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Projeto solta cerca 80 mil filhotes de quelônios em Terra Santa e Oriximiná
Em 24 anos, iniciativa já devolveu 6 milhões de espécimes à natureza
Pouco a pouco, centenas de milhares de filhotes de quelônios ganharam os rios da Amazônia. O trabalho é resultado do Projeto Pé-de-Pincha, desenvolvido há 24 anos pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) em 31 comunidades de Oriximiná e Terra Santa, no oeste do Pará. A iniciativa conta com a parceria da Mineração Rio do Norte (MRN). Na temporada de soltura de 2023, realizada este mês, já foram soltos mais de 58 mil filhotes em Oriximiná e mais 19 mil no Lago do Piraruacá, na Fazenda Aliança, em Terra Santa.
“O Pé-de-Pincha é um projeto de conservação de base comunitária e que vem na esteira do desenvolvimento sustentável. Então você tem uma prática que é ecologicamente correta, que permite que as comunidades que moram na região possam participar desse processo de proteção de seus recursos naturais”, explica o engenheiro agrônomo e coordenador do projeto pela UFAM, Paulo César Andrade.
Dentre os voluntários que contribuem para essa força tarefa está a empreendedora Rutineia Almeida. Ela conta que, durante os cinco anos que morou no entorno do Lago do Piraruacá, executou diferentes tarefas pelo projeto. Hoje, ela segue como voluntária e se diz grata aos conhecimentos adquiridos até aqui. “O projeto me fez crescer como pessoa. É como se fosse a minha segunda família. Eu digo sempre que o voluntário é alguém escolhido por Deus para fazer coisas que a maioria das pessoas não quer fazer. Então ele me escolheu”, afirma.
Esmeraldo Cunha é um dos primeiros voluntários da iniciativa em Terra Santa. Ele conta que um dos principais desafios foram os julgamentos por parte daqueles que consomem as espécies. “Se nós não cuidarmos hoje, eu acho que as futuras gerações vão sentir muita falta. Eu participo tanto dessa área quanto do Amazonas e eu sei que às vezes nos deparamos com dificuldades, mas isso é que nos dá força para não desistir”, relata.
Multidisciplinar
O Projeto Pé-de-Pincha já introduziu mais de 6 milhões de filhotes de quelônios na natureza, como tartarugas-da-amazônia, irapuca, tracajá e pitiús, estimulando a conservação das espécies por meio do manejo participativo. A iniciativa é ampla, abrangendo 118 comunidades de 18 municípios entre o Amazonas e o Pará.
“Cada município tem um coordenador técnico de campo e a UFAM atua na coordenação geral, tanto na parte administrativa quanto na parte técnico-científica. Então o serviço ambiental que o colaborador voluntário ou o monitor de praia prestam para o ecossistema da Amazônia é muito maior do que o trabalho da proteção de praia em si”, ressalta Paulo Andrade.
Há 17 anos como professora no município de Terra Santa, Kelen Cristina Bentes atua como coordenadora local do Pé-de-Pincha e conta que tem levado a missão do projeto para a sala de aula. “O consumo do ovo do tracajá faz parte da cultura alimentar da nossa região, por isso é muito cobiçado. Nosso trabalho de preservar esses ovos é uma questão de amor. Para sensibilizar um idoso é difícil, mas se você começar a trabalhar na base, com as crianças, é muito mais fácil. Então eu tenho trabalhado com eles que não devemos comer, mas preservar”, afirma.
Experiências
Dentre os 253 participantes que acompanharam a soltura dos filhotes estava a dona de casa Ana Lúcia Bentes. “Se não fossem esses projetos, não teríamos mais tracajás. Então, quanto mais comunidades fizerem, melhor vai ser para todos”, acredita.
“É muito lindo ver como isso tem reunido várias instituições. As comunidades, os representantes da própria mineradora e dos outros patrocinadores. Então é possível ver algo maior que qualquer coisa. É o mundo, é ecossistema”, completa a estudante Lene Ferreira.
Segundo Genilda Cunha, coordenadora do projeto Pé-de-Pincha pela MRN, a iniciativa simboliza a união, uma vez que, durante todo o ano, várias partes envolvidas se mobilizam e, de diferentes formas, contribuem para o bom andamento das atividades. “Nessa rede de dedicação, amor e esforço pela conservação do meio ambiente, todos contribuem para um território mais sustentável, uma vida em harmonia com a natureza e um despertar de um olhar diferenciado para o meio ambiente e para os sistemas interligados da biodiversidade”, destaca.
Comunitários participam de seminário sobre segurança de barragens de mineração
Programação faz parte do cronograma de atividades do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração da MRN
Apresentar orientações básicas a serem tomadas em potenciais situações de emergência está entre os objetivos do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM), da Mineração Rio do Norte (MRN). Para tornar essas informações ainda mais acessíveis aos comunitários, a companhia iniciou o cronograma deste ano dos seminários orientativos. Durante a atividade, são apresentados conceitos de barragens e reservatórios, o sistema de monitoramento da empresa, o processo produtivo da bauxita, as características do rejeito, os estudos que foram realizados para definição das áreas de risco (ZAS – Zonas de Autossalvamento) e a legislação vigente. Participam dos seminários orientativos as comunidades Boa Vista, no Alto Trombetas, e Saracá e Boa Nova, no Lago Sapucuá, vizinhas às operações da companhia, sediada no distrito de Porto Trombetas, município de Oriximiná, oeste do Pará.
“Os seminários orientativos do PAEBM, como todos os outros que MRN vem fazendo, é uma maneira de aproximar as comunidades de assuntos relacionados às barragens de mineração, levando informações de maneira clara e transparente, no que se refere ao que nós fazemos, quais os equipamentos e instrumentos que nós utilizamos, quem são os nossos auditores e órgãos que nos fiscalizam”, explica Alexandre Schuler, gerente de Geotecnia da empresa.
Há 16 anos vivendo na comunidade Boa Nova, foi a terceira vez que a professora Edenilza Albuquerque Silva participou da socialização. Para a líder comunitária, os conhecimentos repassados são fundamentais para reforçar o cuidado com a segurança, mesmo em tarefas comuns do dia a dia. “Eu acredito que essas palestras são muito proveitosas. O PAEBM tem várias informações que podemos nos aprofundar e que nos ajudam a decidir o que podemos e não podemos fazer e, mais do que isso, sabermos o que pode acontecer”, afirma.
Na comunidade Saracá, quem participou pela primeira vez do seminário foi a agricultora Silvana Evangelista. Moradora da comunidade há 10 anos, ela conta que os questionamentos dos comunitários foram esclarecidos durante o encontro. “Eu sempre tive dúvidas porque moramos próximo ao lago. Mas, depois da explicação deles de que não há riscos para nós em caso de algum problema, isso nos traz mais conforto e tranquilidade”.
Transparência
As ações dos seminários orientativos e socialização do PAEBM, ou seja, de apresentação de cada detalhe do PAEBM, iniciaram em 2019. De acordo com a analista de Gestão da MRN, Jéssica Costa, as atividades são realizadas nas comunidades mais próximas às operações da empresa. “A participação dos comunitários tem sido muito positiva. As dúvidas e o interesse das comunidades sobre o tema são fundamentais para as discussões”.
Schuler lembra que, embora não existam comunidades vivendo dentro das ZAS, a troca de informações também demonstra o interesse cada vez maior dos comunitários nas tratativas sobre meio ambiente. “Um ponto que vale a atenção é que não temos comunitários vivendo nas áreas das ZAS. Pelas análises que já foram feitas via computador, considerando os cenários mais catastróficos, não há nenhuma comunidade inserida dentro dessas zonas. Mas a preocupação dos comunitários é compreensível. Por isso, nos encontros nosso gerente de Meio Ambiente também apresenta nossos pontos de amostragem de água, por exemplo. Tanto que os comunitários já demonstraram o interesse de fazermos reuniões específicas sobre questões ambientais”, contou.
Mais informação
A MRN dispõe de uma cartilha sobre Barragens e Reservatórios de Rejeito. Nela é possível conhecer a função dessas estruturas e as tecnologias utilizadas pela empresa para o monitoramento que é feito 24h por dia. Os dados de inspeção, monitoramento, operação e manutenção são analisados constantemente por empresa contratada para a Engenharia de Registros (EdR), conforme recomendações da Resolução ANM nº 95/2022 e 130/2023 e do GISTM (Global Industry Standard on Tailings Management – Padrão Global da Indústria sobre a Gestão de Rejeitos).
O PAEBM é um documento técnico que apresenta as ações a serem tomadas em potenciais emergências. Além de anexar os estudos de simulação das rupturas dos reservatórios de rejeitos e barragens da MRN, o plano define as Zonas de Autossalvamento (ZAS). As ZAS são áreas de onde as pessoas devem sair imediatamente no caso de uma emergência de barragem, deslocando-se até os pontos de encontro, que estão fora das zonas de risco, definidos pela Gerência de Barragens em conjunto com seus auditores.
Projetos levam desenvolvimento sustentável para comunidades do Lago Maria Pixi, em Oriximiná
Iniciativas são resultado de um diagnóstico socioeconômico e produtivo realizado na região
O dia a dia na cozinha faz parte da rotina da agente de alimentação escolar Helena Sales Leal. Moradora da comunidade Espírito Santo, município de Oriximiná, oeste do Pará, ela também recorre ao ateliê de artesanato em peças de EVA para garantir uma renda extra. Foi por conta desse interesse que ela resolveu participar das formações ofertadas na comunidade pela Mineração Rio do Norte (MRN), em parceria com a Associação das Comunidades das Glebas Trombetas e Sapucuá (ACOMTAGS), por meio da empresa Florestas Engenharia.
Participam dos projetos as dezenas de famílias divididas entre as comunidades Espírito Santo, São Francisco, São Sebastião e São Tomé, no Lago Maria Pixi. “Eu decidi participar e está sendo maravilhoso. E eu vejo que os projetos ainda prometem muita coisa boa para nossa comunidade”, conta. O objetivo do trabalho é promover o desenvolvimento sustentável em equilíbrio com os saberes locais, estimulando a geração de renda, reflorestamento e segurança alimentar.
As ações foram planejadas a partir de um diagnóstico socioeconômico e produtivo realizado no ano passado, por meio de entrevistas e levantamento de dados. Diretor administrativo da ACOMTAGS, Emerson Carvalho ressalta que a boa relação da entidade com a MRN já soma quase duas décadas, e que tem o desenvolvimento sustentável das comunidades tradicionais com uma meta partilhada por ambas as partes.
“A execução desses projetos após a realização de um diagnóstico é muito positiva, porque leva em consideração os saberes locais. Se você leva um projeto a uma dada comunidade sem que haja um estudo prévio, não há como este ir adiante, porque não considera as habilidades de cada comunitário. Então, nós estamos confiantes nessas iniciativas pensadas de maneira adequada e cremos que teremos resultados satisfatórios, uma vez que o foco são os comunitários”, afirma.
Formação e Apoio Técnico
Durante o mês de fevereiro, foram ofertados cursos sobre Gestão de Propriedade Rural, Criação de Galinha e Produção de Ração e Turismo de Base Comunitária. A agente de alimentação já participou de um dos cursos e, segundo ela, foi bastante proveitoso. “Eu acredito que esses projetos podem resgatar aquilo que tínhamos esquecido, que são as nossas produções de artesanato e da roça, como a mandioca, e aproveitar seus derivados como o tucupi e a tapioca, por exemplo. Nós, enquanto comunidade, lutamos sempre pelo melhor para nossas famílias. Que tenham geração de renda, mas com uma produção que seja valorizada”, destaca Helena.
Em março, as atividades seguem com visitas técnicas, reuniões, cursos de planejamento do Sistema Agroflorestal, Bovinocultura de Corte e Atendimento e Recepção de Clientes. As formações trabalharão de maneira complementar na região por meio dos projetos de Sistemas Agroflorestais (SAFs), Sistema de Integração Criação, Roçado e Florestas (CRF) e Turismo Sustentável de Base Comunitária (TSBC).
Desenvolvimento comunitário
Um dos responsáveis pela formação nas comunidades é o professor Eduardo Lima Gomes, da Universidade Federal do Pará (UFPA), especialista em Desenvolvimento Regional Sustentável, que ministrou o curso de TSBC. Ele destaca que a multiplicidade e a integração entre os cursos permitem aos comunitários não apenas um novo olhar para estratégias de desenvolvimento, mas um sentimento de pertencer. “Os participantes aprenderam diferentes assuntos, como Modelo de Gestão, Negócios Criativos Comunitários, Empreendedorismo, Hospitalidade, Identidade, Acolhimento, Pertencimento e Desenvolvimento Comunitário. Ou seja, atributos necessários para que eles possam desenvolver suas habilidades interpessoais, ou seja, habilidades comportamentais para que eles possam ver o turismo com uma estratégia de desenvolvimento”, pontua.
Baseadas na geração de renda, qualidade de vida e uso sustentável dos recursos naturais, as formações compõem o cronograma de atividades que serão realizadas durante o ano de 2023 nas quatro comunidades. “Essa é mais uma parceria que reforça a importância do nosso diálogo com as comunidades vizinhas às operações da empresa e reitera nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável, que se constrói também por meio de compromisso como o que temos ao lado da ACOMTAGS, por exemplo”, comenta Claudia Belchior, gerente do Departamento de Relações Comunitárias da MRN.
No Dia Internacional da Mulher, bate-papo discute empoderamento feminino no Norte do país
Realizado pelo programa MRN pra Todos, o evento contou com a participação da criadora de conteúdo Dina Carmona
Uma revolução que começa de dentro para fora. Essa foi uma das abordagens do bate-papo online realizado pela Mineração Rio do Norte (MRN), neste 08 de março, Dia Internacional da Mulher. Além do marco para celebrar a data, o evento celebrou os dois anos do MRN pra Todos, programa de diversidade e inclusão (D&I) da empresa. Com a palavra, a publicitária paraense e criadora de conteúdo Dina Carmona, que discorreu sobre o tema “Síndrome da Impostora”.
“É uma discussão importante porque é um assunto muito novo. Se fala muito de diversidade e nunca das nortistas, então estamos nos descobrindo como mulheres nortistas e amazônidas, mudando algumas crenças e mentalidades que nos ensinaram lá atrás. Quando a mulher se empodera, ela consegue atingir seu potencial”, destacou a publicitária.
Durante o bate-papo, Dina compartilhou aprendizados obtidos com vivências desde a infância e como isso tem lhe estimulado a inspirar outras mulheres a manter o foco e a realizar sonhos e objetivos. “Eu cheguei à conclusão de que tudo na vida tem um propósito. Tenho certeza de que todas aqui têm uma cicatriz, uma história. O que nós precisamos é abrir o coração”, afirmou.
Ao tratar sobre a Síndrome da Impostora, a palestrante destacou que a educação de muitas mulheres ainda é permeada pela subserviência, o que tem feito com que elas silenciem suas forças. “É fundamental responder ‘qual é a sua armadura?’ e reconhecer a força que vem das suas raízes. Aí destaco novamente a necessidade dessas discussões. Por isso deixo aqui meus parabéns à MRN pelo Programa MRN pra Todos por estimular esses espaços”.
Perspectivas
Para o analista de Controle Ambiental Orlando Caetano da MRN, a imposição da sociedade às mulheres ainda é presente, mas, segundo ele, estamos, aos poucos, caminhando de maneira positiva. “O machismo estrutural hoje é observado até de maneira inconsciente. Essas iniciativas são uma oportunidade de repensarmos nossa postura na família, no trabalho e na sociedade. Esse espaço que a empresa nos oportuniza também é uma iniciativa de educação”, garante.
O diretor de Finanças e Administração Fernando Trabuco lembrou que o Dia da Mulher é todos os dias, mas que a data é fundamental na luta por igualdade de gênero. “Não adianta ter várias mulheres dentro uma empresa se elas não ocuparem posições de liderança também. A MRN vem crescendo nessa linha. Há cinco anos, elas eram apena 6% e fechamos 2022 com quase 12%. E nosso planejamento estratégico para os próximo cinco anos indica o nosso desejo de chegarmos a 22,5%”, revela.
Identidade
Analista de RH, Ilaíse Almeida Silva disse que ficou muito contente com a discussão, principalmente, pelo fato de se ter uma convidada da região, que mostra que é possível levantar bandeiras, mas resguardando histórias, culturas e raízes. “Precisamos nos unir e nos valorizar. Fiquei feliz demais de ouvir o sotaque da Dina e ver que nós temos força. Quantas e quantas vezes somos julgadas pelo nosso sotaque. Mas somos do Norte e com muito orgulho”, afirmou.
Mulheres nortistas em pauta
Paraense, Dina Carmona é publicitária e criadora de conteúdo desde 2010. Natural de Belém do Pará, começou a encabeçar projetos nas redes sociais para aproximar a diversidade do Norte do país ao restante do Brasil, desde a cultura e biodiversidade aos povos que habitam a região. Defende em seus diálogos a representatividade e o empoderamento das mulheres nortistas. Apresenta o podcast Papo no Tucupi, no qual dá protagonismo ao povo e temas da Amazônia.
MRN realiza reuniões prévias com comunidades sobre projeto de continuidade operacional
O Projeto Novas Minas, em processo de licenciamento ambiental, vai garantir a produção sustentável de bauxita em mais 15 anos no oeste do Pará
A Mineração Rio do Norte (MRN) está realizando reuniões prévias com comunidades para levar informações sobre o Projeto Novas Minas (PNM), empreendimento de continuidade operacional que está em fase de licenciamento junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Durante esses encontros, os comunitários têm a oportunidade de conhecer a atuação da empresa, ações de responsabilidade social e ambiental, o ciclo de produção de bauxita e como as alterações tecnológicas do PNM refletem em atividades ainda mais sustentáveis. As reuniões prévias são fundamentais para que os comunitários possam esclarecer dúvidas, contribuir com sugestões e conhecer o detalhamento dos planos e programas que a MRN está elaborando para mitigar os impactos ambientais provenientes do PNM.
Representantes da MRN que fazem parte de áreas técnicas, ambientais e de relacionamento com as comunidades participam da agenda. “As reuniões são uma oportunidade para os comunitários sanarem as dúvidas em relação ao PNM e as atividades desenvolvidas pela empresa”, explica Jéssica Naime, gerente geral de Relações Comunitárias da MRN.
O diretor de Sustentabilidade e Jurídico da companhia, Vladimir Moreira, destaca que as reuniões prévias reforçam o diálogo e a transparência que a empresa tem consolidado com as comunidades. “A MRN entende que cada detalhe do projeto precisa ser mostrado e amplamente discutido com a sociedade civil antes mesmo das audiências púbicas, de forma a qualificar as discussões, obter contribuições e entender as expectativas desses grupos, e isso tem se dado de forma muito abrangente e positiva por meio da realização das reuniões prévias. Embora elas não estejam entre as exigências legais, tomamos a iniciativa de promovê-las, pois entendemos que essa é a melhor maneira de comunicarmos diretamente com cada uma das comunidades, independentemente da existência de impactos sobre elas. Afinal, é uma forma muito eficaz de explicar o projeto, consultá-las, ouvi-las e considerar suas ponderações e sugestões em nossas ações”, pontua.
Com investimento de mais de R$ 900 milhões, o PNM assegurará a continuidade da produção de bauxita na região, matéria-prima para a produção de alumínio, um metal essencial para diferentes segmentos, como os setores automotivo, aviação, construção civil e indústria de alimentos. Uma das etapas do processo de licenciamento são as audiências públicas, que deverão ser convocadas pelo Ibama. A expectativa é de que elas sejam realizadas no primeiro semestre deste ano. Por meio das audiências, a sociedade, de forma ampla, irá conhecer e discutir o conteúdo dos estudos ambientais elaborados por consultoria independente.
Relacionamento
Durante as reuniões prévias, são distribuídos exemplares do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) e outros materiais informativos que, a partir de linguagem didática, apresenta informações sobre o projeto. “Mensalmente, nós recebemos visitas de comunitários que moram nas proximidades do empreendimento e, com o PNM, não vai ser diferente. Então, iniciamos esse contato prévio justamente para estreitar os laços e mostrar a essas comunidades a importância de um diálogo aberto e transparente”, destaca Jéssica Naime.
Para o comunitário Josimar Silva Guimarães, os esclarecimentos levados para a comunidade, o Jamari, foram essenciais. Casado e pai de três filhos, ele conta que as iniciativas educacionais da companhia foram as que mais lhe chamaram a atenção. “A formação deles é o mais importante para mim. Esse projeto não apenas passará pela área da nossa comunidade, mas também pela vida de quem mora aqui. Por isso reforçamos o pedido para que a MRN tenha um olhar cuidadoso para essa questão”, comenta.
A agricultora Eliane Pereira Rocha também conheceu em detalhes as operações da MRN. De acordo com a moradora, que também é líder da comunidade Nascimento, localizada em Terra Santa, abrir espaços de diálogo para as comunidades tirarem dúvidas sobre o projeto é fundamental para o fortalecimento de uma relação de confiança. “Esperamos que novas reuniões sejam feitas para que possamos tirar as dúvidas que poderão surgir”, ressalta.
Transparência
A MRN colocou em curso estratégias para tornar as informações técnicas do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) ainda mais acessíveis e transparentes. A empresa busca fazer uma ampla comunicação do projeto para seus diferentes públicos de relacionamento e a sociedade em geral, desde a produção de materiais digitais e impressos, como folders, cartilhas, informativos e áudios semanais, à implementação de importantes canais de diálogo, como o aplicativo de mensagens instantâneas exclusivo para o PNM e o hotsite, que detalha os investimentos e as fases do empreendimento.
“Uma das principais dúvidas em relação ao Projeto Novas Minas é se ele é um projeto de expansão. Embora estejamos falando de novos platôs, queremos ressaltar que a estrutura que já temos continuará em uso. Não é produzir mais, mas seguir fazendo o que fazemos de uma forma ainda melhor. Nós acreditamos em uma comunicação visual e tátil, por isso elaboramos diferentes peças e canais para que a sociedade possa esclarecer suas dúvidas. Tudo isso pensado e discutido de maneira sinérgica com todas as áreas da empresa”, ressalta Karen Gatti, gerente geral de Comunicação da MRN.
Futuro
O Projeto Novas Minas prevê a mineração de cinco novos platôs: Rebolado, Escalante, Jamari, Barone e Cruz Alta Leste, resultando no prolongamento das atividades da MRN em mais 15 anos, de 2027 a 2042, o que vai contribuir para a manutenção e criação de novos postos de trabalho. Com o projeto, além da geração de divisas e tributos para os municípios de Oriximiná e Terra Santa, a cidade de Faro também receberá recursos decorrentes da atividade mineral.
O PNM também significa a continuação dos projetos de reponsabilidade social e ações ambientais. Atualmente, a empresa desenvolve mais de 60 iniciativas socioambientais, que beneficiam mais de 100 mil pessoas da região, como as comunidades quilombolas e ribeirinhas.
“Apresentamos também o maior diferencial sustentável desse projeto, o Método de Disposição de Rejeito Seco em Cava. Após seco, o rejeito, que é composto por água e solo, sem incremento de aditivos químicos, retorna para cava de onde o solo foi retirado. Isso traz um ganho sustentável significativo para nossas operações, pois possibilita reutilizar os reservatórios que nós já temos, evitando supressão vegetal para construção de novos. Além disso, auxilia na restauração florestal de áreas já mineradas e é uma tecnologia alinhada às melhores práticas internacionais, o que reforça o compromisso da MRN com segurança e sustentabilidade”, ressalta Vladimir.
MRN recebe certificação da ASI no padrão Cadeia de Custódia em todo processo produtivo
A conquista também se estende à recertificação no padrão de Performance. Com os selos, a empresa atesta o compromisso de práticas responsáveis de mineração de bauxita na Amazônia.
Uma mineradora em constante evolução. É assim que a Mineração Rio do Norte (MRN) avalia as mais de quatro décadas de produção de bauxita na Amazônia. Promoção do desenvolvimento conectada à sustentabilidade que recebe, pelo segundo ano consecutivo, o selo da Aluminium Stewardship Initiative (ASI) no padrão Performance Standard. Em adição, a empresa conquistou, em 2023, um reconhecimento inédito: o selo ASI no padrão de Cadeia de Custódia (CoC). A certificação é a única iniciativa global de sustentabilidade voluntária abrangente para a cadeia de valor do alumínio, da qual a bauxita faz parte.
O processo de auditoria independente foi realizado pelo organismo internacional de certificação Bureau Veritas Certification (BVC), que teve a participação de Cameron Jones, como testemunha da própria ASI. Para atender aos critérios da Cadeia de Custódia (CoC) e a manutenção da certificação ASI Padrão Performance, a MRN, por meio das gerências de Gestão de Desempenho e Risco, Planejamento e Produção, Vendas, Financeiro e Embarque, se mobilizou para definir os procedimentos em consonância com os processos atuais da empresa, garantindo a contabilização das tonelagens de bauxita desde as áreas lavradas até o embarque.
“A ASI criou a certificação da Cadeia de Custódia (CoC) para promover empresas na cadeia de valor do alumínio que desejam fornecer aos seus clientes uma produção responsável de alumínio. Com esta certificação, a MRN fornece garantia reconhecível para seus públicos de relacionamento em relação a um padrão conhecido, o que agrega valor à bauxita produzida pela empresa no oeste paraense”, explica Wvagno Ferreira, Gerente Geral de Desempenho e Risco de Negócio da MRN.
O padrão ASI é amparado nos princípios ESG (Environmental, Social and Governance ou Ambiental, Social e Governança, em tradução livre). Baseada nesses princípios, a MRN tem implementado diversas iniciativas voltadas ao capital humano, como o Ciclo Integrado de Pessoas e o Programa de Sucessores que reforçam o compromisso com o desenvolvimento de empregados em todos os níveis, por meio de análise de competências e o aprimoramento de habilidades, e o Programa MRN Pra Todos, implantado em março de 2021, para a estruturação de uma empresa mais diversa, inclusiva e equitativa, com o objetivo de garantir maior representatividade, incentivar e valorizar a participação de talentos diversos, como mulheres, negros e pessoas com deficiência. Atualmente, a MRN ocupa a 40ª posição entre as 100 melhores empresas para se trabalhar no ramo da indústria, segundo o ranking do Great Place To Work (GPTW).
Investimento socioambiental
A MRN investe em iniciativas voltadas ao desenvolvimento social e conta com uma auditoria que integra os diversos grupos de relacionamento da empresa, a Devida Diligência dos Direitos Humanos. Dentre as iniciativas socioambientais, além da sólida cultura de segurança, a MRN investe na qualidade da água da região, bem como em ações de reflorestamento. Só em 2021, mais de 8 mil atendimentos médicos foram realizados nos territórios vizinhos à sede da MRN.
Para Guido Germani, CEO da empresa, o recebimento da certificação mostra que a MRN continua acompanhando as transformações do mercado e da sociedade, além dos fatores fundamentais para o desenvolvimento sustentável na Amazônia. “Estamos em busca contínua pelas melhores práticas socioambientais. O cuidado que temos com a empresa também se estende ao meio ambiente e às pessoas, incluindo nossos empregados e as comunidades vizinhas. A certificação é resultado desse compromisso diário”, garante.
Qualidade na gestão
Com a certificação ASI CoC, a empresa atesta o compromisso de práticas responsáveis de mineração de bauxita e, por isso, passará a emitir para os seus clientes o documento intitulado de Bauxite Certificate (Certificado da Bauxita). “A MRN também passará a reportar anualmente, por meio da Gerência de Gestão de Desempenho e Risco, o levantamento das tonelagens de bauxita produzidas na Amazônia”, detalha Wvagno Ferreira.
A aplicação dos critérios de mineração sustentável comprova a viabilidade do Projeto Novas Minas (PNM), por meio da manutenção dos sistemas de gestão, controles ambientais, sociais e de segurança, bem como da política de gestão integrada, consolidando a empresa como uma referência de sustentabilidade no setor mineral.
Padrão Cadeia de Custódia (ASI-CoC)
Diferente da Certificação no Padrão de Performance, na qual há 11 critérios de avaliação, incluindo atividades de planejamento, mineração, transporte, beneficiamento de minério e embarque de bauxita, o Padrão de Custódia é aplicado por meio de 5 critérios, com foco na rastreabilidade dos processos, da extração de bauxita até o embarque.
A ASI é uma organização sem fins lucrativos que estabelece e certifica padrões para a cadeia de valores do alumínio. Com a visão de maximizar a contribuição do alumínio para uma sociedade sustentável, a ASI tem a missão de reconhecer e trabalhar para promover, de maneira colaborativa, a produção, o fornecimento e a administração responsáveis do alumínio.