Desenvolvemos um método que intitulamos Restauração Intensiva, por meio do qual, durante o processo de supressão vegetal para preparar a área à mineração, é feito o reaproveitamento da primeira camada de solo, onde há sementes e matéria orgânica fértil. Esse material, também chamado de banco de sementes, é reutilizado durante a recomposição do terreno associado ao plantio de novas mudas. Por meio dessa metodologia, potencializamos o reflorestamento da área.

Também realizamos uma série de iniciativas voltadas à conservação nas áreas do entorno do empreendimento, que eliminam ou reduzem os impactos de nossas operações sobre o meio ambiente. Após a lavra, as áreas de minas são preparadas para receberem os plantios com espécies nativas, como seringueira, copaibeira e castanheira. Trabalhamos na recuperação contínua, ou seja, nos platôs ocorrem simultaneamente a lavra e a recuperação das áreas lavradas. Processos que visam a atenuar os impactos da mineração.

Para receber os rejeitos do beneficiamento da bauxita, utilizamos um sistema de barragens localizado em área já minerada, no intuito de não impactar novas áreas. Quando os tanques atingem a capacidade máxima de rejeitos, passam por um processo de desativação, recebendo estruturas de drenagens e plantio de espécies florestais nativas da região. A meta é que, ao fim do processo de lavra, as áreas devolvidas estejam o mais próximo possível do cenário natural.

 

O reflorestamento das áreas mineradas inicia logo após a retirada da bauxita. Todo o processo de recuperação é monitorado por um método desenvolvido na MRN e aprovado pelos órgãos ambientais. O índice de sobrevivência das espécies de plantas inseridas nas áreas em recuperação é de 90%.

Em 2023, foram utilizadas 394.512 mudas de 98 espécies nativas em áreas mineradas. Ao todo, foram reabilitados 318,8 hectares, por meio das técnicas de plantio de mudas e disposição de galhadas em ilhas.

  

A MRN cumpriu seu indicador de produção de mudas com a meta de produzir 394.260 indivíduos até dezembro de 2023.

 

A indução da regeneração natural nos processos de restauração florestal é outro ponto importante a destacar. Utilizamos a camada superficial do solo orgânico (Topsoil), composto pelo banco de sementes, que é fundamental para o processo de sucessão florestal.

  

Desde 2013, a empresa mantém o Banco de Germoplasma* de Castanha-do-Pará, localizado no platô Almeidas, onde são conservados materiais genéticos da espécie. Em 2014, foi feita a coleta de ouriços e o beneficiamento de sementes provenientes de treze castanhais nativos de diferentes estados da Região Norte. De 2014 a 2016, foram produzidas mudas e aplicados tratos silviculturais. Entre 2017 e 2020, mais de 10 mil castanheiras foram plantadas.

Em 2022, foi feito o replantio de 114 espécimes de Bertholletia excelsa, remanescentes do banco no Viveiro Florestal da MRN, bem como coroamento, capina e adubação dos 8.750 indivíduos existentes. Há registros de plantas introduzidas em 2017 que atingiram 10 cm de diâmetro a 1,3 m do solo e 7 m de altura, indicando sucesso no crescimento e adaptação das castanheiras plantadas no Almeidas.

Em 2022, a MRN resgatou 34.249 exemplares de plantas em áreas a serem lavradas, classificadas em 103 espécies, 45 gêneros e 05 famílias botânicas. Esse quantitativo de espécies possui, em sua maioria, epífitas (88,97%), seguidas de hemiepífitas (10,94%), lianas* (0,05%), terrestres (0,04%) e palmeiras (0,01%).

  

Para se conhecer a dinâmica da floresta, possuímos parcelas permanentes para realizar o monitoramento da restauração florestal e da regeneração natural com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento da floresta e identificar espécies estruturantes.