Nesta quinta-feira, 23 de junho, no Dia Internacional das Mulheres na Engenharia, elas compartilham desafios e destacam as principais qualidades femininas na área.
No conjunto de engenharias, segundo dados do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), a participação das mulheres na engenharia, área majoritariamente ocupada por homens, vem aumentando ao longo do tempo. São mais de 210 mil engenheiras no Brasil, inscritas no sistema da entidade. Até fevereiro deste ano, o percentual de mulheres registradas como engenheiras correspondia a 19,3%. Das pioneiras até os dias de hoje, cada uma tem uma história para ser contada. Algumas destas histórias fazem parte da MRN, mineradora de bauxita localizada no distrito de Porto Trombetas, oeste do Pará.
A empresa possui um programa de inclusão e diversidade, o “MRN pra Todos'', que entre atua para aumentar a expressividade de gênero. Nos últimos dois anos, a empresa ampliou de 6,6% para 9,2% a participação de mulheres, em todas as áreas, inclusive na Engenharia. Em celebração ao Dia Internacional das Mulheres na Engenharia, comemorado nesta quinta-feira, 23 de junho, a empresa evidencia histórias de engenheiras que atuam na mineração e contribuem para que mais profissionais ganhem espaço.
Quando Julia Gabriela da Silva entrou na faculdade de Engenharia Mecânica, em 2019, inspirada pelo seu tio e pela curiosidade em descobrir como objetos, máquinas e veículos funcionavam, dos 30 alunos da turma, apenas cinco eram mulheres. “Sempre percebi como a presença masculina é mais forte na área, mas vejo que estamos avançando. Fui a primeira engenheira dentro da Gerência de Obras na MRN e conquistei isso em menos de dois anos. Há uma cultura de inclusão e incentivo para que as mulheres também cresçam na empresa”, ressalta a profissional, que atua na Gerência de Projetos e Obras da MRN.
Para ela ainda é um desafio se tornar líder e gestora na indústria, em particular nãos segmentos da construção, obras e mineração. Mas ela acredita que no mundo corporativo como um todo este cenário está mudando. “As pessoas não estão acostumadas a ver mulheres como líderes de projetos, no chão da fábrica, direcionando muitas pessoas. Temos que propagar essa mudança de visão sobre a posição da mulher e o espaço ou cargo que ela ocupa, além de evidenciar suas competências e habilidades”, enfatiza Julia Gabriela, que também é especialista em Gestão de Projetos.
Lorena Ávila, engenheira de Produção com especialização em tratamento de minérios, nasceu em Minas Gerais e a inspiração para seguir na área começou ainda na sua atuação como jovem aprendiz, no mundo corporativo e no setor de produção. Há mais de 10 anos na área de processamento mineral e recém-contratada da MRN, ela presta suporte técnico à Planta de Beneficiamento da empresa. “Nós, engenheiras, temos vencido diversos desafios, e, hoje, percebemos que há uma evolução e quebra de estereótipos, o que há 10 anos eu não conseguia observar. A percepção feminina contribui muito para a Engenharia, seja na organização e adaptabilidade às abordagens mais humanizadas e aconselhadoras, qualidades que vão muito além da técnica e faz diferença na entrega final”, pontua a profissional.
“Já tive outras gestoras mulheres e, atualmente, na MRN minha gestora é mulher e é uma inspiração para mim. Isso nos motiva e, até mesmo, facilita a gestão e a prática no dia a dia de trabalho. Uma troca de aprendizado e experiência que nos inspira. É muito bom ver mulheres líderes e gestoras, nos mostra que qualquer uma de nós pode alcançar isso”, acrescenta Lorena, que trabalha no Departamento de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da MRN.