O Projeto Novas Minas, em processo de licenciamento ambiental, vai garantir a produção sustentável de bauxita em mais 15 anos no oeste do Pará
A Mineração Rio do Norte (MRN) está realizando reuniões prévias com comunidades para levar informações sobre o Projeto Novas Minas (PNM), empreendimento de continuidade operacional que está em fase de licenciamento junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Durante esses encontros, os comunitários têm a oportunidade de conhecer a atuação da empresa, ações de responsabilidade social e ambiental, o ciclo de produção de bauxita e como as alterações tecnológicas do PNM refletem em atividades ainda mais sustentáveis. As reuniões prévias são fundamentais para que os comunitários possam esclarecer dúvidas, contribuir com sugestões e conhecer o detalhamento dos planos e programas que a MRN está elaborando para mitigar os impactos ambientais provenientes do PNM.
Representantes da MRN que fazem parte de áreas técnicas, ambientais e de relacionamento com as comunidades participam da agenda. “As reuniões são uma oportunidade para os comunitários sanarem as dúvidas em relação ao PNM e as atividades desenvolvidas pela empresa”, explica Jéssica Naime, gerente geral de Relações Comunitárias da MRN.
O diretor de Sustentabilidade e Jurídico da companhia, Vladimir Moreira, destaca que as reuniões prévias reforçam o diálogo e a transparência que a empresa tem consolidado com as comunidades. “A MRN entende que cada detalhe do projeto precisa ser mostrado e amplamente discutido com a sociedade civil antes mesmo das audiências púbicas, de forma a qualificar as discussões, obter contribuições e entender as expectativas desses grupos, e isso tem se dado de forma muito abrangente e positiva por meio da realização das reuniões prévias. Embora elas não estejam entre as exigências legais, tomamos a iniciativa de promovê-las, pois entendemos que essa é a melhor maneira de comunicarmos diretamente com cada uma das comunidades, independentemente da existência de impactos sobre elas. Afinal, é uma forma muito eficaz de explicar o projeto, consultá-las, ouvi-las e considerar suas ponderações e sugestões em nossas ações”, pontua.
Com investimento de mais de R$ 900 milhões, o PNM assegurará a continuidade da produção de bauxita na região, matéria-prima para a produção de alumínio, um metal essencial para diferentes segmentos, como os setores automotivo, aviação, construção civil e indústria de alimentos. Uma das etapas do processo de licenciamento são as audiências públicas, que deverão ser convocadas pelo Ibama. A expectativa é de que elas sejam realizadas no primeiro semestre deste ano. Por meio das audiências, a sociedade, de forma ampla, irá conhecer e discutir o conteúdo dos estudos ambientais elaborados por consultoria independente.
Relacionamento
Durante as reuniões prévias, são distribuídos exemplares do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) e outros materiais informativos que, a partir de linguagem didática, apresenta informações sobre o projeto. “Mensalmente, nós recebemos visitas de comunitários que moram nas proximidades do empreendimento e, com o PNM, não vai ser diferente. Então, iniciamos esse contato prévio justamente para estreitar os laços e mostrar a essas comunidades a importância de um diálogo aberto e transparente”, destaca Jéssica Naime.
Para o comunitário Josimar Silva Guimarães, os esclarecimentos levados para a comunidade, o Jamari, foram essenciais. Casado e pai de três filhos, ele conta que as iniciativas educacionais da companhia foram as que mais lhe chamaram a atenção. “A formação deles é o mais importante para mim. Esse projeto não apenas passará pela área da nossa comunidade, mas também pela vida de quem mora aqui. Por isso reforçamos o pedido para que a MRN tenha um olhar cuidadoso para essa questão”, comenta.
A agricultora Eliane Pereira Rocha também conheceu em detalhes as operações da MRN. De acordo com a moradora, que também é líder da comunidade Nascimento, localizada em Terra Santa, abrir espaços de diálogo para as comunidades tirarem dúvidas sobre o projeto é fundamental para o fortalecimento de uma relação de confiança. “Esperamos que novas reuniões sejam feitas para que possamos tirar as dúvidas que poderão surgir”, ressalta.
Transparência
A MRN colocou em curso estratégias para tornar as informações técnicas do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) ainda mais acessíveis e transparentes. A empresa busca fazer uma ampla comunicação do projeto para seus diferentes públicos de relacionamento e a sociedade em geral, desde a produção de materiais digitais e impressos, como folders, cartilhas, informativos e áudios semanais, à implementação de importantes canais de diálogo, como o aplicativo de mensagens instantâneas exclusivo para o PNM e o hotsite, que detalha os investimentos e as fases do empreendimento.
“Uma das principais dúvidas em relação ao Projeto Novas Minas é se ele é um projeto de expansão. Embora estejamos falando de novos platôs, queremos ressaltar que a estrutura que já temos continuará em uso. Não é produzir mais, mas seguir fazendo o que fazemos de uma forma ainda melhor. Nós acreditamos em uma comunicação visual e tátil, por isso elaboramos diferentes peças e canais para que a sociedade possa esclarecer suas dúvidas. Tudo isso pensado e discutido de maneira sinérgica com todas as áreas da empresa”, ressalta Karen Gatti, gerente geral de Comunicação da MRN.
Futuro
O Projeto Novas Minas prevê a mineração de cinco novos platôs: Rebolado, Escalante, Jamari, Barone e Cruz Alta Leste, resultando no prolongamento das atividades da MRN em mais 15 anos, de 2027 a 2042, o que vai contribuir para a manutenção e criação de novos postos de trabalho. Com o projeto, além da geração de divisas e tributos para os municípios de Oriximiná e Terra Santa, a cidade de Faro também receberá recursos decorrentes da atividade mineral.
O PNM também significa a continuação dos projetos de reponsabilidade social e ações ambientais. Atualmente, a empresa desenvolve mais de 60 iniciativas socioambientais, que beneficiam mais de 100 mil pessoas da região, como as comunidades quilombolas e ribeirinhas.
“Apresentamos também o maior diferencial sustentável desse projeto, o Método de Disposição de Rejeito Seco em Cava. Após seco, o rejeito, que é composto por água e solo, sem incremento de aditivos químicos, retorna para cava de onde o solo foi retirado. Isso traz um ganho sustentável significativo para nossas operações, pois possibilita reutilizar os reservatórios que nós já temos, evitando supressão vegetal para construção de novos. Além disso, auxilia na restauração florestal de áreas já mineradas e é uma tecnologia alinhada às melhores práticas internacionais, o que reforça o compromisso da MRN com segurança e sustentabilidade”, ressalta Vladimir.