A gestão de barragens de rejeito é um conjunto de práticas e procedimentos técnicos, ambientais e de segurança para gerenciar estruturas que armazenam produtos provenientes de processos industriais da mineração. Essa ação visa minimizar riscos e garantir a segurança das estruturas, das comunidades próximas e mitigar impactos sociais e ambientais.
Confira abaixo um pouco mais sobre o tema:
OBJETIVOS |
• Prevenir acidentes e desastres. |
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• Projetos e construção: planejamento, design e construção segura. • Monitoramento: supervisão contínua de parâmetros como estabilidade. • Manutenção: reparos e atualizações regulares. • Segurança: plano de emergência, treinamento de equipes e comunicação com comunidades. • Meio ambiente: avaliação e mitigação de impactos ambientais. • Comunicação: transparência com stakeholders e comunidades. • Legislação e regulamentação: cumprimento de normas e regulamentos. |
PRÁTICAS EXECUTADAS |
• Avaliação de riscos periódica. • Inspeções regulares. • Análise de estabilidade. • Monitoramento. • Planode fechamento. • Capacitação de equipes. • Auditorias independentes. |
Localização das estruturas de barragem da MRN
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Entendendo um pouco mais sobre o tema
As barragens de contenção de rejeitos são estruturas projetadas para armazenar de forma segura o rejeito gerado no processo de beneficiamento do minério. Na MRN, a segurança é o princípio fundamental que norteia todo o sistema de disposição.
Como são construídas?
As barragens da MRN são projetadas com base em critérios de engenharia rigorosos, que visam evitar qualquer risco de vazamento ou rompimento. Todas são construídas em etapa única, seguindo as melhores práticas globais de engenharia.
Além disso, as estruturas não utilizam a topografia natural (como vales) para conter rejeitos. Em vez disso, são construídas artificialmente sobre o terreno plano, o que oferece maior estabilidade, controle e segurança.
O que é o rejeito da MRN?
O rejeito gerado pela MRN é composto exclusivamente por água e argila, sem adição de produtos químicos. Classificado conforme a ABNT como Classe II B – Resíduo não perigoso, ele:
• Não é tóxico
• Não é inflamável
• Não é corrosivo
• Não é radioativo
Adaptação ao clima amazônico
Por estar situada em uma região com chuvas intensas, a MRN adota medidas que restringem ao máximo a influência da chuva sobre suas estruturas. Como as barragens são isoladas do relevo natural, a água da chuva atinge apenas as áreas construídas, o que facilita o monitoramento e o controle técnico.
Você sabe a diferença entre barragens e reservatórios?
Qual é a diferença entre barragens e reservatório? | O que acontece com os reservatórios de rejeitos depois de utilizados? | ![]() |
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Os reservatórios da MRN estão no alto de um platô e recebem somente a água da chuva que cai naquela área. Eles diferem de barragens localizadas em vales, que recebem o volume de chuvas de todos os cursos d’água da bacia de contribuição. |
Quando chegam ao final da sua vida útil, os reservatórios de rejeito recebem uma camada de solo tratado onde são plantadas espécies nativas da Amazônia. O reflorestamento também ocorre nas áreas mineradas. |
Segurança e prevenção: compromisso contínuo da MRN
A MRN adota rigorosos padrões de engenharia e operação para garantir a segurança de suas estruturas de rejeito. Como parte desse compromisso, a empresa mantém um robusto Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM), além de contar com uma sala de controle equipada com tecnologia de ponta para o monitoramento em tempo real das estruturas.
Essas ações integram uma estratégia contínua de prevenção de riscos e proteção das comunidades vizinhas, reforçando a transparência, a prontidão e o cuidado com a vida e o meio ambiente.
Plano de Ação de Emergência de Barragens (PAEBM)
O PAEBM é um documento obrigatório para barragens de mineração, instituído pela Lei nº 12.334/2010, que define diretrizes de segurança para prevenir e mitigar riscos em caso de
falhas nas estruturas. Ele estabelece medidas e procedimentos a serem adotados em situações de emergência.
O objetivo principal do PAEBM é manter informadas e preparadas as comunidades próximas, prestadores de serviço e demais partes interessadas, promovendo ações preventivas e ampliando o conhecimento sobre o tema — com foco em evitar danos e preservar vidas.
Monitoramento em tempo real
A MRN dispõe de uma sala de controle e monitoramento exclusiva, equipada com tecnologia de ponta para acompanhar, em tempo real, o desempenho de suas estruturas de rejeito. Sensores, piezômetros e sistemas automatizados permitem a detecção precisa de variações e garantem uma resposta ágil a qualquer anomalia.
Esse monitoramento contínuo reforça a eficácia do PAEBM, viabilizando o acionamento imediato dos protocolos de emergência, sempre que necessário.
Foto: Preparação para o simulado Foto: Seminário orientativo na comunidade Foto: Participação da Defesa Civil no seminário orientativo
Cronograma de ações com a comunidade
A MRN desenvolve um cronograma contínuo de ações em parceria com a Defesa Civil, municípios e lideranças locais, visando ampliar o acesso à informação e fortalecer a cultura de prevenção. Entre as atividades realizadas estão:
• Visitas de comunitários às estruturas de rejeito
• Seminários e encontros educativos
• Simulados semestrais de emergência
• Distribuição de cartilhas e folders informativos
• Testes das sirenes de emergência
• Exercícios de simulação do fluxo de notificações do PAEBM
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PAEBMs (clique abaixo para fazer download dos documentos) - SISTEMA DE REJEITOS E RECUPERAÇÃO DE FINOS (MINA / PORTO) - PGB06 - BARRAGEM ÁGUA FRIA E BARRAGEM A1 - PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA PARA BARRAGENS DE MINERAÇÃO - (PAEBM) DO RESERVATÓRIO SP-24 E SP-25 |
Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeito (GISTM)
Desde 2022, a MRN tem se dedicado à implementação do Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos (GISTM), desenvolvido para elevar os níveis de segurança, governança e transparência na gestão das estruturas de disposição de rejeitos. Essa jornada reflete nosso compromisso com a excelência operacional, a sustentabilidade e a responsabilidade social. Em agosto de 2025, a MRN concluiu a implementação do GISTM em todas as suas estruturas de rejeitos, atendendo integralmente ao prazo estabelecido pelo Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM) para estruturas classificadas com baixo potencial de consequências. Durante esse processo, alcançamos avanços importantes na definição de diretrizes, estruturação de base de conhecimento, realização de avaliações de risco ao longo de todo o ciclo de vida das estruturas — da concepção ao pós-fechamento — e no engajamento de diferentes áreas da empresa e parceiros técnicos especializados. Com a conclusão da implementação, a MRN seguirá promovendo a manutenção contínua do GISTM, assegurando a atualização dos processos, a consolidação das práticas no dia a dia das áreas e o fortalecimento permanente da cultura de segurança e prevenção. Seguimos comprometidos em contribuir para uma mineração cada vez mais segura, transparente e alinhada aos mais altos padrões internacionais. Guido Germani |
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Compromisso com a sociedade
A MRN assumiu e cumpriu o compromisso público de concluir a implantação integral do GISTM até agosto de 2025, alinhando sua atuação aos mais elevados padrões técnicos, éticos e regulatórios do setor mineral, em consonância com as diretrizes de seus acionistas.
Essa jornada é sustentada por um robusto Sistema de Gestão de Rejeitos (TMS), que integra políticas corporativas, processos estruturados, capacitação contínua, auditorias independentes e mecanismos de transparência.
Governança e responsabilidade
A MRN adota uma estrutura de governança robusta para a gestão de rejeitos, fundamentada nos princípios do GISTM e integrada ao seu Sistema de Gestão de Rejeitos (TMS). Essa estrutura assegura que todos os processos sejam conduzidos com transparência, responsabilidade e alinhamento às melhores práticas internacionais.
A governança conta com papéis formalmente designados, que garantem o monitoramento técnico, a tomada de decisão estratégica e a melhoria contínua:
• Executivo Responsável (AE): decisões estratégicas e suporte institucional;
• Engenheiro de Registro (EoR): supervisão técnica contínua da segurança das estruturas;
• Responsável Técnico (RTER): conformidade técnica e operacional;
• Revisor Técnico Sênior Independente: análise crítica e imparcial das práticas adotadas.
Política de Gestão de Segurança de Barragens
A MRN elaborou sua Política de Gestão de Segurança de Barragens e Estruturas Geotécnicas, que orienta a atuação da empresa com foco na prevenção de riscos, proteção da vida, das comunidades e do meio ambiente.
A política define diretrizes claras para assegurar a integridade das estruturas de rejeitos em todas as fases do seu ciclo de vida, alinhando-se às melhores práticas internacionais e aos princípios do GISTM, ICMM, ASI, IFC e Princípios do Equador. Integrada ao Sistema de Gestão de Rejeitos (TMS) da MRN, ela reforça o compromisso da empresa com a segurança operacional, a sustentabilidade e a confiança pública.
Divulgação Pública – Requisito 15.1
Em conformidade com o Requisito 15.1 do Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos (GISTM), a MRN assegura a divulgação pública, transparente e acessível das informações relevantes sobre suas estruturas de disposição de rejeitos.
Essa divulgação tem como objetivo:
• Fortalecer a confiança das partes interessadas por meio da transparência;
• Garantir o acesso público a dados técnicos, operacionais, ambientais e sociais das estruturas;
• Demonstrar responsabilidade na gestão de riscos e no desempenho das barragens e reservatórios de rejeitos.
Para garantir transparência e facilitar o acesso à informação, a MRN desenvolveu uma plataforma online interativa e acessível, especialmente voltada ao atendimento do Requisito 15.1 do GISTM. Por meio dela, você pode consultar, de forma clara e organizada, as informações atualizadas sobre todas as Estruturas de Armazenamento de Rejeitos (EARs) da MRN, incluindo dados técnicos, operacionais, ambientais e sociais.
ACESSE: