(Página em atualização)

A gestão de barragens de rejeito é um conjunto de práticas e procedimentos técnicos, ambientais e de segurança para gerenciar estruturas que armazenam produtos provenientes de processos industriais da mineração. Essa ação visa minimizar riscos e garantir a segurança das estruturas,        das comunidades próximas e mitigar impactos sociais e ambientais.


Confira abaixo um pouco mais sobre o tema:

Localização das estruturas de barragem da MRN

  • Barragens localizadas no Platô Saracá: 27 reservatórios de rejeito, a aproximadamente 26km da vila de Porto Trombetas.

 

  •  Barragens localizadas no Porto: 27 reservatórios de rejeito, a aproximadamente 26km da vila de Porto Trombetas.

 

Definições de barragem

As barragens de contenção de rejeito são estruturas construídas com o objetivo de reunir e armazenar o rejeito produzido em grande escala no ato do beneficiamento do minério, sendo a segurança o princípio básico do armazenamento dos subprodutos da atividade mineradora.

O projeto de uma barragem deve atender aos critérios e estudos de segurança estrutural para evitar cisalhamento e fissuras ou outros problemas que possam causar vazamento ou rompimento. Na MRN, as estruturas são construídas em etapa única, cumprindo os requisitos das melhores práticas globais de Engenharia.

O rejeito da MRN, é o material separado da bauxita durante o processo de beneficiamento, composto apenas por água e argila, sem a utilização de  produtos químicos no processamento (não contendo produtos químicos em sua composição), classificado de acordo com a norma técnica da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que estabelece critérios para a classificação e especificação de resíduos sólidos e parâmetros, além de orientar a gestão adequada desses materiais. O rejeito da MRN é classificado como Classe II B: Resíduos não perigosos, ou seja, não contém substâncias tóxicas, não são corrosivos ou radioativos, não são inflamáveis.

Um diferencial na MRN, é que todas as paredes dos reservatórios e/ou barragens são construídas artificialmente, isso quer dizer que não utiliza-se da topografia natural para conter rejeitos, ou seja, não são barragens encaixadas em vales, são mais seguras e resistentes a ruptura, proporcionam melhor controle de qualidade e monitoramento, além do mais, como a MRN está localizada na região amazônica, uma região que possui períodos chuvosos intensos, a contribuição de chuva nas estruturas ficam restritas somente àquelas que incidem sobre as barragens.

Barragens — Agência Nacional de Mineração

Entendendo um pouco mais sobre o tema

Qual é a diferença entre barragens e reservatório?    O que acontece com os reservatórios de rejeitos depois  de utilizados?

Os reservatórios da MRN estão no alto de um platô e recebem somente a água da chuva que cai naquela área. Eles diferem de barragens localizadas em vales, que recebem o volume de chuvas de todos os cursos d’água da bacia de contribuição.

Quando chegam ao final da sua vida útil, os reservatórios de rejeito recebem uma camada de solo tratado onde são plantadas espécies nativas da Amazônia. O reflorestamento também ocorre nas áreas mineradas. 

  

Plano de Ação de Emergência de Barragens (PAEBM)

O Plano de Ação Emergencial para Barragens de Mineração (PAEBM), é um documento obrigatório elaborado pelo empreendedor, estabelecido pela Lei 12.334/2010. É um conjunto de medidas e procedimentos estabelecidos para prevenir e mitigar os riscos associados a possíveis falhas em barragens, além de delinear as medidas e ações a serem seguidas nessas situações.

O objetivo é manter as comunidades próximas ao empreendimento, as prestadoras de serviços e demais partes interessadas, informadas e preparadas para qualquer tipo de incidente, atuando preventivamente com a ampliação do conhecimento sobre o tema. Ou seja, minimizar danos ou perda de vidas.

                       

                     Foto: Preparação para o simulado                                                                            Foto: Seminário orientativo na comunidade                                                                     Foto: Participação da Defesa Civil no seminário orientativo

A MRN adota um cronograma de ações com a parceria e o envolvimento de diversas partes interessadas como comunidades, município e defesa civil, visando facilitar o acesso e entendimento as informações relacionadas ao PAEBM como: 

  • Visitas de comunitários ao sistema de rejeito;
  • Seminários orientativos;
  • Realização de simulados;
  • Socialização do PAEBM por meio de cartilhas e folders;
  • Testes mensais de sirenes;
  • Exercício do Fluxo de Notificações do PAEBM. 

Clique aqui e acesse o material de consulta sobre o PAEBM. 

PAEBMs (Documentos em atualização - clique abaixo para fazer download dos documentos)

PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA PARA BARRAGENS DE MINERAÇÃO (PAEBM) - SISTEMA DE DISPOSIÇÃO DE REJEITOS – PLATÔ SARACÁ LESTE

SISTEMA DE REJEITOS E RECUPERAÇÃO DE FINOS (MINA / PORTO) - PGB06 - BARRAGEM ÁGUA FRIA E BARRAGEM A1

 PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA PARA BARRAGENS DE MINERAÇÃO - (PAEBM) DO RESERVATÓRIO SP-25

 

 Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeito (GISTM)

 

Desde 2022, a MRN vem trabalhando ativamente na implantação do Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos (GISTM), criado para melhorar a gestão e a segurança das estruturas de disposição de rejeitos, refletindo o nosso compromisso com a excelência, sustentabilidade e responsabilidade social.

Passamos por uma grande evolução na implantação de iniciativas de governança, gestão e segurança das estruturas, e atualmente já alcançamos 74,36% de avanço na implantação, com previsão de conclusão até agosto de 2025. 

Nos próximos meses, trabalharemos em mais ações como essas, por meio da definição de diretrizes para gerenciar e mitigar os riscos envolvidos em nossa operação e ao longo e todo o ciclo de vida das estruturas, desde a concepção do projeto até o pós-fechamento. 

Acreditamos que essas iniciativas fortalecerão nossa posição como líderes no setor, além de contribuir para um futuro mais sustentável.

Guido Germani

Diretor-presidente da MRN 

 

O que é o GISTM?

Primeiro padrão global da indústria para o gerenciamento de rejeitos, o GISTM foi criado em 2020 a partir de uma iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), dos Princípios para o Investimento Responsável (PRI) e do Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM, em inglês). 

Com o objetivo final de não causar nenhum dano às pessoas e ao meio ambiente, o Padrão estabelece um ponto de referência global para alcançar fortes resultados sociais, ambientais e técnicos. Ele eleva a responsabilidade ao mais alto nível organizacional e acrescenta novos requisitos para supervisão independente. O Padrão também estabelece expectativas em torno da transparência e divulgação pública, ajudando a melhorar o entendimento entre as partes interessadas.

Fortalecendo as práticas atuais na indústria de mineração ao integrar considerações sociais, ambientais e técnicas, o Padrão cobre todo o ciclo de vida dos rejeitos – desde a seleção do local, design e construção, até a gestão e monitoramento, encerramento e pós-encerramento.

O que fala a Política do GISTM?

A MRN reconhece a importância da gestão de riscos do negócio, considerando seus impactos ambientais, sociais e de segurança, com compromisso em manter relações de respeito com as pessoas e a natureza. Nosso objetivo é garantir zero fatalidades e evitar falhas catastróficas na gestão de barragens e rejeitos, adotando práticas de identificação, avaliação, tratamento e monitoramento contínuos dos riscos, alinhadas às melhores práticas globais.

A empresa é regida por um sistema de gestão segura de barragens e estruturas geotécnicas, com processos claros e responsabilidades definidas para garantir a integridade organizacional e a conformidade com as exigências legais. Estamos comprometidos com a transparência e com a responsabilidade pública e social, seguindo os padrões do Global Industry Standard on Tailings Management (GISTM), International Council on Mining and Metals (ICMM) e Aluminium Stewardship Initiative (ASI).

Investimos em tecnologia, inovação e desenvolvimento contínuo das equipes, além de mantermos um sistema de monitoramento constante e análises independentes de nossos projetos. Nosso foco é garantir a estabilidade física das instalações de rejeitos em todas as fases de seu ciclo de vida e proporcionar uma gestão segura e eficiente. 

Por meio de colaboração, diálogo ativo e engajamento, buscamos sempre fortalecer as parcerias e manter a confiança dos nossos stakeholders, garantindo a integridade e segurança de nossas operações.

Requisitos do GISTM

 

Os requisitos do GISTM estão divididos em tópicos que se relacionam com princípios específicos. São eles: 01 - Comunidades afetadas; 02 - Base Integrada de Conhecimentos; 03 - Projeto, Construção, Operação e Monitoramento de Estruturas de Disposição De Rejeitos; 04 - Gestão e Governança; 05 - Resposta às Emergências e Recuperação de Longo Prazo; 06 - Divulgação Pública e Acesso à Informação.

 

Sistema de Gestão de Disposição de Rejeitos (TMS)


A MRN conta com uma importante ferramenta de gestão implementada pelo Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos (GISTM): o Sistema de Gestão de Disposição de Rejeitos (TMS), que tem foco na operação e gestão seguras de estruturas de disposição de rejeitos ao longo de todo o seu ciclo de vida. Além de ser desenvolvido por cada operador(a) para atender às particularidades da empresa e de suas instalações, segue o ciclo de melhoria contínua Planejar, Fazer, Verificar e Agir (PDCA) e interage com os demais sistemas de gestão da companhia.


A ferramenta é focada na operação segura e sustentável da instalação de rejeitos, integrando elementos como:

  • Estabelecimento de políticas;
  • Planos e projetos e de objetivos de desempenho;
  • Gestão de mudanças;
  • Identificação e mobilização de recursos adequados (pessoal experiente e/ou qualificado, equipamentos, cronogramas, dados, documentação e recursos financeiros);
  • Realização de avaliações de desempenho e avaliações de riscos;
  • Estabelecimento e implementação de controles para a gestão de riscos;
  • Auditoria e revisão voltadas para melhorias contínuas;
  • Implementação de um sistema de gestão com medidas de responsabilização e responsabilidades claras;
  • Elaboração e implementação do OMV (Manual de Operação) e do PAEBM (Plano de Ação Emergencial em Barragens de Mineração).

Em atendimento ao tópico IV do GISTM, a MRN conta com a governança do sistema de Rejeitos, gerido pelos seguintes responsáveis:

AE – Executivo Responsável: Na MRN o Executivo Responsável (AE) é também CEO da empresa, se mantêm em comunicação com o Conselho de Administração quando demandado e é responsável pela segurança das TSFs e por minimizar as consequências sociais e ambientais de uma possível falha nas estruturas de disposição de rejeitos. O AE pode delegar responsabilidades, mas não a de prestar contas ou responsabilizar-se por esta função. O AE terá comunicação direta com o RTFE e Revisores técnicos seniores independentes.

RTFE – Engenheiro Responsável pelas Estruturas de Rejeito: O RTFE é o engenheiro designado pela MRN para ser o responsável pelas TSFs. O RTFE deve se manter permanentemente disponível em todas as fases de construção, operação e fechamento destas estruturas. Além disso, ele deve ter a responsabilidade claramente definida e delegada pela gestão de estruturas de disposição de rejeitos e possuir qualificações e experiência adequadas e compatíveis com o nível de complexidade de uma TSF.


EoR – Engenheiro de Registro: Profissional externo à empresa, com registro no CREA, capaz de apoiar a aplicação dos procedimentos recomendados às boas práticas de segurança, respaldado pelos regulamentos, diretrizes e normas aplicáveis no âmbito nacional e internacional.

O EoR é o responsável por confirmar que a estrutura foi projetada, construída, operada e desativada com a devida atenção à integridade da instalação e que cumpre a legislação, estatutos, diretrizes, códigos e normas aplicáveis e observá-los em sua rotina de verificações. Realiza periodicamente as avaliações da integridade da construção, desempenho na operação e descomissionamento e prepara os relatórios
detalhados para os níveis administrativos superiores relevantes, a fim de posicioná-los sobre o status das estruturas.

A MRN dispõe ainda de mais uma camada que compõe o gerenciamento de riscos associados ao sistema de rejeitos. O Revisor Técnico independente é responsável por fornecer à MRN, consideração independente e opinião(ões) não vinculativa(s) sobre projeto, operação, manutenção, vigilância e
avaliação das TSF’s e se são consistentes com as práticas padrões do setor. Esse(s) profissional(is) deve ser nomeado pelo AE.

Firmando o compromisso global, a MRN segue engajando toda a comunidade para a implantação em sua totalidade em 2025 do Padrão Global da Industria para a Gestão de Rejeitos.

 

Linha do Tempo

Entregas

Clique nas imagens abaixo para assistir aos vídeos: 

Conheça melhor as nossas estruturashttps://www.mrn.com.br/images/relatorioadm/paebm/pnm.png Disposição de Rejeito Seco em Cava