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MRN abre as portas de suas operações para coletores de sementes do Oeste do Pará
Os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer as ações socioambientais da empresa na Amazônia
Reforçando o compromisso de diálogo aberto com as comunidades e transparência em suas operações, a Mineração Rio do Norte (MRN) recebeu, na última semana, em suas instalações no distrito de Porto Trombetas, a visita de coletores de sementes das Comunidades Boa Nova e Saracá, pertencentes ao município de Oriximiná (PA). Os participantes integram o curso de formação de coletores de sementes nativas do Brasil, em parceria da MRN com o Redário, uma articulação de redes e grupos de coletores de sementes do Brasil. A iniciativa tem o objetivo de profissionalizar a coleta de sementes nativas, capacitando os participantes em técnicas de coleta, beneficiamento, armazenamento, ampliação e comercialização.
Os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer todo o fluxo operacional e o processo de reflorestamento desenvolvido pela MRN por meio de sua mineração sustentável no coração da Amazônia. Os participantes também puderam acompanhar de perto o processo de aquisição e destinação das sementes pela MRN. "O que mais chamou a minha atenção foi o Horto e a área de reflorestamento. Eu nunca tinha visto e não sabia que era desse jeito”, disse Maria Isabel Miranda, moradora da comunidade Boa Nova e uma das alunas do curso de coletores Rede de Sementes.
Maria, que começou nesta atividade recentemente, também destacou que a prática de coleta de sementes é desenvolvida na família dela há gerações. “Pela primeira vez que eu estou colhendo, não é fácil, mas para mim é bem legal. Meu pai foi morador há muitos anos na comunidade e dizia os nomes das sementes, mas eu nunca tinha visto como era. É um processo muito interessante", completou.
As sementes são compradas diretamente dos moradores e processadas no Viveiro Florestal da MRN, que os visitantes também tiveram a oportunidade de conhecer, e que conta com o trabalho de técnicos da empresa e comunitários. Apenas em 2023, 4,8 toneladas de sementes foram adquiridas diretamente dos moradores, gerando renda para as comunidades e fortalecendo o diálogo com a empresa. Depois de preparadas, elas são colocadas em sementeiras até germinarem. Em seguida, são transplantadas em recipientes individuais, recebendo cuidados até estarem prontas para o plantio.
Esse processo chamou a atenção do morador da comunidade Saracá, Gilierme da Silva, que ficou feliz em ver que sua atividade de coleta de sementes contribui para o processo de reflorestamento da região. "A gente consegue ver o resultado do que estamos fazendo no curso e tudo o que está sendo reflorestado. É bom a gente saber para onde elas (as sementes) vão e como estão sendo usadas. Como eu sou jovem, eu já imagino que daqui um tempo tudo isso vai estar reflorestado por elas", afirmou.
O curso de formação de coletores de sementes nativas é desenvolvido em parceria com a Cooperativa de Produtores Rurais do Observatório Ambiental Jirau (Coopprojirau), Associação das Comunidades das Glebas Trombetas e Sapucuá (ACOMTAGS) e do Redário, uma articulação de redes e grupos de coletores de sementes do Brasil. Cerca de 80 comunitários participam das atividades que terá a duração de 1 ano e tem o foco na profissionalização e na conquista de espaço no mercado para as sementes certificadas da comunidade.
A MRN mantém as portas abertas para as comunidades próximas por meio do Programa de Visitas, uma iniciativa que busca fortalecer o relacionamento com comunidades quilombolas e ribeirinhas, além de reforçar a transparência e o compromisso da empresa com uma mineração sustentável. Durante as programações, os comunitários recebem, ainda, orientações quanto ao Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM) da empresa.
“Com essa visita, tornamos nossas atividades mais transparentes e mostramos para as comunidades o destino das sementes que eles coletam, mantendo um diálogo aberto com os comunitários, dando a oportunidade de conhecer e sugerir melhorias em nossos processos”, disse o analista de Relações Comunitárias da MRN, Lenilton de Jesus.
Atendimento médico itinerante leva saúde e esperança às comunidades quilombolas do Oeste do Pará
Iniciativa faz parte do Projeto Quilombo, desenvolvido pela Mineração Rio do Norte, que oferece serviços primários às localidades mais remotas
Moradores quilombolas de comunidades localizadas na região Oeste do Pará receberam uma importante iniciativa de saúde. Trata-se do Projeto Quilombo, desenvolvido pela Mineração Rio do Norte (MRN), que realiza, periodicamente, atividades de saúde em comunidades em sua região de atuação. Nas últimas semanas de março, a equipe médica do projeto esteve no território quilombola Alto Trombetas 1, prestando atendimento às comunidades polo do Abuí, Tapagem e Sagrado Coração de Jesus, as primeiras a receberem os serviços itinerantes, desta campanha.
Com a participação ativa de médicos do Hospital de Porto Trombetas (HPTR), a iniciativa não só promove a saúde preventiva, como também estabelece uma conexão com essas comunidades fortalecendo a relação com a MRN. A equipe do Projeto Quilombo conta com clínico geral e especialistas, além de enfermeiros, farmacêuticos e técnicos de enfermagem. Entre os serviços oferecidos estão consultas médicas, exames laboratoriais, palestras educativas sobre saúde e distribuição de medicamentos.
Em meio aos recursos limitados e à distância dos centros urbanos, a moradora Rosineide Silvério comemorou o fato de não precisar ir até a cidade em busca de atendimento. “Antes a gente tinha que ir para Oriximiná e agora está muito bom. O projeto deixa muitos benefícios para a gente, como a entrega de remédios”, disse.
A diminuição das distâncias para o atendimento médico também foi destacada pelo morador da comunidade Sagrado Coração de Jesus, Lucivano Silvério dos Santos, que expressou o alívio em ter acesso aos cuidados de saúde adequados. “Todos foram atenciosos com a gente", afirmou.
Adelino Figueiredo, morador e coordenador da Comunidade Abuí, enfatizou a relevância do atendimento. “Eu creio que o Projeto Quilombo ajuda na demanda da comunidade e isso, para nós, é uma prioridade. Há tempos eu vinha pensando em fazer um exame e nunca dava certo. A equipe do projeto veio preparada e eu passei por todos que tinham”, comentou.
A MRN trabalha na reestruturação do Projeto Quilombo desde o ano de 2022. Genilda Cunha, coordenadora do Programa de Educação Socioambiental da MRN, destacou a busca por uma equipe multidisciplinar sensível às demandas das comunidades nesta nova fase do projeto. “Temos a preocupação em levar serviços que atendam às necessidades dos moradores. Como parte do processo de melhoria dos serviços do projeto está a realização de exames dentro das comunidades, inclusão de serviços sociais, inclusão de um médico especialista e o aperfeiçoamento das palestras educativas, aprimorando o nosso processo de atendimento e melhorando constantemente nossos serviços de saúde”, relatou.
A ação também se destaca pela abordagem inclusiva e abrangente, é o que afirma Larissa Gonçalves, coordenadora do projeto. “Estamos em uma época de chuvas, mas isso não nos impediu de levar esse atendimento especializado às comunidades. Pelo fato de a maioria não conseguir acesso ao hospital, trazemos todo o material necessário para realizar o atendimento de forma adequada e da melhor maneira possível", explicou.
Em um cenário onde a saúde, muitas vezes, é um luxo, Alessandro Montuori, da diretoria do Hospital de Porto Trombetas, ressaltou a parceria com a MRN para o desenvolvimento dos trabalhos do Projeto Quilombo. “Essa é uma iniciativa de saúde preventiva. É como se deve fazer saúde, não deixando as pessoas adoecerem. Essa parceria é lógica porque temos uma equipe de saúde completa no HPTR e vamos usar essa estrutura para oferecer um serviço em diversas especialidades. Abrimos uma gama maior de opções de atendimento de saúde e uma estrutura para levar até as comunidades”, disse.
MRN destaca compromisso com sustentabilidade e inovação no 9º Congresso Internacional do Alumínio
Evento vai envolver diversos representantes da indústria para discutir o futuro do setor
Nesta terça e quarta-feira (9/04 e 10/04), a cidade de São Paulo será a sede do 9º Congresso Internacional do Alumínio, promovido pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL). O evento, que reunirá líderes empresariais, especialistas, acadêmicos e representantes governamentais, visa explorar as últimas tendências e avanços tecnológicos na indústria do alumínio. A Mineração Rio do Norte (MRN) é uma das patrocinadoras do evento que vai discutir os principais desafios e assuntos do setor.
Entre os temas debatidos nesta edição estão a transição energética de baixo carbono, inovação tecnológica e a expansão do uso do alumínio em diversas indústrias - assuntos em que a MRN se destaca com o seu modelo de mineração sustentável na Amazônia e o trabalho desenvolvido no beneficiamento da bauxita, principal fonte de alumínio.
“O Congresso Internacional do Alumínio é o ambiente ideal para abordar temas extremamente importantes para o setor na atualidade. Também será uma oportunidade para ouvir todos que são protagonistas no setor, das cadeias produtivas aos consumidores, passando por governos e formadores de opinião”, afirma Vladimir Moreira, diretor de Sustentabilidade e Jurídico da MRN.
A empresa também estará envolvida em debates e compartilhará as experiências bem-sucedidas com a mineração sustentável, responsabilidade social corporativa e inovação tecnológica. Uma das mesas de discussão terá o tema “Exemplos de mineração responsável que contribuem para a conservação de biomas sensíveis e manutenção da Floresta Intacta”, em que a MRN apresentará as soluções para a preservação e restauração por meio do Programa de Recuperação de Áreas Mineradas, iniciativa que reflorestou 320,60 hectares e possibilitou, ainda, a plantação de 396.440 mudas, de 88 espécies arbóreas nativas, como Andiroba, Castanha do Pará, Copaíba, Cumaru e Itaúba. Tudo isso apenas em 2023.
O segundo debate que contará com a participação da empresa será “Conectando sucesso corporativo com progresso social através da construção de legados e geração de valor compartilhado”, abordando iniciativas voltadas ao desenvolvimento econômico das comunidades. Uma das ações nesta área desenvolvida pela MRN é o curso de “Rede de Sementes”, que iniciou este ano nas comunidades Saracá e Boa Nova, no município de Oriximiná, e que conta com a participação de cerca de 80 moradores. Os participantes são capacitados em técnicas de coleta, beneficiamento, armazenamento, ampliação e comercialização, ampliando o potencial de produção, diversificando os compradores e inserindo-os no mercado nacional de sementes.
“Sem dúvidas teremos grandes debates sobre o potencial do alumínio e a busca por um futuro mais sustentável para o setor. A participação da MRN no Congresso Internacional do Alumínio destaca o nosso compromisso em ir além das obrigações cumpridas de forma integral. Esperamos deixar no evento um legado social e ambiental, destacando a todos a importância de contribuir com a conservação dos locais onde a mineração atua”, completou Moreira.
O desenvolvimento de novas matrizes energéticas também será abordado no evento. Acompanhando este importante movimento, a MRN assinou recentemente um Memorando de Entendimento (MoU) com a Companhia de Gás do Pará, buscando avaliar o uso de gás natural em seu empreendimento e reduzir a dependência do Óleo Combustível OCA1, optando por uma alternativa que sugere potencialmente maior eficiência, estabilidade e garantia operacional, alinhada às melhores práticas do mercado. A ações como esta garantem o reconhecimento da empresa que, no mês passado, foi certificada pela ASI (Aluminium Stewardship Initiative) com os selos Padrão de Performance e Cadeia de Custódia (CoC), a única iniciativa global de sustentabilidade voluntária abrangente para a cadeia de valor do alumínio, da qual a bauxita faz parte.
Serviço - 9º Congresso Internacional do Alumínio
Data: 09/04 e 10/04.
Local: Hotel Unique – São Paulo (SP).
Site: www.congressoaluminio.com.br.
MRN mantém certificação ASI e reforça compromisso com práticas sustentáveis de mineração na Amazônia
Auditoria independente consolida a empresa como uma referência na gestão ambiental, social, governança e segurança, para manter a sustentabilidade no setor mineral
A Mineração Rio do Norte (MRN), empresa que atua com uma operação sustentável de bauxita na região Oeste do Pará, recebeu mais um importante reconhecimento no setor de mineração. A Companhia manteve as certificações da Aluminium Stewardship Initiative (ASI) no Padrão de Desempenho e de Cadeia de Custódia (CoC) e confirmam as práticas de gestão da empresa baseadas nos princípios do ESG (Environmental, Social and Governance ou Ambiental, Social e Governança, em tradução livre). A certificação ASI é a única iniciativa global de sustentabilidade voluntária para a cadeia de valor do alumínio, da qual a bauxita faz parte.
O processo ocorreu após auditoria independente realizada pelo organismo internacional de certificação Bureau Veritas Certification (BVC). Foram levados em consideração 11 requisitos da ASI performance e 05 requisitos da ASI Cadeia de Custódia, que avaliam áreas como governança, meio ambiente, social, gestão, riscos, produção e outros. A MRN possui um sistema integrado de gestão que abrange, de forma transversal, todas as áreas e processos da empresa, sendo este coordenado pela gerência de Gestão de Desempenho e Risco e suporte de áreas como: Compliance, Produção, Ambiental, Segurança, Relação com Comunidades, Infraestrutura, Vendas, Financeiro e Embarque.
"O compromisso da MRN com a sustentabilidade é evidenciado pela busca ativa e conquista do Padrão de Desempenho da ASI. Única iniciativa global da indústria do alumínio. Nossa certificação reflete os sólidos princípios ambientais, sociais e de governança que permeiam toda a cadeia de valor do alumínio, atendendo às demandas de clientes que valorizam a responsabilidade e a excelência sustentável", afirma o gerente-geral de Desempenho e Risco da empresa, Wvagno Ferreira.
Para Guido Germani, diretor-presidente da MRN, a manutenção das certificações demonstra o comprometimento da empresa com o desenvolvimento de uma mineração sustentável e responsável na Amazônia. "Persistimos na busca constante das melhores práticas socioambientais existentes. A manutenção das certificações é a concretização desse compromisso cotidiano e do zelo que dedicamos à empresa, que se estende igualmente ao meio ambiente e às pessoas, abrangendo nossos empregados e as comunidades vizinhas", assegura.
O Padrão de Desempenho ASI estabelece 11 requisitos para atender aos três pilares de sustentabilidade: Meio Ambiente, Social e Governança. Em todas essas dimensões são abordadas questões-chave, como biodiversidade, liderança, políticas de gestão, transparência, recursos hídricos, compromissos com povos indígenas, direitos humanos/trabalhistas e emissões de gases de efeito estufa, dentre outros.
Já o Padrão de Cadeia de Custódia é aplicado por meio de 5 requisitos, com foco na rastreabilidade dos processos desde a extração de bauxita até o embarque.
A ASI é uma organização sem fins lucrativos que estabelece e certifica padrões para a cadeia de valores do alumínio. Com a visão de maximizar a contribuição do alumínio para uma sociedade sustentável, a ASI tem a missão de confiança e trabalhar para promover, de maneira colaborativa, a produção, o fornecido e os responsáveis do alumínio.
Comunidades de Oriximiná se profissionalizam na coleta de sementes nativas
Curso promovido pela MRN capacita moradores e impulsiona a geração de renda aliada à sustentabilidade
Uma nova oportunidade de geração de renda está florescendo nas comunidades Saracá e Boa Nova no Lago do Sapucuá, no município de Oriximiná, região Oeste do Pará. Cerca de 80 comunitários participam do curso “Rede de Sementes”, uma iniciativa da Mineração Rio do Norte (MRN), em parceria com a Cooperativa de Produtores Rurais do Observatório Ambiental Jirau (Coopprojirau), Associação das Comunidades das Glebas Trombetas e Sapucuá (ACOMTAGS) e do Redário, uma articulação de redes e grupos de coletores de sementes do Brasil.
O objetivo é profissionalizar a coleta de sementes nativas, capacitando os participantes em técnicas de coleta, beneficiamento, armazenamento, ampliação e comercialização. A MRN já compra sementes das comunidades, mas a parceria visa ampliar o potencial de produção, diversificar os compradores, inserir os coletores no mercado nacional de sementes e fortalecer a ACOMTAGS, promovendo a preservação ambiental.
Com duração de um ano, o curso será ministrado em quatro módulos, com foco na profissionalização e na conquista de espaço no mercado para as sementes certificadas da comunidade. Darlene dos Santos, de 18 anos, é moradora da comunidade Saracá e uma das participantes da iniciativa em busca de oportunidades. “Eu quero aprender, por meio do curso, a administrar as sementes, incluindo como vender e como conseguir os recursos para um dia, quem sabe, ser uma produtora rural. Eu resolvi participar para poder ganhar meu dinheiro com as sementes que eu vou colher”, diz.
Com o avanço das atividades de qualificação, o líder da comunidade Saracá, Antônio Joercio da Silva, espera por melhorias e maior geração de renda entre os moradores. “Com a tecnologia, a gente tem que aprender muita coisa. Tem que ser moderno. Se a gente for como era antigamente, fica para trás. A gente vai aprender mais e passar tudo o que foi ensinado para as pessoas que não estão aqui e melhorar nossos produtos”, destacou.
Para o diretor administrativo da ACOMTAGS, Emerson Carvalho da Silva, a atividade desenvolvida em parceria com a MRN atende a uma necessidade de profissionalização. “A gente vem conversando desde o ano passado com a empresa e com as comunidades. Esse curso de formação, que abrange todos os coletores da semente, é importante. E esperamos fortalecer a nossa parceria com as comunidades e a MRN para a melhoria de vida de todas essas famílias. Que a gente possa vender não só para a MRN, mas vender para outros lugares do Brasil e até, quem sabe, para fora do país”, ressaltou.
A Coopprojirau será uma das executoras do curso que será desenvolvido ao longo de 2024. A diretora-presidente da entidade, Sandra Vicentini, detalha os objetivos das atividades. “Esperamos empoderar as comunidades e promover uma capacitação para que todos estejam prontos para o mercado, atuando na geração de renda e estruturação de toda a cadeia de produção e beneficiamento de sementes, principalmente no controle de qualidade ", explica.
Eduardo Campos Filho, representante do grupo Redário, destaca a sustentabilidade da iniciativa. “O objetivo desse curso é profissionalizar essa atividade de coleta de sementes nativas que essa comunidade já faz há 12 anos, motivada pela MRN e que agora, na perspectiva de restauração, é a oportunidade desse grupo se qualificar e conquistar um espaço nesse mercado. Esse curso vai abordar todas as etapas necessárias e fundamentais para ingressar se com uma semente certificada no mercado”, afirma.
Para Claudia Belchior, gerente de Relações Comunitárias e Responsabilidade Social Corporativa da MRN, a iniciativa demonstra o compromisso da empresa com o desenvolvimento local e a sustentabilidade ambiental, em parceria com as comunidades e organizações da região. “Esse projeto vai trazer para a MRN uma grande virada de chave, que é a abertura de novos mercados por meio da formação de uma rede de coletores de sementes. Vamos fortalecer um trabalho que já é feito há vários anos e ampliar esse mercado. Nossa intenção é que, a partir do fortalecimento do projeto no Boa Nova e no Saracá, a gente abra oportunidades para outras comunidades. Percebemos que a demanda por sementes, tanto para outras empresas ou até com a questão dos créditos de carbono, já está estabelecida nacionalmente”, declara.
Cerca de 3 mil filhotes de quelônios retornam à natureza em Oriximiná
O Programa Quelônios do Rio Trombetas estimula a conservação da biodiversidade e conta com o apoio da MRN e comunitários voluntários
A Praia do Capitari, no Lago Erepecú, em Oriximiná (PA), foi palco de um momento emocionante na última semana: a soltura de cerca de 3 mil filhotes de quelônios na natureza. A iniciativa faz parte do Programa Quelônios do Rio Trombetas (PQT), coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em parceria com a Mineração Rio do Norte (MRN), Instituto Ipê e comunidades quilombolas do Alto Trombetas. O evento simbólico marca o retorno dos filhotes às águas após meses de cuidado e proteção. Desde a coleta dos ovos nas praias de desova até a soltura dos animais, o PQT acompanha de perto o ciclo de vida dos quelônios, garantindo a perpetuação das espécies na região.
A iniciativa é desenvolvida ao longo de todo o ano e conta com a participação de famílias de comunidades locais, que atuam como voluntários na proteção dos ninhos, na coleta dos ovos e na soltura dos filhotes. Essa participação é fundamental para o sucesso do programa, pois garante a integração da comunidade às ações de preservação ambiental.
Entre os participantes está Raimundo Dias Barbosa, de 77 anos, que é voluntário desde o começo da iniciativa e acompanha de perto a evolução do programa. “Esse projeto foi criado em 2003, no Lago Erepecú. Começamos com a soltura de 3 mil a 4 mil quelônios e, no ano passado, mesmo ainda não fechando os dados, sei que foram cerca de 35 mil tracajás soltos. Antigamente, não tínhamos tantos tracajás como temos hoje e a desova a cada ano sobe. Essa é uma razão de estar todo ano ajudando e beneficiando a nossa comunidade”, afirmou.
Dulcinea de Jesus Barbosa, de 68 anos, também é voluntária do programa e relata sua motivação para participar. “A gente quer ver o bem-estar da comunidade. Aceitamos a proposta de cuidar dos quelônios para ajudar a natureza. Amamos a comunidade e os animais que vivem por lá. Me sinto feliz em cuidar da natureza”, disse.
Mais de 40 anos de compromisso com a preservação
O PQT atua há mais de 40 anos na região. Criada no início dos anos 80 para conservar a maior área de reprodução da tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa), a iniciativa era chamada de “Quelônios Amazônicos”, conduzida na época pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF) e, posteriormente, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA). O programa contribuiu para manter a sobrevivência dessa espécie de quelônio aquático na Reserva Biológica do Rio Trombetas (Rebio Trombetas), criada em 1979 para reforçar este trabalho de conservação.
Entre os anos de 2003 e 2004, o trabalho precisou ser ampliado e passou a ser chamado de Programa Quelônios do Rio Trombetas (PQT), recebendo importante apoio da MRN, além de contar com a presença de voluntários, formados por moradores locais, que também atuam na conservação de três espécies de quelônios aquáticos nas regiões do Alto Rio Trombetas e Lago Erepecú: tartaruga-da-amazônia, tracajá (Podocnemis unifilis) e pitiú (Podocnemis sextuberculata). Por meio de ações de manejo, monitoramento e proteção, o PQT contribui para a preservação da fauna local e para o desenvolvimento sustentável da região. A partir de 2007, o PQT passou a ser desenvolvido pelo ICMBio, órgão do MMA responsável pela gestão das Unidades de Conservação Federais, mantendo a parceria com a MRN.
O chefe do Núcleo de Gestão Integrada (NGI) do ICMBio Trombetas, Misael Freitas dos Santos, ressalta a importância desta atividade para o equilíbrio ambiental da região. “Sem a existência do PQT, certamente a tartaruga-da-amazônia estaria extinta no rio Trombetas e outras espécies, como tracajá e pitiú, se encontrariam no mesmo processo de intenso declínio populacional. Essas espécies no passado já foram consideradas como ‘vulneráveis’ e, atualmente, se encontram na categoria ‘quase ameaçado’”, afirmou.
Parceria fundamental para o sucesso do programa
Misael destacou, ainda, a parceria com a MRN para a garantia da execução do programa. “Apenas o ICMBio não seria capaz de manter as atividades que fazemos hoje. A MRN contribui com as cestas básicas que são doadas para as famílias voluntárias durante os cinco meses da temporada. Além disso, a empresa apoia com materiais para busca e coleta de ninhos e também para abrigo nas praias”, completou.
A MRN aprovisiona recursos financeiros prevendo a aquisição de cestas básicas, materiais e apoio logístico para as atividades do PQT, além de sensibilizar as comunidades locais sobre a importância da preservação dos quelônios. “É com grande orgulho que a MRN participa desse projeto como forma de garantir a preservação das espécies e o desenvolvimento sustentável da região. A forma que a gente tem de contribuir com a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável é mantendo essa parceria junto com o órgão e as comunidades, se empenhando nessa campanha de sensibilização junto com os moradores”, destaca Genilda Cunha, analista de Relações Comunitárias da MRN.