segurança para a família, como também, entender o cuidado com o meio ambiente”, ressaltou.