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MRN promove bate-papo sobre a participação de mulheres na Ciência
Evento online teve compartilhamento de histórias e vivências de profissionais que atuam nas áreas de saúde, engenharia e geologia
Para marcar o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, celebrado em 11 de fevereiro, a Mineração Rio do Norte (MRN) promoveu, por meio do Programa de Diversidade e Inclusão “MRN Pra Todos”, um bate-papo online sobre o tema. A roda de conversa contou com a participação da geóloga Keila Palheta, da engenheira química Eliane Pereira e da médica do trabalho Morganna Bárbara. Mediado pela publicitária e analista de Comunicação da empresa, Loyana Demétrio, o evento reuniu mais de 100 participantes.
Durante o bate-papo, foram discutidos os desafios e as conquistas das mulheres no setor. Atuando no Hospital de Porto Trombetas, a médica Morganna Bárbara contou que, no início da carreira, o apoio recebido foi fundamental diante das dificuldades encontradas no caminho. “Lembro que nas minhas primeiras consultas os pacientes sempre olhavam de maneira desconfiada. ‘Será que essa menina sabe o que tá fazendo?’, alguns questionavam. Hoje, é gratificante ver as pessoas apoiando mulheres a conquistarem novos espaços em lugares tão distintos. Os desafios surgem, mas é isso que nos fortalece”, garante.
Há 12 anos na MRN, a geóloga Keila Palheta participa de maneira ativa dos programas de engajamento da empresa. No passado, liderou o Grupo Maximização do Potencial Humano. Ela defende que ter mulheres desenvolvendo papéis de liderança no meio corporativo é singular. “Houve um período em que tínhamos mais mulheres no nosso departamento, mas boa parte trilhou outros caminhos profissionais. Hoje, temos buscado direcionar as oportunidades para esse público estamos obtendo sucesso, pois a mulher, naturalmente, tem um perfil matriarcal, do cuidado, da atenção. E nós temos observado que esse ‘toque feminino’ tem feito muita diferença na geologia”, relata.
À frente do Departamento de Engenharia de Processos da empresa, Eliane Pereira aponta que o laboratório químico da MRN é o setor que reúne o maior número de mulheres especialistas em na área de Ciências e Tecnologia. Por isso, tem se articulado para replicar esse status na engenharia. “É motivo de orgulho saber que nós temos a primeira mulher no departamento e que atua com grande responsabilidade. Também sou muito grata à MRN, que após anos de trabalho dedicados a mineração e a metalurgia me migrou da área técnica para a área de gestão. Isso, sem dúvida é simbólico, porque vai abrir portas para outras mulheres na área de mineração”, acredita.
Reconhecimento
A MRN tem desenvolvido periodicamente eventos que valorizam a atuação de cada empregado dentro de suas peculiaridades. Além disso, criou um departamento dedicado ao desenvolvimento tecnológico da cadeia produtiva, liderado por Eliane. “Temos parcerias com universidades, startups, cientistas e pesquisadoras de diferentes atuações que nos apoiam nesta missão de fazermos uma mineração sustentável e ética para todos”, destaca a engenheira.
O analista de Controle Ambiental Orlando Caetano estava entre os participantes que prestigiaram o evento. Segundo ele, as mulheres têm sido pioneiras ao enfrentar com garra e coragem o preconceito estrutural. “Esse tipo de bate-papo é fundamental. Infelizmente, as mulheres ainda são colocadas numa posição onde precisam provar sua capacidade por conta do ceticismo de pessoas baseadas em um preconceito indevido. Cada mulher que entra numa sala de aula e depois vai trabalhar num ramo onde esse preconceito ainda existe, é pioneira”, ressalta.
Histórias
A gerente de Comunicação da empresa, Karen Gatti, destacou que cada trajetória apresentada pelas convidadas representa uma história de escolhas, apoio e de vivências, o que demonstra a essência do “MRN Pra Todos”. “É sobre acreditar, incentivar, apoiar e, principalmente, incluir. Temos três histórias de profissionais sensacionais que passamos a admirar mais ainda depois de abrirem o coração. Esperamos que essas histórias compartilhadas se tornem inspiração e motivação”, ressalta. “Eu me senti extremamente lisonjeada por dividir essa roda de conversa com grandes mulheres e poder representar tantas outras. Nós, mulheres, somos força, garra e competência e podemos estar onde nós quisermos”, afirmou Morganna Bárbara.
Programa Jovem Aprendiz cria oportunidades em Oriximiná
Em 2023, 81% dos inscritos na iniciativa da MRN são de comunidades tradicionais. Do total, 56% são mulheres
“Eu não imaginava que conseguiria entrar no mercado de trabalho agora”, relembra Hilary Santos, que está entre os 60 talentos que ingressaram no programa Jovem Aprendiz da Mineração Rio do Norte (MRN), em 2023. Do total de jovens selecionados, 49 são oriundos de comunidades quilombolas, localizadas no município de Oriximiná, oeste do Pará.
Realizada em parceria com o Serviço Nacional da Indústria (Senai), a iniciativa visa dar aos jovens da região a oportunidade de qualificação e experiência profissional, os preparando por meio de uma formação que envolve teoria e prática. Além disso, propicia que mulheres estejam inseridas em carreiras ainda ocupadas majoritariamente por homens, como na área de Manutenção.
“Meu foco mudou logo quando eu estudei sobre o programa no site da MRN e conheci os benefícios. Agora minha meta é me qualificar ainda mais”, revela Hilary. A jovem é do curso de Automação Industrial e conta que está muito satisfeita com a didática do ensino e as orientações repassadas durante as mentorias. “O que eu mais gosto é a aprendizagem de forma dinâmica. Isso quebra aquele gelo de ficarmos só escrevendo de maneira robótica. Saber que estou começando minha carreira profissional em uma empresa que é referência, me faz ter novos planos porque sei que isso me abrirá portas no mercado de trabalho”, afirma.
Da comunidade Boa Vista, o jovem Diego Santos ficou bastante emocionado ao saber da aprovação no processo seletivo do curso de Automação e já faz planos para o futuro. “A maneira como as aulas são conduzidas tem me ajudado muito, assim como as etapas de integração. Quero seguir construindo uma boa relação com meu gestor na empresa e, se eu me destacar, se possível, ser contratado”, planeja.
Acolhimento
As atividades práticas ocorrem nos laboratórios do Departamento de Desenvolvimento de Pessoas e nas áreas operacionais e administrativas da MRN. O novo ciclo de aprendizes iniciou em janeiro deste ano e segue até abril de 2024, com os cursos de Operador de Manutenção Eletromecânica e Mantenedor de Sistemas de Automação Industrial. Ao final do ciclo, o aprendiz recebe um certificado de qualificação profissional, tendo como diferencial no currículo a experiência na empresa.
“Uma das fases mais importantes durante esse processo de chegada desses jovens é, sem dúvida, o Onboarding, ou seja, a integração que fazemos com cada área da empresa. Durante essa etapa, proporcionamos a eles uma visão global de nossa produção, integrando qualidade, meio ambiente, educação financeira e palestras educativas, como o uso de álcool e drogas e gravidez na adolescência. Além disso, eles passam por treinamentos de segurança e visitas à operação de mina, sala de monitoramento de barragens e reservatórios de disposição de rejeito. Vale ressaltar que mais da metade desses 60 jovens são mulheres”, explica, Rosanne Salgado, analista de Recursos Humanos e responsável pela condução do programa.
O processo de integração teve duração de 10 dias e, ao final, os aprendizes participaram de um bate-papo com o diretor de Operações, Rogério Junqueira, que explicou sobre o ciclo sustentável de produção bauxita e apresentou o projeto de continuidade operacional da companhia, o Projeto Novas Minas (PNM). “Abrir as portas da nossa empresa para esses jovens é sempre gratificante. São comunitários, filhos de empregados e cada um carregando uma história singular dentro de si. Queremos que eles saibam que são peças fundamentais dentro dessa grande engrenagem, principalmente nesse contexto, no qual queremos continuar fazendo o que fazemos muito bem: contribuir com o desenvolvimento, cuidando sempre do meio ambiente e das pessoas”, destaca.
Oportunidades
Dentre os muitos cases de sucesso, temos as histórias de quem passou pelo programa e foi contratado pela empresa, como a da operadora Gislaine Silva, natural da comunidade Boa Vista. Hoje, atuando na Usina de Geração de Energia da MRN, ela lembra que ficou sabendo do processo seletivo por meio das redes sociais e não pensou duas vezes em fazer a inscrição. “Logo de início foi bem difícil. Morava com meu pai na comunidade do Ajudante e vinha de rabeta todos os dias, fizesse chuva ou sol”, relata. A operadora destaca que os conhecimentos adquiridos durante a formação se mostram essenciais a cada dia. “Estar como empregada da MRN é motivo de orgulho. Eu acredito que, quando temos um sonho, temos que ter coragem para começar, força para buscar e humildade para alcançar”, comenta.
Outra comunitária que também vê sua trajetória de empregada sendo exemplo para ingressantes, é a eletricista Caroline Colé. Ela entrou na empresa como Jovem Aprendiz, com uma filha de pouco mais de um ano de idade, e conseguiu ser efetivada. “Para conquistar o que queremos, o estudo é imprescindível. As oportunidades aparecem, mas precisamos estar preparados. É perseverar e acreditar que tudo é possível, só depende de nós”, garante.
Mais de 3 mil quelônios são devolvidos à natureza, em Oriximiná
Há quatro décadas, iniciativa estimula a conservação da biodiversidade e conta com o apoio da MRN e comunitários voluntários
Uma iniciativa tem feito a diferença na preservação de diferentes espécies de quelônios na Reserva Biológica do Rio Trombetas. O Programa Quelônios do Rio Trombetas (PQT) soltou 3 mil filhotes de tracajás na praia Paulino localizada no Lago Erepecu, comunidade Nova Esperança, município de Oriximiná, oeste do Pará. Há pouco mais de quatro décadas, o programa já devolveu à natureza aproximadamente 5 milhões de filhotes, entre tracajás, pitiús e tartarugas-da-amazônia.
Coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o programa tem a parceria da Mineração de Rio do Norte (MRN), Instituto Ipê e comunitários voluntários. “É um momento de celebração, no qual promovemos a sensibilização junto aos moradores locais e comemoramos as atividades que realizamos durante o ano todo. É uma troca de saberes, que ganha uma nova característica de sustentabilidade e de construção de um mundo melhor”, destaca Genilda Cunha, analista de Relações Comunitárias da empresa.
Segundo o Chefe do Núcleo de Gestão Integrada Trombetas do ICMBio, Paulo Varalda, a parceria entre o poder público, iniciativa privada e os comunitários tem sido fundamental para o processo de conservação ambiental. “Se fizermos uma analogia com um tripé, temos ICMBio, a MRN e os quilombolas. Nosso desafio é constante. Com a aprovação do termo de compromisso com as comunidades do Alto Trombetas 2 precisa agora de ordenamento, cuidado e atenção. A cooperação mútua desses três entes é fundamental”, garante.
Conscientização e voluntariado
O trabalho para soltura dos quelônios começa ainda no mês de agosto, com a mobilização das equipes voluntárias. A eclosão dos ovos ocorre entre os meses de novembro e janeiro. Um cuidado que se divide entre os agentes ambientais do ICMBio e os comunitários voluntários. “Após a eclosão, as solturas são feitas gradativa e estrategicamente, promovendo a sensibilização das comunidades e do público que acompanham o trabalho. Depois desse processo, os quelônios têm três meses de adaptação ao novo ambiente”, explica Daiane Santos, bióloga e agente ambiental do ICMBio.
A aposentada Dulcinéia Barbosa, de 67 anos, está entre os mais de 100 voluntários responsáveis pela coleta dos ninhos e registro da postura dos quelônios. Desde 2003, a moradora da comunidade Último Quilombo acompanha de perto a eclosão e a guarda dos filhotes. “Nós brigamos e lutamos porque tem uma geração que está vindo por aí, bisnetos, netos, que precisam dessa natureza. Quando nós chegamos aqui, eles já estavam e, como não preservaram, está se acabando. Mas estamos aqui somando forças para cuidar deles”, conta.
Manoel Raimundo, agente ambiental do ICMBio, da comunidade Tapagem há 14 anos contribuiu com o processo de conservação dos quelônios. O quilombola conta que o sentimento de pertencimento dos moradores também está no cuidado com a natureza. “Esse é um momento importante porque também significa cuidar de vidas. Estamos cuidando para que não se acabe. Significa preservar o futuro das próximas gerações”, destaca.
Aprendizados
Só no ano passado, 80 mil filhotes de tracajás, pitiús e tartarugas-da-Amazônia foram devolvidos à natureza. A soltura foi restrita apenas aos agentes, em virtude da pandemia de Covid-19. Este ano, a força-tarefa abriu para participação do público e reuniu, aproximadamente, 400 pessoas. Oportunidade para o jovem escoteiro Samuel Pantoja, que acompanhou o evento pela primeira vez. “Foi uma experiência positiva. Tem um artigo na Lei Escoteira que diz que somos amigos das plantas e dos animais, então isso é importante para nossa aprendizagem. Precisamos preservar a natureza ao máximo”, afirma.
Primeira experiência também para a técnica de Segurança no Trabalho Eliene dos Santos, da comunidade Boa Vista. Ela nasceu e cresceu às margens do rio Trombetas e há três anos atua na MRN. Para ela, a ação fortalece o sentimento sustentável entre os comunitários. “Precisamos pensar no futuro. Fortalecer essa cultura e essa subsistência do que vamos deixar para as próximas gerações”, comenta.
Para Yanto Araújo, gerente geral de projetos da MRN e líder do Grupo de Escoteiros de Porto Trombetas, o PQT reforça o compromisso da MRN de preservar a fauna e a flora da região. “São valores que mostram o que somos. A soltura dos quelônios é uma experiência única e, como líder do Escoteiros, também sei da necessidade que temos de estimular essa consciência do cuidado em nossas crianças e adolescentes”, pontua.
Projeto incentiva geração de renda e equilíbrio ambiental em Oriximiná
A iniciativa da MRN capacita pequenos produtores do município há mais de 15 anos
Na comunidade Boa Nova, a produção de farinha de mandioca e seus derivados, como o tradicional beiju seco, é a principal fonte de renda da agricultora Maria Luiza Amaral.
Ela e os sete filhos são atendidos pelo Projeto de Apoio a Sistemas Agroflorestais (SAFs). A iniciativa é desenvolvida pela Mineração Rio do Norte (MRN) e atende 29 famílias de comunidades ribeirinhas da região do Lago Sapucuá, zona rural do município de Oriximiná, no oeste do Pará.
Com a chegada do SAFs, Maria Luiza também passou a produzir laranjas, impulsionando o orçamento familiar. “Foi com o projeto que aprendi a plantar e até como cuidar das plantas com o uso dos fertilizantes naturais que aprendemos fazer, então é bastante conhecimento que a gente conquista”, relata. A agricultora conta que as formações também têm feito a diferença na venda dos produtos. “Agora nossa produção tem durado mais porque nós aprendemos como armazenar corretamente as sementes e os produtos”, destaca.
Com o objetivo de estimular a geração de renda por meio do incentivo de plantios em equilíbrio com a conservação ambiental, o projeto é realizado com pequenos produtores das comunidades Boa Nova, Casinha e Saracá, no Lago Sapucuá, comunidade Camixá, no médio Rio Trombetas, e Bom Jesus, no Lago Batata.
“Esse projeto tem sido fundamental porque promove, por meio de capacitações técnicas, a geração de renda e a conservação ambiental nas comunidades atendidas, com foco nas temáticas agrícolas e socioambientais, e em temas que incrementam a produtividade dos sistemas e a qualidade de vida de todos os envolvidos”, explica a consultora do SAFs, Danúbia Barros.
Os primeiros plantios do projeto ocorreram em 2005. Em 2019, novas áreas foram implementadas para enriquecer o sistema. O tamanho de cada área plantada tem, em média, um hectare por família. Os arranjos são formados por espécies cítricas, como laranja, limão e tangerina, além de cumaru, banana e pupunha. “O projeto sempre busca priorizar os trabalhos que prezam pela preservação das florestas, da água e do solo, com técnicas que permitem que os agricultores façam o manejo dos SAFs de forma adequada e eficiente”, ressalta Danúbia.
Continuidade e formação
No projeto, equipamentos, ferramentas e materiais são fornecidos para auxiliar os agricultores a realizarem o manejo das áreas. Ao longo de 2022, foram promovidas diversas ações que contribuíram para o desenvolvimento das atividades executadas pelos produtores, incluindo visitas técnicas mensais, onde as famílias têm a oportunidade de tirar dúvidas e receber incentivo para a continuidade dos trabalhos.
Entre os diferenciais do projeto em 2022, estão o intercâmbio entre os agricultores, que levou os beneficiários das comunidades até a sede do município de Oriximiná. A oportunidade permitiu a troca de experiencias e os possibilitou conhecer outros agricultores que são referência na produção do município.
Para 2023, estão previstas novas capacitações com temáticas que visam melhorar o dia a dia das famílias atendidas. Também está prevista a entrega de materiais e equipamentos considerados necessários para a execução das técnicas de manejo realizadas no Sistema Agroflorestal, tratativa resultante das visitas técnicas realizadas pelas equipes do projeto nas comunidades.
Frutos do conhecimento
Os cursos ofertados pelo projeto mesclam meio ambiente e negócios. No ano passado, nove formações foram realizadas com os agricultores: Criação de Abelhas sem Ferrão (Meliponicultura), Horticultura com materiais recicláveis, Mercado e Comercialização de produtos de origem vegetal, Produção de Biofertilizante Líquido, Peletização e Inoculação de Sementes, Manejo Fitossanitário de Pragas Agrícolas, Produção de geleias, doces e licores, Cooperativismo e Desidratação de Frutas Tropicais.
Há pouco mais de quatro anos fazendo parte do projeto, o agricultor João Gonçalves, da comunidade Casinha, também tem aplicado o conhecimento adquirido no SAFs. Com um trabalho variado, ele produz limão, tangerina, laranja, banana e mandioca, além do café que foi plantado recentemente. “Antes as covas das plantas não eram feitas do jeito certo, por isso perdíamos muitas safras. Hoje já sabemos como fazer do tamanho certo. São conhecimentos que não tínhamos antes e agora já sabemos como apanhar as frutas, como guardar e ter o cuidado certo”, relata o produtor.
A coordenadora do projeto, Genilda Cunha, destaca que, no ano passado, as atividades realizadas atingiram os objetivos previstos. “Já temos alguns agricultores que são multiplicadores do conhecimento adquirido, gerando trocas de saberes com as equipes técnicas. É com satisfação e uma alegria indescritível que seguimos rumo ao desenvolvimento e aprimoramento desses comunitários, na busca de mais multiplicadores e de famílias que transformaram as suas realidades e fazem a diferença em suas comunidades”, pontua.
MRN participa de troca de comando do 4º Distrito Naval em Belém
A Mineração Rio do Norte (MRN) esteve entre os convidados para cerimônia de troca de comando do 4º Distrito Naval (DN) da Marinha do Brasil. O gerente de Operações do Terminal Trombetas, Paulo Ricardo Maretti, e o engenheiro naval, Dennis Hernan Silva, representaram a empresa no evento. Na ocasião, o vice-almirante Antônio Capistrano de Freitas Filho tomou posse na função, antes exercida pelo vice-almirante Edgar Luiz Siqueira Barbosa, que agora passa a ser Comandante em Chefe de Esquadra. A cerimônia ocorreu na sede do Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar (Ciaba), em Belém (PA).
“O Distrito Naval (4° DN) é a autoridade marítima local responsável pela área na qual o terminal de Porto Trombetas está inserido, bem como pela fiscalização do transporte marítimo de cargas. A MRN recebeu o convite formal para participar da troca de comando, e a participação da empresa se fez necessária para reforçar o canal de relacionamento institucional já existente com o 4° DN”, destacou Ricardo Maretti.
Durante o discurso de posse, Capistrano exaltou a exuberância de todo o bioma Amazônico em que o 4º DN está inserido, com rios, igarapés e furos que apresentam grande importância para a vida de quem mora e depende da floresta. O novo comandante também enalteceu a relevância do Arco Norte na economia brasileira e como a região de encontro entre o rio Amazonas e o oceano Atlântico influencia nessa dinâmica nacional.
O 4º Distrito Naval tem jurisdição em quatro estados da Federação: Amapá, Maranhão, Pará e Piauí. Dentre as organizações marítimas sob a tutela do 4º DN estão a Capitania dos Portos do Amapá, Capitania dos Portos do Maranhão, Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (sediada em Belém), Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar e Capitania Fluvial de Santarém (CFS). Esta última se destaca por atuar na região do Baixo Amazonas, englobando as cidades de Santarém, Juruti, Óbidos e Oriximiná, além de Porto Trombetas.
A cerimônia reuniu autoridades civis, militares, entidades reguladoras, representantes da praticagem, iniciativa privada, Exército, Aeronáutica e Bombeiro Militar, além de autoridades do executivo como a vice-governadora do Estado do Pará, Hana Ghassan; o vice-prefeito de Belém, Edilson Moura; e o gerente Regional da ANTAQ, João Maria Ferreira Filho. Também estavam presentes o capitão de fragata Fabrício Fróes Teixeira, atual Capitão da CFS; o capitão de mar e guerra Alexandre Roberto Januário, atual Capitão da Capitania de Portos do Maranhão; o gerente da Unipilot, Fernando Câmara; e o vice-almirante Murilo Barbosa, atual presidente da Associação de Terminais Privados (ATP).
MRN doa recursos para proteção de crianças e adolescentes em municípios do oeste do Pará
Repasse ocorre por meio do Fundo para Infância e Adolescência. No total, a empresa doou R$ 318 mil para quatro cidades
Cuidar das pessoas e contribuir para o desenvolvimento social são pilares renovados anualmente pela Mineração Rio do Norte (MRN). Este ano, os Fundos Municipais dos Direitos da Criança e Adolescente dos municípios de Faro, Óbidos, Oriximiná e Terra Santa, no oeste do Pará, receberam aporte da empresa no total de R$ 318.231,26 para as políticas de assistência social que têm como alvo a proteção de crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade social. Os valores são repassados aos municípios por meio do Fundo para a Infância e Adolescência (FIA).
A Prefeitura de Óbidos realizou uma cerimônia para o recebimento do recurso, que reuniu representantes da MRN, autoridades, representantes de entidades não governamentais e representantes do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA). “Para a MRN, é extremamente importante participar desse investimento via Fundo da Infância e Adolescência, porque é um recurso direcionado para ações que trazem resultados de impacto social positivo para o município. São projetos realizados no contraturno escolar, de cultura, reforço escolar e esporte, que fortalecem a educação formal, atuando na proteção básica deste público e da família como um todo”, destacou Claudia Belchior, gerente do Departamento de Relações Comunitárias da empresa. Ao todo, estima-se que os recursos irão beneficiar 3.328 crianças e adolescentes atendidos pelos projetos parceiros nos quatro municípios.
Para Jaime Silva, prefeito de Óbidos, o recebimento da doação significa uma relação de confiança entre o município e a MRN. “Eu estou muito feliz porque são recursos significativos para que possamos reforçar projetos sociais, então queremos aproveitar a oportunidade para agradecer a empresa por essa ajuda que, com certeza, nos auxiliará na execução das políticas públicas para nossas crianças e adolescentes obidenses”, disse.
Crianças atendidas pelos Projeto Sementes Pauxis, que atua na prevenção do uso de drogas por meio das artes marciais, e alunos da Escola de Música Manoel Rodrigues, se apresentaram durante a cerimônia. A secretária de Desenvolvimento Social de Óbidos, Aldanete Farias, ressaltou que a efetivação de políticas públicas tem sido um desafio em virtude de dificuldades no recebimento de verbas para a área. “Com certeza esses recursos, por meio do FIA, vão somar para que possamos ofertar com qualidade ações que visam a promoção e a proteção de nossas crianças e adolescentes”.
FIA
Autorizado pela Lei Federal nº 8.069/1990, o Fundo para a Infância e Adolescência (FIA) é uma importante ferramenta criada para captação e aplicação de recursos financeiros destinados especificamente para a área da infância e adolescência. Os valores arrecadados são geridos pelos Conselhos Municipais e Estaduais dos Direitos da Criança e do Adolescente, que deliberam a destinação de acordo com a política de atendimento, programas e ações a serem implementadas em cada município.